sábado, fevereiro 06, 2016

O antifassismo primitivo

CM de hoje:






Eduardo Lourenço é um intelectual do antigamente ( tem 93 anos...) e que viveu sempre no Sul de França. Isso não o impediu de escrever sobre Portugal e em 1976 até publicou um livrito emblemático no qual explana as suas ideias políticas embolsadas na época: um marxismo difuso que lhe garantiu sempre um lugar ao sol no panorama da intelectualidade lusa dos últimos 45 anos. Já recebeu medalhas do Estado por isso e apoia activamente este governo de frente unida de uma esquerda que geringonça por aí.





A ideia de fascismo denegado em tom irónico foi efectivamente corrigida uns anos depois. Porém, ficou sempre aquele travo da Esquerda sobre o fassismo que nunca desaparece da linguagem e daí o óbulo que este novel presidente lhe oferece: um lugar no Conselho de Estado que temos.

Quanto ao novel presidente e suas escolhas políticas não há que admirar. Logo em Setembro de 1974 alguém assinava em modo anónimo esta coluna no Expresso e se não foi o dito, ficou dito.

Em Portugal e desde então ninguém sobrevive politicamente sem a sua dose de antifassismo primitivo e esta homenagem ao intelectual de esquerda que se manifestava pelo fascismo afinal nunca ter existido é a prova de que esta mentalidade arreigou-se e pegou de estaca sem qualquer oposição.

Marcelo Rebelo de Sousa continua igual a si mesmo: filho de um fascista nomeia para o Conselho de Estado um antifascista militante da ideia falsa.
Portanto, trata-se de mais uma farsa das muitas que Marcelo já representou. Falta saber é se desta vez procura uma legitimação para além do voto ou um agradecimento pelo apoio. Com 93 anos será mais uma nomeação folclórica para compor um ramalhete de conveniências políticas e portanto nem uma coisa nem outra.

Ninguém sabe dizer o que era o tal fascismo embora o PCP o repita sempre a horas e desoras como um mantra afinado no cante alentejano.

Se pedirem uma imagem desse tal fascismo aposto que esta lhes serviria...



Ou esta, do álbum de memórias de José Hermano Saraiva publicado no Sol de 2007:




O fascismo português é um mito cuja origem remonta ao comunismo dos anos de clandestinidade com imagem retocada pelos artistas de sempre e já embalsamada como múmia a visitar.

108 comentários:

Floribundus disse...

* votei no entertainer por ser o menor dos males

hoje chamaram-lhe alcoviteira

vai ter que roer o osso e chupar o tutano

* o pensamento dos comunas é muito primitivo

repetem ad nauseum chavões cujo significado não entendem

a 2ª república foi muito menos totalitária que a 3ª

* actualmente estamos a viver o que de pior se pode esperar dum regime comunista
onde estarão em preparação formas de domínio muito próximas das estalinistas no seu pior momento

*a geringonça vai perverter tudo o que ainda existia de dignidade humana

o lixo invadiu o rectângulo e vai ficar até ao derradeiro cêntimo e centeno

* 'habituem-se' 'é a vida'

Unknown disse...

Mais um iberista esquerdalha com um tacho

João Nobre disse...

«O fascismo português é um mito cuja origem remonta ao comunismo dos anos de clandestinidade com imagem retocada pelos artistas de sempre e já embalsamada como múmia a visitar.»

Não concordo.

Salazar foi um claro admirador do Fascismo Italiano, pelo menos até ao fim, ou quase até ao fim da Segunda Guerra Mundial. Aliás, não era ao acaso que Salazar tinha uma fotografia de Mussolini, autografada pelo próprio, em cima da secretária.

De tantas personalidades no Mundo, o Papa, Reis, Presidentes e vejam bem a "coincidência", Salazar foi logo escolher a de Mussolini!

Pessoalmente não acho que tenha nada de mal o facto de Salazar ter sido fascista nesse tempo, pelo simples motivo de que o Fascismo era uma das grandes modas políticas europeias das décadas de 1920-1930 e ser-se fascista nessa época era uma coisa tão normal como hoje ser-se democrata.

