segunda-feira, janeiro 16, 2023

Os culpados do falhanço da Educação, em Portugal

 O CM de hoje, segundo a opinião de um director, mostra precisamente o que falhou na Educação nos últimos 40 anos, pelo menos:


"Das faculdades saem gestores, médicos, advogados, jornalistas e professores com dificuldade em escrever. Além dos erros, a sintaxe sofre tratos de polé. Grande parte teria dificuldade em passar num antigo exame da 4ª classe". 

Não é preciso dizer muito mais para se poder fazer o diagnóstico preciso do falhanço rotundo do sistema educativo nacional nas últimas décadas, porque os resultados são evidentes para quem quiser ver, como aliás o director do jornal enuncia e bem entende. 

As universidades acolhem alunos que não estão bem preparados na disciplina de Português e muitos não sabem escrever sem erros, o que há 50 anos seria fenómeno muito raro. Actualmente é coisa vulgar e aliás digna de nota muito negativa de quem ensina nesses lugares.   

Um aluno universitário que não sabe escrever sem erros, provavelmente não saberá ler como deve ser e consequentemente interpretar correctamente qualquer texto.

Se da disciplina de Português passarmos para a de Matemática, o fenómeno não deverá ser muito diverso e provavelmente será ainda mais grave o número de alunos que não saberá contar correctamente ou efectuar operações de matemática, mesmo as mais elementares e que se deveriam ensinar no ensino que dantes se chamava primário, sem desprimor algum. 

Os que entenderam ser desprimor tal designação e a modificaram, adaptando termos diferentes para evitar o efeito, são exactamente os mesmos que se tornaram responsáveis pelo descalabro do ensino e da Educação nas últimas décadas. 

Basta coligir os nomes dos sucessivos ministros da Educação dos Governos que tivemos em democracia, para podermos indicar com precisão e rigor os culpados desta miséria. Aqui estão eles, numa lista disponível na internet. 

 








Foram estes indivíduos que sobraçaram a pasta da Educação nestas décadas e que tiveram a oportunidade e meios para modificar o ensino, tornando-o mais capaz e susceptível de ministrar Educação aos alunos que o frequentaram durante esse tempo. 
Podem dizer o que quiserem mas o resultado prático do falhanço a que se assiste, publica e notoriamente é dessas pessoas que por incompetência e incapacidade não conseguiram fazer melhor. 

O fenómeno da autêntica "iliteracia" vigente é muito pior que no tempo do "obscurantismo fassista" porque nessa altura não havia quem frequentasse o ensino primário e não soubesse ler, escrever e contar, nas suas noções básicas que hoje não são garantidas pelo sistema que existe, fruto da governação daquelas pessoas. 

O pior de todos os ministros elencados? Para mim, o mais nocivo de todos foi o famigerado Rui Grácio que esteve poucos meses no cargo mas liquidou o ensino técnico como existia, por razões ideológicas. 
Logo a seguir, com distância mínima desse pódio indesejável, o inefável Grilo que podendo dar asas à paixão pela Educação do fantástico Guterres, burricou e não foi capaz. Escreveu depois um livro para dizer que o mais difícil era "sentá-los". Aos alunos, entenda-se. Só isso diz tudo acerca da competência exposta. 

O último destes moicanos tristes foi David Justino que podendo modificar e alterar o sistema, ajudou a sustentar o mesmo. 
O penúltimo não merece o pódio sequer porque não passou de uma anedota triste que nem dá para rir. 

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