Neste recorte de jornal, do O Jornal de 24 de Abril de 1986, escassa dúzia de anos após o 25 de Abril, conta-se a soberba destes intelectuais do professorado de Letras na Universidade em deixar a sua marca na sociedade portuguesa.
E deixaram, só ninguém sabe quem são, coitados que até isso perderam.
Por aqui se fica a saber que as mudanças na ortografia do português tinham sido acordadas em 1943, mas tal tinha ficado congelado durante décadas, certamente por se entender que não estava maduro para entrar em vigor, tirando uma ou outra alteração pontual, literalmente.
Em 1975 surgiu a nova luz revolucionária da democracia e os professores Jacinto Prado Coelho que entre outras coisas teve como filho um Eduardo; Luís Filipe Lindley Cintra que entre outras coisas era descendente de estrangeiros; Maria de Lurdes Belchior, co-fundadora da Universidade Nova e governante logo a seguir ao 25 de Abril, também amiga de Lindley Cintra e Américo da Costa Ramalho, professor de Letras em Coimbra, tornado estrangeirado, inclusivé no Brasil, de onde aliás terá partido a iniciativa de retomar o Acordo antigo entretanto esquecido.
Foram estas pessoas que deram à luz o Acordo que temos agora, com as consequências à vista.
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