Já abordei esta questão da relação entre Salazar e o Fascismo aqui:

http://historiamaximus.blogspot.pt/2015/12/salazar-nao-era-monarquico.html

http://historiamaximus.blogspot.pt/2014/12/o-fascismo-e-memoria-curta-da-esquerda.html

aguerreiro disse...

Mais valia que este decrépito "ceroila borrada" se começasse a dedicar a obras pias para remir o socialismo e ganhar um lugar no olimpo dos renegados peralvilhos afrancesados. Podia também devolver os muitos euros que recebeu dos governantes deste jardim á beira mar plantado, em múltiplos prémios ditos literários, Camões incluído, a asilos de velhos e entrevados, pois assim sempre assegurava um quarto num deles. Também poderia indexar uma percentagem desses proventos para instituir uma bolsa para que os filhos e netos deste "mossiú" aprendessem a falar e a escrever na língua do Camões e do Pessoa e para ganhar algum respeito em face dos emigrantes que em casa ao menos falam a língua pátria ao contrário deste. Começa mal o prof marcelo a não ser que em Belém estejam a precisar duma múmia para compor o fossilizado Conselho de Estado, basta atentar na média de idade dos gerontes que lá campeiam.

josé disse...

O fascismo português não é o fascismo que Salazar conheceu e Marcello Caetano também. Isso foi chão que deu umas uvas mirradas nos anos 30-40.

Não é desse fascismo que falo mas sim do fassismo, daquele que foi inventado pelo neo-realismo comunista e que é o único que existe ainda hoje para consumo político interno.

José Domingos disse...

Com noventa e tal anos, mais o pai da liberdade, mais o choramingas, o concelho de estado mais parece o politburo da ex urss, livra

Vivendi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vivendi disse...

Salazar nunca andou de uniforme.

Viveu na Europa no tempo em que viveu e em cada década existiu uma retórica
própria ajustada ao momentum e na década de 30 a onda era militar e com forte oposição ao comunismo (não aceitar a presença na sociedade).

Nunca é demais lembrar que Salazar sofreu um atentado à bomba por Anarcas-Marxistas.

Todos os líderes europeus sempre o consideraram acima de tudo um grande estadista e foi isso que ele foi de facto.

Curiosidade extra:
No Estado Novo existiram transacções comerciais com a URSS e Cuba.

Vivendi disse...

http://restosdecoleccao.blogspot.pt/2010/12/atentado-contra-salazar.html

João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
zazie disse...

Mas quais factos? é uma mera questão teórica. Nunca houve fascismo em Portugal.

Pode confirmar isto até junto de um socialista que não seja completamente ignaro.

Vivendi disse...

Só encontro alguma relação mais forte entre o Salazar e o fascismo na organização corporativa (mas em Portugal a aplicação foi associada com uma forte corrente à ligação tradicional, não houve lavagem cerebral nas massas e o povo era respeitado como povo). Daí o horror de muitos ao tal atraso deixado pelo Estado Novo. Quando o que existiu de facto foi a ordem natural em acção. As pessoas mudaram de vida conforme o destino de cada qual.

E saliento ainda as virtudes que lhe permitiram que o tal mito do "fassismo" tenha durado o tempo que durou. Salazar acreditava em um estado limitado, não socialista, a favor do livre mercado e sem dívidas (como o Mujah já referiu em posts anteriores).

Salazar nunca promoveu a guerra a não ser em legítima defesa. Arranjem-me mais fassistas destes.

Nos tempos de hoje por exemplo:

na parte fiscal,
o fascismo fiscal é bastante pior do que alguma vez foi no tempo do Estado Novo. É que nem há qualquer comparação possível.

na parte social,

Primeiro eles levaram a nossa nicotina, então o nosso álcool e, finalmente, tudo o que foi considerado prejudicial à nossa saúde, o nosso bem-estar e a nossa forma de pensar e agir e depois o governo finalmente diz:

Agora já podemos tirar a tua vida, porque não vale mais a pena continuares a viver.

Vivendi disse...

