terça-feira, outubro 28, 2014

Le Nouvel Observateur agora é L´Obs

 

A revista francesa Le Nouvel Observateur mudou ( pouco) de formato gráfico, reflectindo necessidades de mudança estética. Agora chama-se simplesmente L´Obs e é uma das minhas revistas preferidas, mesmo sendo de esquerda.
A revista mudou de aparência, tal como o PSF de Manuel Valls também pretende mudar.
O PS de cá não vai em modas e não o quer imitar, largando o socialismo de vez e deitando ao lixo a gaveta onde o puseram nos idos de 1974 ou 75.
Mário Soares e Almeida Santos foram precisamente uns dos autores dessa manobra de recurso táctico que enterrou nas profundezas da tal gaveta sem fundo o marxismo-leninismo que ainda tinha alguns resquícios no PS de 1974, aliás formado pouco tempo antes e herdeiro legítimo do jacobinismo republicano e maçónico.

Desde então, o PS é de esquerda e isso basta. Uma palavrinha e já está tudo dito, para quem vota. Pobres supostos contra pretensos ricos e desta ideia básica nasce o fundamento de todo o discurso do PS, incluindo um José Sócrates, pobre entre os pobres do PS. Quase nada tem de seu ( nem uma medalhita)  e tudo lhe aparece dado...e por isso a luta de classes ainda é "chique a valer".
Os pobres, os supostos,  são para o PS o mesmo que para o PCP: o alimento essencial da vida politico-partidária.O maná da luta de classes, como conceito abstracto e sempre rentável. Nem percebo como pretendem lutar tanto contra a pobreza quando é ela que os sustenta e lhes garante votos, mas enfim.

Aqui fica a parte da entrevista em que Valls quer deitar fora de vez um socialismo postiço que já nem isso é. O que diz Valls de essencial? Que "é preciso acabar com a esquerda passadista".
Ou seja, a que Mário Soares, Almeida Santos e os jacobinos maçónicos do PS defendem, com o argumento perene da luta de classes em modo de afirmação que é sempre uma mentira, particularmente no caso pessoal desses indivíduos. São eles a burguesia, actualmente. Os ricos.  Não os pobres que dizem defender. Quando as pessoas perceberem isso, acaba-se-lhes a mama política.




Questuber! Mais um escândalo!