Daqui, memórias de um inteligente...chamado Daniel Oliveira
O “conto de crianças” que Tsipras e Varoufakis conseguiram ver aprovado
em troca de mais financiamento foi um programa de combate à evasão
fiscal, à corrupção e ao desperdício. De extensão de apoios sociais, com
garantias de fiscalização. De aumento do salário mínimo. De combate ao
endividamento das famílias e de mais justiça fiscal. Do fim do processo
de privatizações. Da morte definitiva da troika, com a valorização da
OCDE e da OIT. E de aplicação de parte de um programa de emergência
social. Podem tentar transformar isto numa derrota. Se um governo nosso
conseguisse, sem que Portugal esteja no aperto que a Grécia está, metade
disto eu festejaria. É só um começo de uma guerra que será dura. Mas é
um bom começo. Como fica evidente com o torcer de narizes do BCE e do
FMI.
Em Portugal, há quarenta anos tínhamos deste tipo de inteligentes às dúzias. Foram os autores do PREC...e nada esqueceram e nada aprenderam, dos paizinhos ou dos inteligentes que os ensinaram.
Porque é que Portugal está condenado a ter estes palermas sempre a perorar sobre o que não sabem porque descuram o que é sabedoria chã e antiga?
É preciso ainda dizer que o couto privilegiado desta espécie de inteligentes é a Impresa do senhor Francisquinho Balsemão, outro finório. Tem lá toda a tralha que lhe faz falta para esta pouca-vergonha e não desiste de arruinar a decência que seria exigível ao jornalismo competente e sério.
Em tempo:
É preciso não esquecer que ainda há três meses havia outros inteligentes a pedir isto:
Da esquerda à direita, são 70 as personalidades que apelam, num
manifesto, à reestruturação da dívida. A dois meses do final do programa
de ajustamento financeiro, várias figuras de relevo e de diferentes
quadrantes políticos defendem a reestruturação responsável da dívida.
O
teor documento é antecipado esta terça-feira pelo jornal “Público”,
segundo o qual o documento inclui as assinaturas de personalidades como
Adriano Moreira, Bagão Félix Manuela Ferreira Leite, João Cravinho,
Carvalho da Silva, Francisco Louçã, Ferro Rodrigues e Manuela Arcanjo.
O
manifesto visa “apelar à preparação da reestruturação responsável da
dívida para crescer sustentadamente, para criar emprego, para que haja
futuro, em vez de estarmos a repetir do passado e de, em austeridade em
austeridade, estarmos cada vez pior”, indica à Renascença, João Cravinho, o principal promotor do documento.
Quem os capitaneava? O incrível Cravinho, o mesmo que para combater a corrupção na JAE criou um sistema em que a corrupção aumentou...