O fascismo fiscal é o catalisador principal para uma sociedade conhecer as mais variadas formas de fascismo propostas pelos sociopatas eleitos.

João Nobre disse...

«Mas quais factos? é uma mera questão teórica. Nunca houve fascismo em Portugal.»

Cara Zazie, percebeu-me mal, eu nunca disse que houve Fascismo em Portugal, eu disse e digo é que Salazar foi um claro admirador do Fascismo Italiano até pelo menos à Segunda Guerra Mundial, ou vão-me dizer que o Professor Salazar tinha a fotografia de Mussolini em cima da secretária só por mero acaso?...

Salazar colheu influências do regime fascista italiano, mas não copiou o modelo integralmente.

zazie disse...

Tirando a fotografia não há mais nada. Portanto isso é nada que tenha tido resultado prático para o governo.

zazie disse...

O que o José mostra neste post é que o que ainda existe e serve para embrulho é "anti-fassismo". O tolo do velho vai para o Conselho de Estado com esse pergaminho. Os mitos escardalhios falam mais alto.

zazie disse...

Mas o João JHN explicou-se mal. Porque escreveu que não concordava com o facto de não ter existido fascismo em Portugal pelo facto de assegurar que o Salazar foi fascista.

Mesmo que tivesse tido essa inclinação pessoal, tal não fez do regime um regime fascista. Portugal não teve fascismo. O que o José escreveu foi que isso é mito inventado pelos comunas.É o cartão de visita da escardalhada e serve para tudo.

João Nobre disse...

«Tirando a fotografia não há mais nada. Portanto isso é nada que tenha tido resultado prático para o governo.»

Cara Zazie, "não há mais nada"?

O enquadramento da juventude na Mocidade Portuguesa, à semelhança das balilas italianas.

A censura.

O regime de partido único.

A polícia política.

O Corporativismo.

O culto da personalidade (até tinham o "S" de Salazar nas fivelas dos cintos da Mocidade Portuguesa...).

A saudação romana que até o próprio Salazar foi fotografado várias vezes a fazer.

Tudo isto foi claramente importado do Fascismo Italiano. Portanto não é correcto dizerem que "tirando a fotografia não há mais nada", pois os factos dizem exactamente o contrário.

João Nobre disse...

«Mas o João JHN explicou-se mal. Porque escreveu que não concordava com o facto de não ter existido fascismo em Portugal pelo facto de assegurar que o Salazar foi fascista.»

Cara Zazie, não houve Fascismo em Portugal no sentido de ser uma cópia exacta do Fascismo Italiano, isso realmente não houve, mas houve um regime que pelo menos até 1945, foi bastante para-fascista e claramente inspirado pelo Fascismo Italiano.

zazie disse...

Adereços comuns a muitos outros regimes. A Mocidade Portuguesa não era belicista, era mais parecida com os escoteiros.

Não havia partido único.

zazie disse...

O fascismo italiano esteve mais próximo das teorias de Bakunine.

O Salazar nada tinha a ver com isso e o regime era católico. A ligação à Igreja e a Concordata são muito ias importantes que fivelas no cinto.

zazie disse...

E o sorelianismo. Toda a gente se esquece do Georges Sorel e está até muito na moda.

É lê-lo e comparar com este recente surto de união entre esquerda e direita na Grécia e no mito mobilizador nacionalista.

zazie disse...

De resto, o Salazar nunca foi um revolucionário.

zazie disse...

O Salazar também nunca foi socialista e o dito Corporativismo nada tinha de inspiração no nacional-socialismo italiano.

É melhor procurá-lo cá- na tradição medieval e ler o Alexandre Herculano.

O nosso regime foi sui generis. Não foi importado de fora.

Ensina-se essa patranha na escola e faz parte do mantra do "anti-fassismo".

zazie disse...

O resto- o nacionalismo e a propaganda (que era menor da que a doutrinação de hoje em dia) tem de ser entendida na conjuntura da Grande Guerra com a Europa em cacos.

Escapámos a isso, portanto, entende-se perfeitamente a tónica numa independência nacionalista e na busca das nossas raízes históricas.

zazie disse...

