O último número da revista do PCP, O Militante, saído estes dias para os meses de Julho e Agosto ( todo neorealista, a preto e branco, mas com papel "couché" e a custar €1,70) mostra o que é o Partido Comunista Português para quem costuma andar distraído.
Continuando a saga da entronização no santuário comunista do santo do partido, Álvaro Cunhal, mostra em duas páginas o que foram os últimos 40 anos para o PCP: um continuum espaço-temporal em que nunca sairam do estado fóssil em que já se encontravam, vivendo a expensas de uma democracia que execram e de um sistema que nem toleram porque o discurso é sempre de subterrâneo, clandestino e de obscuridades idiossincráticas. O PCP tem sido um parasita ideológico desta democracia burguesa que não partilha e cujo conceito não aceita. Antes como hoje.
Houve uma altura, em 1974-75, em que sairam brevemente dessa letargia tornando-se verdadeiros vampiros do sistema que depuseram, sugando-lhe o sangue vital da economia florescente e cravando-lhe os "crocs" de uma Constituição que engendraram ideologicamente. Após lhe sugarem os recursos e abaterem os resistentes ao estado de "zombies", ao aparecer a luz do dia democrático, em 25 de Novembro de 1975, recolheram à cave de onde nunca mais saíram, tornando-se então carrapatos da mesma democracia, onde se alapam para lhe sugar o sustento suficiente, escondidos atrás de uma Constituição que os protege da luz do dia, com palavras equívocas e conceitos falaciosos que misturam com o discurso corrente.
A natureza actual do PCP é a de sempre: parasitas da democracia burguesa que não seguem nem aplaudem, mas lhes serve os desígnios de que nunca abdicaram e à qual se alapam.
A prova está aqui, a páginas tantas (diga 33) da mesma revista:
A páginas outras ( 35) aparece um dos aparatchicks, saído há pouco do casulo protector, para mostrar a verdadeira fonte de vida do PCP: a actual Constituição.
E os militantes que deixaram de fazer parte do Partido são...oportunistas. Eventualmente por quererem fazer parte do ambiente político noutros partidos, fora da cave dos fósseis.
É este o PCP de hoje e de sempre, um fenómeno de vida longa como a célebre figura de Stoker.
6 comentários:
Por uma vez estamos de acordo.
é o único partido que tem necessidade de afirmar que é português
as múmias que vemos na bancada ainda ficaram traumatizadas com a derrocada do muro ideológico
vivem num mundo que não existe.
sinto uma certa compaixão por ver a exibição de todo aquele autismo
Os #carrapatos da democracia" ehehe
Isto é impressionante e os neo-fósseis são iguais.
Há uns dias alguém me dizia que foi preciso os Comunistas virem dizer que era um escândalo o PR prestar condolências ao Borges e ter-se esquecido dos bombeiros.
Não foram os Comunistas que se lembraram disto, foram as pessoas comuns no Facebook do Cavaco mas, como sempre, aqueles gajos correram para aproveitar louros que não são seus e, parcialmente, conseguiram.
Os abutres são assim.
...e aí está ele!
http://www.publico.pt/portugal/jornal/socrates-reunese-hoje-com-exgovernantes-e-socialistas-mas-a-agenda-nao-e-conhecida-27024790
Deixe-o pousar...
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