Para aquilatar a profunda seriedade do pensamento coerente de Marinho e Pinto apenas esta:
"Já tivemos casos em que os magistrados foram ao parlamento para deter deputados e já lá estavam cadeias de televisão à espera." O i então mencionou se estava a falar do processo Casa Pia. Resposta pronta de Marinho e Pinto: Eu não cito processos.
Tal e qual. Não citou o único processo em que tal sucedeu...mas citou magistrados e foi apenas um; citou cadeias de tv e foi apenas uma. Que apetece chamar a Marinho e Pinto depois disto ? Pateta? É pouco.
Sobre o assunto que Marinho e Pinto aproveita mais uma vez para denegrir a magistratura, impunemente na sua aparente inimputabilidade, haveria a lembrar algo que Marinho aborrece: que o advogado Celso Cruzeiro, de alguns entalados excelentíssimos nesse processo, tinha um filho a trabalhar na SIC.
O caso foi então muito badalado em termos que Marinho e Pinto, antigo jornalista recusa ver, porque prefere olhar para o argueiro em vez da trave que se lhe planta na frente do bestunto.
Da próxima vez que falar no assunto ( talvez já na próxima semana porque não aguenta estar sem falar em público mais de dois ou três dias), é bom que alguém lhe faça ver esta trave que já tem musgo:
"A SIC foi o único canal a filmar o juiz RUI TEIXEIRA no elevador da Assembleia da República, depois de ter entregue o pedido de levantamento da imunidade parlamentar ao deputado PAULO PEDROSO; DANIEL CRUZEIRO, chefe de redacção do canal de Carnaxide, é filho de CELSO CRUZEIRO, defensor de PEDROSO e está casado com RITA FERRO RODRIGUES, cujo pai é líder do PS e está na «berra» e berra que se farta por causa dos desenvolvimentos do escândalo da pedofilia na Casa Pia de Lisboa que estão a «chamuscar» o PS; SOFIA PINTO COELHO, jornalista da SIC, é casada com RICARDO SÁ FERNANDES, advogado de CARLOS CRUZ; e, para compor o «ramalhete», o ex-ministro da Justiça, ANTÓNIO COSTA, actual deputado, é irmão de RICARDO COSTA, editor de política nacional da SIC. Uma família completa em Carnaxide. "
Se estes factos forem verdadeiros ( pode haver dúvidas quanto ao casamento daquela com aquele, mas que viveram juntos é facto assumido), Marinho e Pinto devia estar calado e cheio de vergonha. Que não tem , obviamente.Se tivesse lembraria as conversas telefónicas, em pânico, nessa altura, que envolveram António Costa, ministro de Guterres, sobre o terramoto que se avizinhava para o partido. Costa chegou a interferir directamente nos poderes judiciários, a propósito do assunto, como se sabe. Telefonou a Souto Moura para lhe pedir coisas impossíveis e inadmissíveis.
Isso é que é vergonha. Ou devia ser, para Marinho e Pinto. Mas como pode ser se este não tem um pingo da dita?
Mais outra para terminar. O i refere-lhe que Marinho "disse que a corrupção alastrou a todos os níveis do aparelho de Estado. Quer esclarecer que níveis são esses?" E que responde Marinho e Pinto a isto? Assim:
" A frase diz tudo. Temos pessoas nos mais altos cargos do Estado a enriquecer, mas não me venha perguntar nomes. As entidades que averiguem".
Pronto. Marinho e Pinto pensa em algumas pessoas. Apenas algumas. E não são do PS...o que denota ainda mais a sua inteira falta de vergonha.
E não resisto a mais uma: perguntado se "o bastonário dos advogados fala à vontade ao telefone", Marinho responde que "eu não, e há muito tempo. Mas é mais com medo dos juizes do que de espiões". Diz a sério ou pelo menos sem brincadeira.
Percebe-se. Marinho não tem medo de espiões que lhe aparam o jogo político. É natural e com isso vive ele muito bem. Mas os juízes, esses, é que não. E não se fica nessa: "se me fizerem uma escuta vão apanhar qualquer matéria para me processar. Agora talvez já não, que vou tendo cuidado, até nos restaurantes e na via pública."
Pois esta é de rebimba o malho. Marinho acha que todas as palermices que redundam em crimes de injúria ou difamação, os mais prováveis por causa daquele boquejar contínuo, podem ser provados por escutas. E por isso toma precauções, até na via pública. Pode ser apanhado a falar ao telefone, em alta-voz...
Este tipo atingiu as raias do ridículo e faz lembrar aqueles que falam ao telemóvel enquanto conduzem e quando falam na rua e vêem um polícia, retiram o aparelho do ouvido...
3 comentários:
O Zé tem razão. Chamar pateta a Marinho Pinto é pouco. Elé é sim um "ganda pateta de avental" cujas solidariedades lhe exigem grandes patetices.
Porrada neles e em ti também ou pensas que és melhor
É estranho, ainda alguém, dar qualquer tipo de credibilidade, a este indigena aventalado.
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