O Mussolini espelhava esse nacionalismo que resistia e entende-se a admiração política na altura.

zazie disse...

Quanto à Mocidade Portuguesa que se faz passar por uma treta fascista, só comparável com a Juventude Nazi, eu pergunto o inverso.

Quais eram os países ocidentais em que não tinham sido criadas Organizações para a Juventude.

E isto começando até pela Inglaterra.

Porque eu ia jurar que não há nenhum.

A própria República de Weimar foi antecedida por organizações estatais para a juventude.

Em toda a parte- o lema mens sana in copore sano era geral.

zazie disse...

A saudação não foi inventada por uma ideologia mas era tradicional em todos estes grupos de "mannerbund".

E ia jurar que o escotismo do Sr. Baden Powell, aliado à literatura de Kipling teve mais responsabilidade nisso que qualquer ideologia política.

zazie disse...

Essa questão das Organizações de Juventude até é bem curiosa porque muita coisa nasceu aí dentro.

Em França o comunismo infiltrava-se numas de jovens camponeses e a Igreja tinha outras onde até o Hergé (o criador do Tintin, publicou as primeiras tiras de BD).

A Rússia também tinha esses movimentos e os revolucionários saem deles.

Nos EUA, idem mas o Estado também controlava e financiava organizações de juventude na sequência da grande crise.

zazie disse...

Não estava errada. Confirmei e foi mesmo assim. O Baden Powell esteve cá em 29 e o escutismo é impulsionado e depois assimilado na Mocidade Portuguesa que é uma continuação da Ordem Lusa.

josé disse...

O livro Escutismo para Rapazes foi um dos meus primeiros livros porque tinha desenhos de tendas e do modo de as montar e fazer as camas com folhagens e assim.
E eu adorava esse tipo de coisas e da exploração de espaços. Ainda hoje.

josé disse...

Curioso que fale nisso porque é das coisas mais remotas da minha infância. Até sinto o cheiro dessas buscas pelas moitas, palhas, pedras, arbustos e assim.

Quando era pequeno diverti-me imenso com essas actividades. E nunca fui escuteiro. Nem sequer tive uma navalha de escuteiro ou até um apito.

josé disse...

O Escutismo para Rapazes baseava-se no tempo de Baden Powell com os boers, parece-me.

zazie disse...

Sim. E é engraçado porque também era uma forma dos protestantes se infiltrarem.

O Baden Powell veio cá e foi à Madeira- onde existia a comunidade prot.

E Salazar permitia o escutismo católico mas proibiu o outro- o prot. Ele não era ceguinho.

E lá aproveitou para juntar os mais velhos na Mocidade Portuguesa

eehhehehe

zazie disse...

Eu também gostava muito mas a minha mãe, por motivos que só muito mais tarde acabei por perceber, não deixou.

Mas eu fazia tudo como se fosse e quando íamos para a Serra- andava por lá a inventar missões e coisas dessas. O meu irmão chamava-me a "escuteirinha de Caneças".

Não tem piada nenhuma porque era troça familiar

ehehehe

zazie disse...

O motivo da renitência da minha mãe que cheirava sempre tudo à distância acho que era o assédio sexual das lésbicas.

Só em adulta percebi isso.

Como fiquei com o trauma de não ter sido, o meu pimpolho foi logo para os escuteiros.

Ao contrário de mim, não achava a mínima piada a essas aventuras

":O))))))

zazie disse...

Eu tive uma navalha de escuteira e usava-a num bolsinho de uma saia-calção de ganga muito gira que tive.

Foi das primeiras coisas de ganga que apareceu por cá. A seguir um americano ofereceu-me as jeans.

Mas fazia escutismo no quintal e na "montanha da Av. do Aeroporto" ahahahahaha

zazie disse...

E na serra, ao domingo, em Caneças

AHAHAHAHAHAHA

Até ia seguir o trilho das minas de água e abri-las, com o meu pai que também gostava disso e alinhava na brincadeira de escuteiros.

zazie disse...

Enganei-me em relação ao Hergé porque a revista era Belga. Mas em França era igual, também se desenvolveram esses grupos na Terceira República

João Nobre disse...

