sábado, março 19, 2016

PCP, a seita fóssil na procissão de ideias defuntas

O PCP comemora agora 95 anos de actividade destinada a subverter o regime ocidental de democracia burguesa, substituindo-o por outro entendido como revolucionário e tributário das democracias populares do Leste europeu. Segundo o ideário fossilizado e de papiro semântico estes 95 anos foram de "luta ao serviço dos trabalhadores, do povo e do país, e ter sempre presente o seu Programa e o seu projecto de superação revolucionária do capitalismo e e edificação em Portugal de uma sociedade socialista e comunista". Não enganam e nunca enganaram ninguém, naquilo que proclamam em escritos para consumo interno. Enganam nos cartazes e pancartas que publicitam a linguagem instrumental para não assustar criancinhas.
Aquelas democracias caíram todas perante uma realidade implacável, a partir de finais do século XX, mas o PCP continua vivo na imagem  cristalizada das ideias marxistas-leninistas de sempre.

A mais recente publicação do roteiro do museu apresenta o PCP como um partido de futuro...


 
Esta imagem fixa numa fantasia reinventada a cada discurso recorre agora a outro artifício elementar: a mostra de uma juventude fictícia que alinha nas ideias fossilizadas, mortas há décadas. Esta juventude acredita naquele ideário revolucionário como o crente na salvação da alma sem carecer de prova cabal da sua fé. É uma fé cega.

Não obstante, ao contrário do crente que não tem meios de prova tangível a não ser a crença em si mesma, estes fósseis cristalizaram todas as fezadas, incluindo a obliteração das provas da perversão dessa fé que destruiu as outras seitas similares nas democracias de Leste. Por cá vicejam   no reflexo fóssil e isso os alimenta na fantasia de múmia.

Enquanto no Leste a Realidade lhes entrou pela casa dentro, cá, essa mesma Realidade ficou escondida e foi varrida pelo zelo funcionário de quem nada mais tem a perder do que a própria crença. Por isso reflectem o Tempo perdido e acalentam a esperança de uma ressurreição das ideias mortas.

Ultimamente os reflexos avivaram-se com a perspectiva de uma nova revolução em modo de farsa, após a frustrada de há 40 anos.  Daí a proclamada juventude de ideias mortas e conceitos enterrados.



Como a inteligência Humana terá uma explicação lógica torna-se interessante saber como é que seres racionais do séc. XXI acreditam piamente em ideários revolucionários abandonados por todos e os querem extrair do quartzo ideológico cristalizado.

Nessa tarefa insana a linguagem continua a ser fundamental porque não têm outra arma de superação da força esmagadora de uma realidade adversa. Não admira por isso nada que a linguagem de hoje seja precisamente a mesma de há 40, 50, 60 anos e mais. É o "fascismo", o "fassismo" e a "reacção" e ainda o "imperialismo" e sempre o capitalismo e a luta de classes que a revolução um dia substituirá para bem dos povos e da fraternidade universal da paz comunista onde todas as necessidades serão satisfeitas com o maná do Partido então dissolvido numa utopia de felicidade. Até lá, "viva la muerte" se preciso for. E a Mentira. E a Táctica para enganar os inimigos dessa revolução à espreita.

Por isso, todos os movimentos de natureza "reaccionária" são denunciados como ataques à pureza ideária fossilizada e indiscutível por natureza.

O organismo letárgico espasma então secreções de bílis ideológica cristalizada, atacando os infiéis e filisteus que se atrevem a mirar o cadável adiado. É o caso agora da denunciada "violenta campanha contra o Partido"...

Um dos ataques mais visíveis e destemidos ocorreu há ppouco tempo numa coluna do Diário de Notícias e assinada por António Barreto, o arqui-inimigo que tendo militado e conhecendo por dentro o fóssil, abandonou o âmbar há décadas quando descobriu a pestilência que exalava depois da invasão da Hungria e da Checoslováquia para manutenção da ordem ideológica, nos anos 50 e 60. Por cá não se deu destaque ao assunto, para além do habitual noticiário que a Censura da época permitia. Afinal, foi o fassismo quem melhor protegeu esta organização terrorista et pour cause, impedindo-lhe a visibilidade e combatendo os próceres.

Os herdeiros desta herança jacente fossilizada e que são os jovens velhíssimos, não conhecem nem querem conhecer o passado distante que levou à perdição dos congéneres exactamente por isso.

Assim, não sabem nem querem saber que foi esta pessoa e muito menos a sua história:


Não sabem nem querem saber a História real do comunismo e da sua perversão permanente.


Provavelmente acreditam na fé como outros mas ainda não a perderam como aqueles perante as evidências da tragédia e do horror.






Assim, na ausência de informação e de esclarecimento continuam no obscurantismo ideológico fossilizado como se fossem os mais modernos do universo, com os seus heróis, mitos e lendas no panteão que outros frequentam por nostalgia. 



Quem denuncia esta farsa permanente da adoração mitológica de ideias fossilizadas é relegado para a giena ( ou geena, se alguém se importar) da irrelevância reaccionária e fassista, palavras fatais do léxico do código penal ideológico no tempo de inquisição em que vegetam.






 Quem se atrever a tocar nos inimigos do fóssil leva uma roda de fassista, reaccionário e troglodita que não se levanta publicamente por meses ou anos a fio, perante o aplauso dos que frequentam o panteão apodrecido.
Tal como Jaime Nogueira Pinto nota no prefácio do livro reeditado recentemente, Salazar visto pelos seus próximos.

Um dos problemas actuais da sociedade portuguesa é o crédito que ainda se dá a estes sectários fósseis que arregimentam vestais através de códigos de linguagem morta. E ninguém os ousa contestar e dizer que este rei vai nu.


Questuber! Mais um escândalo!