SOL:
O presidente da Câmara de Oeiras, arguido num processo em que é acusado de vários crimes (entre os quais corrupção) pediu interrompeu o procurador do MP e pediu autorização ao colectivo de juízes para deixar o local.
«Prefiro não ouvir o que estou ouvir. Fico nervoso. Caso contrário tenho dificuldade em me controlar. Se me autoriza eu ausento-me», declarou Isaltino Morais ao Tribunal.
«Para o senhor procurador, o julgamento não existiu. Naturalmente que não conseguia ouvir calado, porque se continuo a ouvir declarações do senhor procurador que são mentira, que não foram provadas ao longo do julgamento – que ao longo do julgamento provou-se que era mentira – era difícil estar a ouvir aquilo tudo sem intervir. Irei ouvir a transcrição e depois com calma reagirei», disse depois aos jornalistas.
Isaltino Morais disse ter tomado a decisão para não ouvir «afirmações não provadas» e, por isso, tomou um gesto de «respeito pelos tribunais».
O autarca tomou a decisão «para a dignidade do tribunal».
«É melhor eu sair, para não ser mal-educado. Não é possível ouvir o que estou a ouvir», concluiu, sem que o colectivo levantasse qualquer objecção.
O presidente da Câmara de Oeiras, arguido num processo em que é acusado de vários crimes (entre os quais corrupção) pediu interrompeu o procurador do MP e pediu autorização ao colectivo de juízes para deixar o local.
«Prefiro não ouvir o que estou ouvir. Fico nervoso. Caso contrário tenho dificuldade em me controlar. Se me autoriza eu ausento-me», declarou Isaltino Morais ao Tribunal.
«Para o senhor procurador, o julgamento não existiu. Naturalmente que não conseguia ouvir calado, porque se continuo a ouvir declarações do senhor procurador que são mentira, que não foram provadas ao longo do julgamento – que ao longo do julgamento provou-se que era mentira – era difícil estar a ouvir aquilo tudo sem intervir. Irei ouvir a transcrição e depois com calma reagirei», disse depois aos jornalistas.
Isaltino Morais disse ter tomado a decisão para não ouvir «afirmações não provadas» e, por isso, tomou um gesto de «respeito pelos tribunais».
O autarca tomou a decisão «para a dignidade do tribunal».
«É melhor eu sair, para não ser mal-educado. Não é possível ouvir o que estou a ouvir», concluiu, sem que o colectivo levantasse qualquer objecção.
Isaltino Morais foi magistrado do MP. Sabe perfeitamente que durante as alegações orais, o arguido, está calado e ouve. No fim, o tribunal dá-lhe sempre a palavra para dizer o que entender que não tenha dito antes.
Isaltino preferiu sair, dizendo aos media o que entendeu, sobre uma parte das alegações do MP.
Daqui a pouco, será a vez da defesa de Isaltino. O procurador do MP, pode pedir ao tribunal, para se ausentar, pelos mesmos motivos. E vira cá para fora desabafar sobre os "disparates " da defesa.
Isaltino parece ser assim: uma excepção à regra. Segundo disse durante o julgamento, fugas ao fisco, todos as cometem. O dinheiro da Suíça que era do sobrinho, poderá ser do resto das campanhas eleitorais. Corrupção ? Nem fumo, quanto mais fogo.