domingo, abril 16, 2023

A outra hipocrisia de uma esquerda devorista

 O CM vai escalpelizando às pinguinhas o caso curioso do deputado do PS da Madeira que fez parte de uma empresa destinada a "consultadoria" com entidades de um país estrangeiro, integrado na CPLP na altura devida e que faliu sem ter arrancado sequer, ficando a dever as penas aos passarões do costume. 


A novidade de hoje é simples: o caso da empresa BKAT, formada em 2010, devedora à CGD de um montante inicial de pouco mais de 100 mil euros e que se tornou insolvente pouco tempo depois tendo sido encerrado o processo em 2015, por insuficiência de bens.  

A notícia dá conta que tal importância foi reclamada, pelo administrador de insolvência, em nome da CGD mas obviamente não foi paga. 

 Nos processos de insolvência analisam-se à partida  as dívidas dos cinco maiores credores e certamente a dívida à CGD estava incluída no lote, faltando saber se havia outros credores, mormente o Estado, em tributos ou contribuições para a Segurança Social, como habitualmente acontece. 

Segundo notícia de ontem, já existia um processo executivo para cobrança coerciva que supostamente terá sido apenso ao de insolvência, apesar de nada se dizer sobre isso. 

Portanto sobra como notícia que a CGD executou processualmente a devedora, a sociedade em causa e deixou em aberto a possibilidade de executar os garantes da obrigação inicial que subscreveram avales, "em branco", para o credor utilizar logo que fosse conveniente. Segundo o CM tal conveniência só se manifestou em 2021, meia dúzia de anos depois,  sendo certo que um dos subscritores do aval era político destacado pelo PS para duas comissões de inquérito parlamentar à...CGD. Um das comissões era precisamente para averiguar, em 2016, quando o aval já lá residia na CGD, os "créditos ruinosos" que a instituição concedeu, mormente por conta de um fantástico saltador de obstáculos políticos, chamado Vara, actualmente presidiário. 

É este pormaior que provoca o escândalo. Justificado, aliás. Porém, ainda falta saber mais coisas e espera-se que o CM as publique, porque basta ir ver o processo de insolvência e o relatório que o Administrador apresentou dando conta da génese da insolvência e do papel dos gestores e responsáveis. 

 

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