quarta-feira, outubro 29, 2014

Mário Soares e o socialismo embalsamado

Mário Soares e Almeida Santos não querem que o PS deixe de ser "socialista" porque tal coisa é impensável e seria "uma heresia". Portanto, este PS tem agora uma doutrina socialista ortodoxa.

E qual é a coisa qual é ela que Manuel Valls nem quer falar nela? Em 1 de Abril de 1976 o grande, grande pensador português, desde sempre radicado além Pirinéus, em Vence, argumentava muito simplesmente na Opção que essa tal coisa era nada. Vezes nada.


Ora o mesmo Mário Soares dizia em 9 de Julho desse mesmo ano à revista Século Ilustrado, ( em entrevista de Maria Antónia Palla  ) o seguinte que dá para entender que já tinha engaiolado o socialismo, liquidado de morte matada e pedurando-o para inglês ver e a palrar de vez em quando as frases da moda, dando o corpo ao manifesto das vozes ventríloquas dos animadores do sítio.  O passaroco afinal nunca foi verdadeiramente metido em qualquer gaveta mas ficou por ali, embalsamado,  a adornar o espaço mediático do Rato, debitando em ilusão os estribilhos que fazem ganhar eleições. Assim que desaparecer, acaba a peçonha. Valls quer enterrá-lo porque cheira mal e só debita frases repetidas sem nexo.  Soares e Santos que não, que ainda é passaroco para resistir a mais invernos do nosso descontentamento e os ventríloquos têm que ganhar a vidinha. E lá lhe vão dando cascas e alpista para enganar papalvos que votam e julgam que o passaroco embalsamado está vivo e de boa saúde...



Quase dez anos depois, o mesmo Mário Soares, em entrevista à Grande Reportagem de 15 de Março de 1985, pasava já a certidão de óbito ao passaroco, mas recusava enterrá-lo, mantendo-no no bálsamo da utilidade eleiçoeira, até hoje. À pergunta - A sua actuação pretende aumentar ou reduzir a intervenção do Estado?- Soares respondia como grande neo-liberal improvável que enterrara definitivamente o passaroco socialista:

"Obviamente, reduzir e simplificar. O Estado não deve ser empresário. Em toda a parte enm que a livre iniciativa dos agentes económicos se afirma. o papel do Estado deve tornar-se meramente supletivo".Melhor que isto nem a Senhora Thatcher...que aliás estava então no poder, em Inglaterra.



13 comentários:

Floribundus disse...

sem princípios, nem meios, nem fins

de vitória em vitória até à falência final

se as minhas opiniões tivessem valor,
não as dava,
vendia-as

Floribundus disse...

no início do séc xx havia em Lisboa uma bruxa célebre
Madame Brouillard

os xéxés do socialismo fazem lembrar a dita Madame (mulher dum dos sócios da casa Martins & costa da rua do Carmo) ou a chegada de Dom Sebastião

Costa vai repetir Alcácer Quibir

zazie disse...

«O papel do Estado deve tornar-se meramente supletivo »

Esta é mesmo para lhes esfregar na focinheira

Neo disse...

O José devia ser convidado a escrever no Observador :)
Não se vê por lá quem lhe chegue aos calcanhares.

josé disse...

"O José devia ser convidado a escrever no Observador :)"

Num aceitaria fazer parte de um clube que me quisesse como sócio...ahahah.

zazie disse...

":O)))))

Floribundus disse...

ainda que todo o mal nos caia em cima

compensa largamente sermos independentes

conheço bem o assunto por longa experiência própria

Floribundus disse...

sor eng

«José, está na altura de te pores na alheta» - Aspirina B

BELIAL disse...

O pai da democracia está mais xéxé do que nunca.

Os textos que escreve dão prova disso, penosamente.

Um destes dias encafuam-no num quarto, dão-lhe uns comprimidos - entretendo-o com novelos pregos, tábuas e martelos...

Também fisicamente está a degradar-se rapidamente.

De uma forma ou doutra,em 2015/16 apaga-se.
Ou apagam-no da vida pública.

Fará tanta falta como os cães na missa.

Floribundus disse...

Cáritas a única associação humanitária que considero credível

NIB
0046 0111 0060 0191 4651 9

precisa da nossa ajuda por causa dos mamíferos socialistas, sociais-fascistas e financeiros de vão-de-escada

aguerreiro disse...

Cada vez aprecio mais os velhos textos do ceroilas borradas do sr Lourenço que nem sequer ensinou os filhos a falar a língua pátria e para cá veio com a "mocracia" sacar uns dinheiros, uns prémios, albergue e comedorias variadas, tudo á custa dos tansos, de preferência socialistas. Os euros remanescentes, que não serão poucos vão para o Credit Agricole ou Lyonnais pois por lá não há bancos maus e o seguro morreu de velho!

Floribundus disse...

'fazem o favor de ser felizes'

Banana
A fruta é um carboidrato rico no aminoácido triptofano ( cada 100g da banana contém em média 18mg de triptofano). Acontece que este aminoácido é uma substância precursora da serotonina. "Sem serotonina, o organismo fica suscetível a males como depressão, irritabilidade, insônia, ansiedade, mal humor e hiperfagia (aumento exagerado da fome)", explica Lucyanna Kalluf. A serotonina também é considerada como sendo uma substância anorexígena, diminuindo a ompulsividade e a fome.

Alimentos Quantidade de triptofano em 100 g
Queijo 7 mg
Amendoim 5,5 mg
Castanha de cajú 4,9 mg
Carne de frango 4,9 mg
Ovo 3,8 mg
Ervilha 3,7 mg
Pescada 3,6 mg
Amêndoa 3,5 mg
Abacate 1,1 mg
Couve-flor 0,9 mg
Batata 0,6 mg
Banana 0,3 mg

BELIAL disse...

O sátrapa ressaibiado cavalgou SEMPRE a casta que o engendrou.

Nela reinou com sobranceria e despótico cinismo camuflado de biltre apreensão.

Nada aprendeu ou esqueceu - no seu arrivismo oportunista.
Insuportável pantomineiro - afoga-se agora na decadéncia que o sintetiza: vaidade das vaiaddes, tudo é vaidade e vento que passa

Mas um velho, de aspecto venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:

95

- "Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
Que castigo tamanho e que justiça
Fazes no peito vão que muito te ama!
Que mortes, que perigos, que tormentas,
Que crueldades neles experimentas!


96

- "Dura inquietação d'alma e da vida,
Fonte de desamparos e adultérios,
Sagaz consumidora conhecida
De fazendas, de reinos e de impérios:
Chamam-te ilustre, chamam-te subida,
Sendo digna de infames vitupérios;
Chamam-te Fama e Glória soberana,
Nomes com quem se o povo néscio engana!

97

- "A que novos desastres determinas
De levar estes reinos e esta gente?
Que perigos, que mortes lhe destinas
Debaixo dalgum nome preminente?
Que promessas de reinos, e de minas
D'ouro, que lhe farás tão facilmente?
Que famas lhe prometerás? que histórias?
Que triunfos, que palmas, que vitórias? .

O Público activista e relapso