terça-feira, março 08, 2011

Cuidado, Pedro Lomba...

Pedro Lomba no seu artigo de hoje na última página do Público atira-se a Rui.Pedro.Soares como gato a bofe.
Aproveita o facto do director da London School of Economics se ter demitido em função de notícias que ligavam a instituição ao regime de Khadaffi, para comparar o despautério da nossa PT que mantém nos quadros o dito Rui. Pedro.Soares, depois de todas as peripécias escandalosas que o ligam ao poder político do momento, como “boy” de luxo, “capanga de luxo” ou simplesmente “tralha socrática” ( expressões de Rui Tavares citado por Pedro Lomba).

Pedro Lomba não poupa nos epítetos da sua indignação: “avençado”; “administrador colocado na comissão executiva da PT para fazer de embaixador pessoal e coordenador de operações negras de José Sócrates”; “uma nulidade” que “continua por aí a passear a sua desvergonha e falta de crédito”.

Pedro Lomba arriscou demais neste escrito. Como explica mais à frente, em irónico incentivo a esta fauna política que prolifera em partidos, estes não devem desistir nunca , de alardear inocência, mesmo contra as evidências mais chãs, porque se devem lembrar "sempre que, por mais agudo que seja o vosso aperto, os tribunais podem ser aliados.”

Pedro Lomba poderia ter escrito simplesmente que Rui.Pedro Soares, é um simples apaniguado do governo que está e ficava tudo dito.
Mas, certamente inebriado pela indignação, foi mais longe e epigrafou o dito “boy” de modo insuportável para a vergonha de qualquer pessoa normal. O que sendo completamente justo por adequado às práticas que se conhece, pode muito bem ser demasiado arriscado perante as leis que temos.

Os mesmos mesmos tribunais que concederam civilmente uma indemnização faraminosa ao famigerado personagem, podem repetir a façanha jurídica.

Ao contrário do que alguns pensam, a crise da Justiça, a verdadeira, é essa: a de não assegurar que cada um tenha aquilo que mereça, por direito próprio…e transforme em vítimas da sociedade os que abusam das suas instituições.

Por isso, para falar destas personagens macabras da nossa democracia, o melhor é regressar ao antigamente e usar o sarcasmo e a ironia. Pontos nos nomes, por exemplo.

Questuber! Mais um escândalo!