sexta-feira, junho 26, 2015

Ecos avulsos de um estranho silêncio com ruído de fundo

Este artigo de Dinis de Abreu no Sol de hoje revela uma opinião francamente minoritária nos media nacionais: apesar das evidências escandalosas do comportamento do recluso 44 continua o mesmo a merecer os favores de quase todo o universo mediático nacional, com honrosas excepções, entre as quais o Correio da Manhã e de algum modo, o Sol.
Parece, ao tomar-se conhecimento desta realidade que o assunto se politizou de molde a que os órgãos de informação tomam posição editorial ou de facto, sobre o assunto, partindo dessa perspectiva eminentemente política e afastando qualquer esforço de análise factual para além disso.
É impressionante viver num país com este contorno político-social.
Qualquer notícia, por pequena que seja, no sentido de abrir a porta de uma esperança  de libertação do recluso 44 do imbróglio e ordália em que se meteu, faz vibrar as redacções em parangonas entusiásticas. Qualquer facto com sinal contrário é tendencialmente omitido, obliterado ou abafado dos microfones ou câmaras à "hora certa". Incrível.


Ontem o Correio da Manhã noticiava que o processo administrativo de análise da validade do curso superior do mesmo recluso se encontra "parado há mais de dois anos" no tribunal administrativo  de círculo de Lisboa, sem notícias do mesmo e do  respectivo desenvolvimento. A PGR, chamada a pronunciar-se nada esclareceu e o jornal carregou na primeira página: " Justiça trava investigação a curso"...o que é mais uma machadada na credibilidade e transparência de que falava há dias o Conselheiro Santos Cabral na Figueira da Foz.
Mas o que é isto?!


ADITAMENTO -Sábado 27.6.2015

O Correio da Manhã de hoje relata a notícia dos cães que continuam a morder nos homens, ou seja, a normalidade de um senso comum que apenas foi quebrado pelo juiz Reis, numa estranha decisão ao contrário.
Esta notícia do CM é exclusiva porque as lourenças dos media não conhecem o seu relevo. Se ainda fosse outra ao contrário...

Significa isto que o recluso 44 já está em cumprimento de pena por ter sido já condenado mediaticamente? Não. Significa apenas que já para cima de uma dúzia de juízes se pronunciaram sobre os indícios e provas existentes no processo para considerarem que são fortes e justificam para já a medida de coacção imposta. Só isso que exaspera as lourenças mediáticas que "já não podem mais", acolitadas pelos anõezinhos e silva do palpite avulso, convidados amestrados do partido que quer conquistar o poder.


Questuber! Mais um escândalo!