segunda-feira, março 06, 2023

A Time é um aborto do wokismo

 A revista Time desta semana celebra os 100 anos da revista, de um modo que me chocou. Tem esta capa e editorial, numa edição de 68 pgs:



E a comemoração dos 100 anos da revista é isto:





E os artigos escolhidos para alguns temas, todos de determinada temática:



Inacreditável! 

Há muito tempo que deixei de ler a Time para me informar convenientemente sobre certos assuntos que os americanos sabem tratar, na imprensa tradicional, como a revista era. 

Comecei a ler a Time em Novembro de 1973 por causa de um artigo sobre Portugal e que não foi censurado por cá, ao contrário do que os wokistas nacionais pretendem:




Ao longo dos anos acompanhei a evolução da revista, comprando os números sempre que tal se justificava de acordo com os meus interesses da altura. 
Em Março de 1983 a revista perfez 60 anos e publicou um número comemorativo assinalável com 104 páginas e uma comunicação editorial distinta e sem comparação com o aborto agora dado à estampa:






Em  Março de 1998, por ocasião dos 75 anos, a revista publicou mais uma série de números em que se destacam temas e assuntos que faziam jus à reputação do jornalismo da revista:






A par da edição normal, publicaram ainda um livro de 170 páginas comemorativo e informativo.





Dois exemplos para mostrar a diferença entre essa época e a do actual aborto:

No historial de 1998, o fundador da revista era apresentado como alguém que queria ver e saber tudo, movido por uma curiosidade e ambição insaciáveis. No editorial do número comemorativo dos 100 anos, Henry Luce é apresentado como um homem de negócios. 


Outro mais esclarecedor do carácter abortício do produto actual é a circunstância de terem criado um número para a "woman of the year", pois a revista era já conhecida por ter um número consagrado ao "man of the year". 

Tal circunstância releva do mais puro wokismo feminista ( a editora da revista é gerida por uma tal Sibley que aparece na foto supra) não valendo sequer o facto de ao longo das décadas a capa da Time com o "man of the year"  ter sido dedicada também a algumas "woman of the year". Na década de 30, Wallys Simpson mereceu tal destaque; na década de 40 foi a vez da Rainha Elizabeth II e na década de 80 foi assim:



Por outro lado foram muitas as vezes em que o "man of the year" nem foi personalizado. E em Janeiro de 2007 foi assim, com uma capa que reflectia literalmente quem olhava para a mesma:


A Time acabou nas mãos desta gente...que vai acabar com a Time. 

Sem comentários:

O Público activista e relapso