Marcelo Rebelo de Sousa lá falou da PT. O que disse é música de ouvido. Poderia ter lido aqui, isto:
Apesar de permanecerem por esclarecer muitas questões, há cada
vez mais elementos que indiciam estar-se perante uma grande operação
internacional, com diversos protagonistas que entre si, e em função
dos seus interesses, repartiriam o Grupo PT. Desde logo o poderoso Banco Santander
(um dos principais bancos espanhóis que reforçou a sua presença
em Portugal com a privatização de alguns bancos nacionais), a
Telefónica (poderosa empresa espanhola de Telecomunicações)
e a France Telecom, que em associação à Sonae de Belmiro
de Azevedo, cara visível deste projecto, lançam o ataque ao maior
grupo nacional, em que todos se preparam para ganhar menos o país e os
portugueses.
Senão vejamos. A Sonae, em parceria com a France Telecom, pode associar
a OPTIMUS à TMN e controlar a TV-Cabo. A Telefónica, ficaria com
a totalidade da VIVO (Brasil), como decorre das condições contratuais
celebrada com o Grupo PT, ficando em melhores condições para controlar
o conjunto da Ibero-América. A France Telecom, defendendo os interesses
estratégicos franceses, poderia comprar a PT Comunicações
e alargar a sua influência em África, através das participações
do Grupo PT neste Continente. O Santander beneficiaria de lucros elevadíssimos
em todas estas operações.
Sobre Bava? Ora, Bava... era um mero gestor. Que quem mandava eram os principais accionistas, ou seja o Governo e o BES/Salgado. Bava não tinha poder estratégico. Se a senhora Judite lhe perguntou alguma coisa sobre a "gestão" que fez por cá e principalmente a que fez no Brasil para o porem no olho da rua com uma indemnização milionária? Não. Se lhe perguntou sobre o filho que arranjou emprego na PT e quem o colocou lá? Também não.
Aliás, o assunto foi arrumado em duas penadas e como gato por cima de brasas.