Os directores de informação das televisões esqueceram-se de cumprir o que sempre cumprem: entrevistar ou ouvir o que têm a dizer os líderes partidários a propósito dos incêndios e dos mais de 100 mortos que provocaram. Não quiseram saber disse em Pedrógão e não querem saber agora.
Da parte desses líderes percebe-se que queiram passar entre os pingos da chuva que não chegou a cair em tempo oportuno. Da parte do jornalismo é simplesmente inaceitável e sinal de subserviência inadmissível a políticos que de algum modo governam o país, por representação, na AR quando propõe legislação que é aprovada por eles mesmos.
Serão estes jornalistas incompetentes como os membros do governo que lidaram com o assunto? São mais que isso: comportam-se como comissários dessa incompetência que uma vez exposta por eles os pode arrastar para um emprego incerto a ganharem menos de 2 mil euros por mês. É esse o único problema com estas pessoas que passo a nomear:
Paulo Dentinho, director de Informação da RTP.
Daniel Deusdado, director de informação na Antena 1.
Terão os apresentadores de informação aqui elencados, autonomia para tanto? Ter, têm, mas não querem ter porque o problema é o mesmo daqueles: dinheiro no bolso ao fim do mês. José Rodrigues dos Santos não tem esse problema mas tem outro: o lugar faz-lhe muito jeito, para o resto.
Quanto à SIC, nem é preciso dizer seja o que for: é o presidente da Impresa falida quem manda e portanto a bola bate sempre baixinho segundo os presumíveis desejos do chefe. Algumas vez os Alcides, Teixeiras ou Costa se dignaram mostrar que têm dignidade profissional própria e não a emprestada por aquele?
E a TVI? Ao mencionar o "boy" Sérgio Figueiredo fica tudo dito.
E o resto das antenas e estações?
Porque é que a CMTV que não merece entrar naquele rol, não se dignou fazer esse serviço público que passa apenas por umas perguntas simples à gigantesca pequenez de Catarina Martins, sempre tão presente como convidada daqueles, noutras ocasiões e em ritmo diário; ao fóssil Jerónimo ou ao jovem Ferreira, precocemente fossilizado. Etc.
Porque é que isto é assim? Alguém saberá explicar?