quinta-feira, agosto 29, 2013

PCP, partido refossilizado e parasita

O último número da revista do PCP, O Militante, saído estes dias para os meses de Julho e Agosto ( todo neorealista, a preto e branco, mas com papel "couché"  e a custar €1,70) mostra o que é o Partido Comunista Português para quem costuma andar distraído.

Continuando a saga da entronização no santuário comunista do santo do partido, Álvaro Cunhal, mostra em duas páginas o que foram os últimos 40 anos para o PCP: um continuum espaço-temporal em que nunca sairam do estado fóssil em que já se encontravam, vivendo a expensas de uma democracia que execram e de um sistema que nem toleram porque o discurso é sempre de subterrâneo, clandestino e de obscuridades idiossincráticas. O PCP tem sido um parasita ideológico desta democracia burguesa que não partilha e cujo conceito não aceita. Antes como hoje.

Houve uma altura, em 1974-75, em que sairam brevemente dessa letargia tornando-se verdadeiros vampiros do sistema que depuseram, sugando-lhe o sangue vital da economia florescente e cravando-lhe os "crocs" de uma Constituição que engendraram ideologicamente. Após lhe sugarem os recursos e abaterem os resistentes ao estado de "zombies", ao aparecer a luz do dia democrático, em 25 de Novembro de 1975, recolheram à cave de onde nunca mais saíram, tornando-se então carrapatos da mesma democracia, onde se alapam para lhe sugar o sustento suficiente, escondidos atrás de uma Constituição que os protege da luz do dia, com palavras equívocas e conceitos falaciosos que misturam com o discurso corrente.
A natureza actual do PCP é a de sempre: parasitas da democracia burguesa que não seguem nem aplaudem, mas lhes serve os desígnios de que nunca abdicaram e à qual se alapam.

A prova está aqui, a páginas tantas (diga 33) da mesma revista:

A páginas outras ( 35) aparece um dos aparatchicks, saído há pouco do casulo protector, para mostrar a verdadeira fonte de vida do PCP: a actual Constituição.

E os militantes que deixaram de fazer parte do Partido são...oportunistas. Eventualmente por quererem fazer parte do ambiente político noutros partidos, fora da cave dos fósseis.

É este o PCP de hoje e de sempre, um fenómeno de vida longa como a célebre figura de Stoker.

Questuber! Mais um escândalo!