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A Polícia Judiciária Militar (PJM) recuperou "praticamente todo" o material roubado em Tancos, na zona da Chamusca, no distrito de Santarém. A informação foi confirmada à Renascença pelas relações públicas da PJM.
Em comunicado, a PJM informou depois que, "na prossecução das suas diligências de investigação no âmbito do combate ao tráfico e comércio ilícito de material de guerra, recuperou esta madrugada na região da Chamusca, com a colaboração do núcleo de investigação criminal da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Loulé, o material de guerra furtado dos Paióis Nacionais de Tancos".
"O material recuperado já se encontra nos Paióis de Santa Margarida, à guarda do Exército, onde está ser realizada a peritagem para identificação mais detalhada. Prossegue a investigação criminal relativa a este furto, que continua em segredo de justiça", indica o comunicado.
"O ministro da Defesa Nacional bem como o DCIAP foram informados das diligências em curso", acrescenta.
A intercepção do material fez-se após denúncia anónima, avançou a RTP.
Provavelmente, o material de guerra nunca terá sido "roubado" na altura em que supostamente o foi. Quem agora o entregou, anonimamente, claro, desmente quem antes duvidara até da existência de um furto. Quem o fez deve sair do posto em que está e dar lugar a outro. Não porque não soubessem o que andam a fazer mas precisamente pelo contrário: sabem demasiado bem o que não fizeram e deviam fazer.
O assunto parece saído de uma comédia de enganos do antigamente. Única conclusão certa e segura até ao momento: a instituição militar que guarda o material de guerra em causa é uma balda. Só isso...
Para o efeito cómico ter um climax mais em conta com a farsa, seria um verdadeiro feito, um tour de force que os que desviaram o material dos paióis o voltassem a pôr no devido lugar em que antes estava e então anunciassem a devolução, em modo anónimo, claro. Isso é que seria um efeito especial digno de um filme de Hollywood.