A revista Time desta semana celebra os 100 anos da revista, de um modo que me chocou. Tem esta capa e editorial, numa edição de 68 pgs:
E a comemoração dos 100 anos da revista é isto:
E os artigos escolhidos para alguns temas, todos de determinada temática:
Inacreditável!
Há muito tempo que deixei de ler a Time para me informar convenientemente sobre certos assuntos que os americanos sabem tratar, na imprensa tradicional, como a revista era.
Comecei a ler a Time em Novembro de 1973 por causa de um artigo sobre Portugal e que não foi censurado por cá, ao contrário do que os wokistas nacionais pretendem:
Ao longo dos anos acompanhei a evolução da revista, comprando os números sempre que tal se justificava de acordo com os meus interesses da altura.
Em Março de 1983 a revista perfez 60 anos e publicou um número comemorativo assinalável com 104 páginas e uma comunicação editorial distinta e sem comparação com o aborto agora dado à estampa:
A par da edição normal, publicaram ainda um livro de 170 páginas comemorativo e informativo.
No historial de 1998, o fundador da revista era apresentado como alguém que queria ver e saber tudo, movido por uma curiosidade e ambição insaciáveis. No editorial do número comemorativo dos 100 anos, Henry Luce é apresentado como um homem de negócios.
Outro mais esclarecedor do carácter abortício do produto actual é a circunstância de terem criado um número para a "woman of the year", pois a revista era já conhecida por ter um número consagrado ao "man of the year".
Tal circunstância releva do mais puro wokismo feminista ( a editora da revista é gerida por uma tal Sibley que aparece na foto supra) não valendo sequer o facto de ao longo das décadas a capa da Time com o "man of the year" ter sido dedicada também a algumas "woman of the year". Na década de 30, Wallys Simpson mereceu tal destaque; na década de 40 foi a vez da Rainha Elizabeth II e na década de 80 foi assim:
Por outro lado foram muitas as vezes em que o "man of the year" nem foi personalizado. E em Janeiro de 2007 foi assim, com uma capa que reflectia literalmente quem olhava para a mesma:
A Time acabou nas mãos desta gente...que vai acabar com a Time.
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