Pronto cara Zazie, fique na sua, que eu fico na minha. A história é aberta a várias interpretações e é isso que a torna interessante. A Zazie tem uma interpretação, eu tenho outra.

josé disse...

Não, o Hergé é belga. Georges Rémy.

josé disse...

Mas havia uma edição francesa...ahahah!

m disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
zazie disse...

Sim, José. Eu emendei. Ele começou por publicar tirinhas num jornal belga católico que também fazia parte de uma dessas associações de juventude

zazie disse...

Não se trata de ter uma visão e v. ter outra.

Isto são coisas que só estudando.
Eu apenas avancei uns argumentos e v. não os refutou.

Não sei de onde vem directamente a Mocidade Portuguesa. Mas sei que não era única na altura, ao contrário do que se faz passar.

Como é um tema que já me tinha interessado e até tenho um post longo acerca disso- O mannerbund dos sobrinhos do pato Donald- achei que era mais interessante seguir o rasto a todas essas mocidades criadas na altura.

Não vejo é razão para se fazer passar o contrário. Que não existiam em mais parte alguma do mundo ocidental e que foram inventadas pelos maléficos fascistas e nazis.

É mentira. Tal como a saudação é mentira. Vinha de tempos bem mais antigos e basta ver como foi adoptada pela ética da Revolução Francesa.

Veja o quadro do Juramento dos Horácios do Jacques-Louis David

zazie disse...

O aproveitamento desses grupos juvenis em prol do Estado e de um ideal nacional em tempo de guerra é mais que natural e até bem legítimo-


Se fizessem isso hoje em dia não tinham muito "molenbeck" à solta.

zazie disse...

http://www.cocanha.com/?s=mannerbund

zazie disse...

Mas isto não são interpretações.

Eu nunca estudei a questão e v. ainda menos.

Mas pensei-a

ehehehehe

E pensei-a por causa dos grupos de juventude que foram criados em toda a parte. E isso sim,
é uma questão que me interessa por outros motivos mais artísticos.

zazie disse...

Confirmei essa vinda do Baden Power e a integração dos escuteiros na Mocidade que é continuação da Ordem Lusitana.

E isso é mais que óbvio que foi para evitar infiltração prot. E era. O Baden Power levou o escutismo a toda a parte e com mais interesses que o que também pode parecer.

zazie disse...

Aliás, muito sinceramente, nunca entendi de onde vem a diabolização da Mocidade Portuguesa.

Pois se esta malta agora doutrina as crianças em cenas LGBT logo na primária, a que título acham uma vergonha orientá-las em ginástica e em nome de algo mais nacional que isso.

zazie disse...

Eu fui ao 10 de Junho. Adorava isso. Não fiquei traumatizada nem tinha nada parecido com as marchas dos guardas vermelhos.

João Nobre disse...

"Eu nunca estudei a questão e v. ainda menos."

Mas a cara Zazie por acaso toma-me por parvo?

Visite o meu blog, dê umas voltas por lá e depois logo me diz se eu nunca estudei a questão.

João Nobre disse...

"Aliás, muito sinceramente, nunca entendi de onde vem a diabolização da Mocidade Portuguesa."

Eu nunca diabolizei a Mocidade Portuguesa.

Maria disse...

A propósito das fotos que o José republicou, de duas festas em que estão presentes o Presidente Thomaz e esposa e sobre as quais pergunta muito acertadamente se "isto é que era fascismo", gostava eu de perguntar aos adeptos dos vários comunismos e especialmente aos descendentes dos marxistas e estalinistas, como por exemplo aos soaristas e cunhalistas que estejam ainda vivos (o mentor destes já cá não está mas ele nasceu no meio de família de classe média e assim foi educado; e o outro, que ainda vive e nasceu em berço d'ouro, foi educado num colégio, pertença da sua família, dos mais caros do País, onde só os meninos ricos o frequentavam e que foi bem instrumentalizado por aqueloutro logo na juventude, ficando vacinado para a vida..., porém sempre a viver à grande e à francesa, literalmente) e senão, aos seus descendentes, se por acaso na terra dos 'amanhãs que cantavam' não eram organizadas festas em que só tinha entrada quem possuísse cartão do partido ou quem caísse nas graças de/ou fosse familiar de/ou pertencesse à nomenklatura e também é de perguntar se, acaso, os pais deles nunca organizavam festas com convidados da mesma classe social e até da classe alta, eventualmente até parecidas com as das duas fotos, uma vez que o director do colégio não deixaria de convidar os papás da classe alta (género Pinto Balsemão e outros que tais) cujos rebentos haviam feito ou iriam fazer toda a escolaridade naquela escola de gente rica?

