Na Quadratura do Círculo de hoje, o animador convidou o adjunto Silva Pereira, que ajuda o primeiro-ministro nos assuntos de Estado.
A conversa roda à volta da crise que atravessamos e o tema é arredondado em jargão político de circunstância com todos a desejarem que a campanha que se avizinha seja civilizada, sem dureza e portanto mole.
Estes indivíduos da Quadratura estão arranjados na vidinha que têm. Lobo Xavier consulta em várias empresas e advoga por aí. Vive bem e a crise não o atingirá quase nada. Pacheco Pereira é uma espécie de sociólogo-historiador da contemporaneidade e cronista de jornal que vive bem, também. O animador do programa é o elo mais fraco mas mantém a postura cordata de suavidade interventiva.
As conversas que dali saem sobre os diversos assuntos contribuem para a mistificação ambiente. Os verdadeiros problemas são escamoteados e a linguagem usada para ocultar a tragédia que nos assola.
O programa Quadratura do Círculo estiolou. Não é de agora, mas agora é mais visível. Não adianta nada; pouco ou nada se aprende e devia acabar.