quinta-feira, julho 16, 2015

A verdadeira corrupção

CM de hoje:

O que Eduardo Dâmaso escreve aqui, no CM de hoje,  espelha o que poderá ter sido o grande golpe de corrupção política e económica que ocorreu nos anos 2006-2010. A mudança de mãos do BCP, a ascensão do BES e o descalabro subsequente poderão ter a sua origem nestes golpes orquestrados por uma vontade política com motivações ainda obscuras, uma vez que a Maçonaria deu o seu palpite, parece-me.

Para investigar este autêntico crime contra a economia nacional e no fim de contas contra o Estado de Direito não há gente nem vontade, como escreve E. Dâmaso.
A. Vara foi um pivot importante nesta actuação e o atentado ao Estado de Direito que se indicia claramente nestas actuações, foi obliterado como crime porque os dois principais protagonistas do poder judicial e judiciário, em 2009 não julgaram assim e mandaram apagar gravações em que supostamente se poderia partir para tal investigação criminal, arquivando liminarmente em processo administrativo os factos imanentes.
Houve mesmo uma professora catedrática de direito penal ( Fernanda Palma) que escreveu claramente no Correio da Manhã ( onde agora já não escreve, o que é pena)  que tal crime fundava-se  numa "norma adormecida", parecendo assim certo que os professores de direito penal não existem para despertar consciências anómicas porque eles próprios participam na sonolência geral.

O tempo que passou já apagou certas realidades que aliás muitos procuram abafar bem abafadinhas, não fosse o diabo tecê-las...

Portugal só pode recuperar um pouco da sua dignidade como país quando tomar consciência destes crimes e de quem realmente os praticou, quem foi cúmplice dos mesmos e quem os encobriu realmente, auxiliando os criminosos.


6 comentários:

Ljubljana disse...

Ainda outro dia, num CM da semana passada aparecia um destes figurões do judicial/judiciário a que o José se refere no texto, a propósito do processo Vale do Lobo. Fico sempre com a impressão de que quando refiro por aqui que estes dois senhores me parecem bem mais envolvidos nestas escaramuças todas do que aparenta, o José a eles se refere como apenas tendo pecado por terem sido passivos na busca da verdade. Ainda relativamente à mesma leitura desse CM, é curioso notar um pormenor que me saltou à vista, num momento em que toda a gente demoniza os economistas e tecnocratas, de realçar que na decisão de atribuição do empréstimo ao consórcio para o Vale do Lobo pela CGD, o Director de Risco do banco ter chamado bem a atenção para o erro/risco associado ao financiamento proposto pela equipa de Vara, e ao facto da sua opinião de técnico ter sido cilindrada pelas decisores políticos (administradores nomeados pela classe política), que ignoraram as indicações em contrário. Já sabemos porquê.

Floribundus disse...

a ditadura política e económica do 44 e dos seus amigos

mostrou a quem tem algum carácter

que o que é de todos é meu

dão-se alvíssaras a que encontrar a vergonha da larga maioria dos portugueses

começo pelo prédio onde moro
onde os administradores só conhecem a lei da selva
tive de me fazer representar na última reunião por uma advogada

dizia-se na minha falecida aldeia
'calhaus sem olhos'
para mim '3 em 1'

A Mim Me Parece disse...

Na minha dizia-se e ainda se diz "calhau com olhos", o que me parece mais de acordo com a realidade.

RMM disse...

Não me esqueço da tentativa desesperada do PS em conseguir eleições antecipadas há cerca de um ano atrás: foram manobras, com toda a certeza, a mando do DDT, no sentido de se conseguir parar o tsunami que acabou com o GES.

O PS é um partido de crápulas corruptos e de arrivistas chico-espertos: fico completamente doente quando vejo as intenções de voto que consegue reunir.

josé disse...

"Não me esqueço da tentativa desesperada do PS em conseguir eleições antecipadas há cerca de um ano atrás: foram manobras, com toda a certeza, a mando do DDT, no sentido de se conseguir parar o tsunami que acabou com o GES."

Disso também não tenho a menor dúvida.

josé disse...

O velhote caquético (M.S.) estava apopléctico nessa altura. Ate ameaçou com cataclismos inomináveis...

O Público activista e relapso