Segundo se leu nas notícias, Cunhal por exemplo era recebido com honras de embaixador na União Soviética. E é de crer que naquelas reuniões e posterior estadia naquelas paragens, as recepções aos altos funcionários do partido e aos seus representantes nos demais países onde estes mantinham presença activa ou clandestina, que se verificavam com pompa e circunstância, culminariam com brutas festas com a natural presença dos privilegiados do partido e de altas figuras extrangeiras gradas do regime? Claro que sim, do pouco que se vai sabendo. Apesar de tudo muito ainda haverá para saber sobre estas e outras verdades por enquanto ainda mantidas em segredo, sobre o partido-chefe 'dos trabalhadores explorados e oprimidos' e dos outros, seus protegidos, que nesses tempos existiam como regime em várias partes do mundo cujos dirigentes e demais corte viviam como nababos..., mas não se cansavam de difamar o regime do Estado Novo e do seu Governante máximo que vivia, este sim, de um modo simples e sem luxos, era honesto e íntegro, não roubava o seu povo, não ofendia os outros povos nem os seus dirigentes, não andava a invadir outros territórios com guerras fratricidas para se locupletar com as suas fabulosas riquezas, defendia o seu País e o Povo acima de todas as coisas e contra forças inimigas poderosíssimas vindas do exterior, conseguindo assegurar a sua Soberania e Independência.

E ainda tinha (e tem) esta gente reles a suprema lata de acusar o regime anterior de ser (ter sido) capitalista e de explorar o povo, como se porventura algum dos seus dirigentes, incluíndo o Presidente o Conselho, desde que aquele foi instituído como regime, tivesse ficado multimilionário por - contràriamente aos democratas que nos desgovernam e que, estes sim, o fizeram - assaltar os cofres do Estado, esbanjasse fortunas em viagens com comitivas de centenas de convidados (tudo pago pelo tal povo que havia sido 'oprimido e explorado' pelo Estado Novo) e adquirisse obras d'arte de muitos milhares, desse festas d'arromba e vivesse como um marajá.
(cont.)

Maria disse...

(conclusão)

Cambada de gente oportunista, hipócrita e cínica. Gente invejosa da paz social que existia no regime anterior. Gente invejosa da alegria genuína contudo indefinível que se vivia no dia-a-dia. Gente invejosa das festas (uma ou duas por ano, se tanto ou nem isso..., imagine-se o despautério!) organizadas por alguns multimilionários - como Antenor Patiño e P. Schlumberger, dentre poucos mais - estes, dois estrangeiros e grandes amigos de Portugal, que investiram em grande no nosso País, beneficiando a nossa economia e projectando para o exterior uma imagem extremamente positiva de Portugal.

Como se sabe a inveja corrói o corpo e a alma (nestes espécimes só o corpo, porque alma eles não têm) e esta gente de esquerda - comunistas, socialistas, maoistas, trotskistas, muitos destes autênticos filhos-família e os restantes, pelo menos a maioria, com as necessidades básicas asseguradas desde a nascença - que sempre teve uma inveja de morte dos ricos, tinha necessàriamente que a ter do regime anterior e do Estadista, que apelidavam de capitalista (curiosamente ou talvez não, nem o regime nem o Estadista eram ricos..., mas com esta gentaça não há contradição), o qual não só permitia aos ricos e aos não ricos viverem com toda a liberdade (a verdadeira liberdade e não a pretensamente vivida nos países comunistas, uma vez que nestes ela inexistia) mas também, aos que o desejassem, desenvolverem os seus negócios independentemente do ramo escolhido e do capital investido.

