sexta-feira, maio 09, 2014
Os Irmãos são para as ocasiãos
Correio da Manhã de ontem. Rui Pereira escreve uma pequena crónica sobre um Irmão da Irmandade da Viúva a que também pertence. Para salvar a honra de um convento há muito decrépito e de fachada.
A Maçonaria tornou-se, provavelmentem, um centro de interesses obscuros que se servem de uma capa cor de rosa, debruada a filosofia de algibeira gnóstica, para encobrir a sede do vil metal das prebendas, cargos, privilégios e honrarias. A utilidade da vidinha boa junta-se à agradável sensação de pertença a um clube distinto e misterioso.
No fundo, porém, subjaz apenas o instinto de sobrevivência acima dos outros, numa pretensa elite enformada num sentido de vazio democrático. A Maçonaria não é democrática, apesar de se afirmar como respeitadora desse supremo graal e os valores que defende inquinam a igualdade que se ostenta no artº 50º da Constituição.
A Maçonaria é um antro, se assim for e Rui Pereira, melhor que muitos, devia saber que assim é.
Portanto esta crónica é uma espécie de branqueamento de algo que não é possível caiar.
O tal Rosado Correia, que é João Alberto Correia, filho do outro e neto de um outro é da Maçonaria. Tem qualificações. Porém, só ocupou aquele lugar porque era da Maçonaria.
É um processo de intenção a quem tudo fez para o nomear? É. Claro que é.
Rui Pereira, maçónico, conta que o nomeou em 2011, por indicação de um Secretário de Estado que tutelava aquele serviço ( Direcção-Geral das Infraestruturas e Equipamentos). Quem era o Secretário de Estado?
Havia três: dois deles são apontados como sendo da Maçonaria- Vasco Franco e Conde Correia. E a outra só não é porque é mulher e a Maçonaria discrimina as mulheres ( apesar de criticar os regimes que o fazem...) e não as admite às cerimónias rituais e nas colunas que sustentam o templo decrépito.
Ora a questão é simples de perceber e de explicar ( o que Rui Pereira não quer fazer): entre vários candidatos ao cargo, todos com qualificações suficientes para tal, quem escolher?
Nem é preciso responder porque não vivemos num mundo de faz-de-conta apesar de parecer que sim e nos quererem fazer crer que não.
O que Rui Pereira devia escrever era isto, apenas, em nome da Verdade e transparência democráticas. O tal valor que a Maçonaria diz respeitar...
Sobre Rui Pereira tenho a acrescentar que é inestimável o serviço público que presta quase todos os dias como comentador da CMTV, porque sabe do que fala e fala como sabe, ensinando e esclarecendo quem quer ouvir. Finalmente, aparece na tv alguém que não desvirtua a realidade judiciária que lhe é dada a comentar. Parabéns e esta é a pancada no cravo. Aqueloutra é mesmo na ferradura porque tem que ser.
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