Negócios:
Não foi inconstitucional, ao longo dos últimos 30 anos, entrarmos três vezes em bancarrota. Não é inconstitucional termos primeiros-ministros que levem o País à bancarrota. Acho que isto devia ser um factor de meditação." Pires de Lima.
De facto, as inconstitucionalidades surgem agora como evidências das discrepâncias entre as políticas económicas e sociais cuja aprovação e execução se encontram em curso e o texto constitucional aprovado em 1976 e revisto já por diversas vezes, a última das quais nos anos 2000.
Nas três vezes que as políticas económicas cuja aprovação e execução decorreu em função de ideologia de esquerda, hard e soft, comunista e socialista, e nos conduziram directamente a estado de bancarrota iminente, ninguém se preocupou em sindicar tais políticas junto do tribunal constitucional para esta instituição do Estado impedir tal efeito.
Porém, como diz Pires de Lima, a Constituição assegura direitos, muitos direitos que foram postos em causa directamente por essas políticas. Por exemplo o direito ao trabalho. À saúde, à educação, à habitação, do catálogo da canção do esquerdista Sérgio Godinho- a paz, o pão, habitação, saúde, educação...
A questão por isso prende-se mais uma vez com o fundamental: a ideologia. A da Constituição é esquerdista qb e portanto, foi seriamente abalada com aquelas políticas contraditórias e que conduziram aos resultados funestos que se conhecem.
Agora, com outra ideologia ou mesmo sem ela porque se trata agora apenas de resolver os problemas graves na 25ª hora, e porque não há alternativa ao capitalismo, apesar do comunismo ainda andar por aí em estado fóssil, aparecem aqueles mesmos que nos conduziram às duas bancarrotas anteriores a clamarem pelas mesmíssimas medidas que causaram os mesmíssimos resultados.
Afinal quem é que será mesmo inconstitucional e relapso na matéria?