Nestes dias de há 50 anos saiu na Inglaterra um disco que se tornou um acontecimento musical devido à sua singularidade.
Completamente instrumental, centrado num único tema recorrente e realizado por um músico com vinte anos, embora já com experiência de trabalho musical com outros artistas importantes ( Kevin Ayers) a tocar todos os instrumentos, era algo excepcional mas nem por isso suficiente para que as editoras acreditassem no projecto. Apesar de tais características nenhuma quis editar o disco e só um principiante na indústria aceitou a aposta: Richard Branson que tinha começado nessa mesma altura a aventura da Virgin Records, como editora discográfica.
O disco chamou-se Tubular Bells, foi gravado nos intervalos em que o estúdio de Branson, Manor, estava livre de outras gravações, nesse começo acompanhado de mais quatro discos ( os de John Cale, Academy in Peril; Faust e The Faust tapes; Gong, The Flying Teapot e outro, uma sessão de gravações com vários músicos). Nenhum desses discos atingiu o sucesso de Tubular Bells que se tornou em pouco tempo o principal trunfo da Virgin para se alargar a outras produções.
John Peel passou o disco integralmente no seu programa Top Gear da BBC e o produto vendeu aos milhões, ao todo cerca de uma dúzia e meia.
Nos três anos seguintes Mike Oldfield repetiu a dose. Em 1974, com Hergest Ridge e no ano seguinte com Ommadawn, discos que aprecio tanto ou mais que Tubular Bells. A última vez que gostei de ouvir outra vez Mike Oldfield foi em 1983, com um single, Moonlight Shadow, cantado por Maggie Reilly.
Daí para a frente repetiu-se musicalmente, sem o sucesso anterior. Actualmente, está fora da música e nem sequer se interessou com a reedição de Tubular Bells, agora com 50 anos, tendo porém refeito tal disco, várias vezes, incluindo uma versão orquestral, em 1974, até à versão regravada em formato digital em 2003.
A história do disco e da vida musical de Mike Oldfield foi agora contada pela revista britânica Prog, edição de Maio deste ano, assim:
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