Morreu o músico de rock conhecido como Meatloaf, autor de um disco que fica na história da música popular, Bat out of Hell, saído em finais de 1977.
Quando saiu poucos davam um chavo pelo sucesso de tal disco e foi rejeitado por várias editoras antes de ser publicado por uma obscura Cleveland International Records, ditribuído pela Epic.
O disco é uma espécie de pequena opereta-rock em modo épico e imaginário de banda desenhada, cantado em correria acelerada pelas guitarras e teclados, com melodias memoráveis em quase todas as canções. O autor das mesmas era Jim Steinman, parceiro musical de Meatloaf, também já falecido há pouco tempo.
Devo ter ouvido pela primeira vez o disco já durante o ano de 1978 e ficaram-me no ouvido várias canções, com destaque para (I can see) paradise by the dashboard light, muito sugestiva para quem tinha saído da adolescência há pouco, mas com maior destaque para a música ( let me sleep on it...i´ll give a answer in the morning).
Durante anos a fio ouvi sempre o disco sem sinais de cansaço auditivo como aconteceu com muitos do mesmo género ( por exemplo o Born to run de Springsteen, com quem tem afinidades musicais) e apesar de os autores terem publicados duas sequelas ( o II e o III) nunca cuidei de as ouvir porque me basta o primeiro.
O disco quando se começa a ouvir é como o Dark Side of the Moon dos Pink Floyd: vai até ao fim porque parece ser apenas uma longa canção com variações e o ritmo é infernal, mesmo em em tonalidade de banda desenhada ( a capa é uma ilustração de Corben, celebrado autor americano de heroic-fantasy que a revista Métal Hurlant publicava na Europa).
Quanto à qualidade sonora não é famosa, tendo sido produzido por um músico, Todd Rundgren, ele mesmo autor de diversos discos sem grande história de sucesso.
Tenho a versão do LP publicado em Inglaterra e também em cd e dvd video publicados em 2002 por ocasião do 25º aniversário do disco e de facto não é das melhores gravações que conheço, mas é música rock e da boa.
O disco foi anunciado em Novembro de 1977 na Rolling Stone, assim:
Em logo a seguir c recensão crítica, nada entusiasmante, da autoria do intelectual da revista, Dave Marsh cujas críticas costuma ler para saber como julgar os discos, antes de os ouvir. Neste caso a crítica é demasiado cabotina:
O disco não vendeu inicialmente como se poderia ter esperado, mas na Páscoa de 1978 uma aparição do cantor num programa de tv americano ( Saturday Night Live) ou em Junho, na Alemanha (Rockpalast) ,relançou o interesse público e foi um sucesso. De tal modo que a mesma Rolling Stone, em Abril de 1978 gastou uma página a explicar quem eram Meatloaf e como tinha feito o disco com Jim Steinman:
E a revista Crawdaddy ia na mesma onda, em Abril desse ano:
Em Maio de 2017 a revista Mojo fez um resenha histórica da aventura de MeatLoaf e Jim Steinman.
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