Foi ao local, falou com as pessoas certas ( só faltou falar com os pilotos dos helis ou do primeiro heli, o que continuo a pensar serem testemunhas fulcrais sobre o que se passou entre as 14:30 e as 20:00, altura em que já nem andavam no ar, por causa do fumo) falou com intervenientes directos, nas primeiras horas do incêndio ( falou mesmo com o proprietário do terreno em Escalos que viu o fogo a lavrar, ainda rasteiro e controlável mas nada fez porque "não tinha mangueiras"...embora ninguém lhe perguntasse se teria ramalhos para apagar o que aparentemente poderia ter feito), falou ainda com vários bombeiros e um nome avulta no meio desta gente toda: Augusto Arnaut, comandante dos bombeiros de Pedrógão. Ao ouvi-lo tive que sair e deixar de ouvir por momentos, porque fiquei chocado com o que o mesmo disse. Uma frase: "uma viatura e cinco homens"...
Augusto Arnaut. É preciso saber quem é. E não consigo escrever mais nada por ora porque o que ouvi deste indivíduo me incomodou seriamente.
Foi dos primeiros a insistir nas falhas do SIRESP mas o SIRESP só falhou depois das 20:00 aparentemente. Altura das mortes e quando pouco ou nada haveria a fazer a não ser o mesmo comandante ter ido cortar as estradas que manteve abertas e constituíram ratoeiras para quem morreu.
Antes dessa hora houve tempo mais que suficiente para tal tarefa primordial... e seria bom que o mesmo explicasse o que fez durante essas horas de Sábado dia 17 de Junho ( entre as 14:40 e 20:00). Disse que tinha um carro e cinco homens no terreno? Que fez com essa gente e como é que pediu mais bombeiros e quando?...E o piloto do heli que lá andou durante a tarde e viu do ar o que se passava no terreno, a evolução do fogo e a direcção que tomava, comunicou algo com ele ou alguém da Protecção Civil? O quê?
A foto é daqui e o comandante Arnaut é o da esquerda.
Na RTP3, depois das 23:00 um painel reunindo o responsável pela Protecção Civil ( um coronel Leitão que foi para ali tentar defender o indefensável e que confessadamente nunca pensou demitir-se porque esteve tudo bem...) e um antigo inspector de bombeiros, Miguel Antunes.
Este disse claramente o que tenho dito por aqui: dantes havia um meio aéreo que servia para coordenar o combate, dando informações sobre a evolução do incêndio e o que haveria a fazer. No caso ninguém foi capaz de dizer que tal sucedeu em Pedrógão Grande, no Sábado 17 de Junho de 2017.