A inveja é um sentimento maldito. Se ela matasse, a esquerda, toda ela, que odeia de morte os portugueses e o nosso País e nos tem feito a vida negra desde o momento em que cá entrou, há muitas décadas que tinha desaparecido desta vida. E da nossa vista para sempre.

zazie disse...

Que estudos?

Estou a falar de estudos com pesquisa de fontes em biblioteca. Não estou a falar de copy paste da internet.

Eu nunca estudei. Seria idiota se dissesse o contrário.
Mas, como me interessei pela criação de grupos de juventude um pouco por toda a parte, tenho esse palpite em relação à Mocidade Portuguesa.

O caro JH tem fontes e argumentos a apresentar que mostrem que estou errada?

zazie disse...

E não tomei por parvo. Por parva podia-me tomar a mim se eu dissesse que o que escrevi é fruto de investigação e estudo.

Não disse e expliquei que é mero palpite por ligação a outros grupos juvenis que tinham sido criados muito antes.

Coisa que até explica que os próprios judeus alemães tenham sido os primeiros a organizarem esses grupos de revitalização do corpo e do espírito. Com saunas e ginástica.

Era esse o ideal anti-decadentista.

A diferença é quando são estatizados e com ideologia mais militarizada e nacionalista.

Mas, quer a saudação - que v. afirmou ser cópia da fascista , quer o S no cinto, já existiam nos escuteiros.

zazie disse...

João José Horta Nobre-

Fui lá aos seus arquivos e o que encontrei foi isto:

http://historiamaximus.blogspot.pt/2013/02/a-mocidade-portuguesa-feminina-e.html

Ora isto é tudo dito pela Irene Pimentel.

Em Coimbra devem ter tido a mesma lavagem cerebral que em toda a parte. Os cursos de História e Mestrados em História Contemporãnea são uma patranha ideológica escardalha.

zazie disse...

Vi por lá mais isto, copiado do José Hermano Saraiva e diz o contrário:

http://historiamaximus.blogspot.pt/2013/12/francisco-rolao-preto-e-o-movimento.html

Não encontrei qualquer estudo seu. Pode deixar o link que eu não encontro.

zazie disse...

Tem por lá mais cópias de outros e o que dizem é que o fascismo tinha alianças e semelhanças com o comunismo:

http://historiamaximus.blogspot.pt/2014/12/o-fascismo-e-memoria-curta-da-esquerda.html

Ora v. desses textos- um deles copiado do Combustões, retira que o Salazar copiou o Mussolini e era seu grande admirador.

O que lá está escrito nesses textos nega-o totalmente. Mas na faculdade devem-lhe ter impingido a ideia.

zazie disse...

O que está lá em itálico diz isto:

«O ódio de Mussolini ao Liberalismo económico fica patente no facto de em 1935 já estar nacionalizada ou sob forte controle estatal cerca de 75% de toda a indústria italiana. O Duce sempre teve um "grande interesse pela URSS, talvez mais genuíno que o que sentia pela Alemanha nacional-socialista. Mussolini manteve boas relações diplomáticas com a URSS - na noite que precedeu o ataque alemão à URSS, houve grande jantar-festa na embaixada soviética em Roma, com a presença dos mais altos hierarcas do regime, pelo que as más línguas sugerem que Hitler não informou Mussolini do iminente ataque à Rússia de Estaline com medo que os amigos fascistas italianos informassem o Kremlin - e ao longo dos dois anos que se seguiram Mussolini defendeu sempre a ideia de uma paz separada entre o Eixo e a URSS. O anti-fascismo foi, pois, uma estória do pós-guerra !"[4]

E é citação do Nuno Castelo Branco no Combustões.

Depois sem ser a itálico, portanto da sua autoria, até diz que o fascismo italiano ainda se tornou mais esquerdiata perto da guerra.

No fim retira daqui que o salazarismo o copiou.

Não tem lógica.

João Nobre disse...

«No fim retira daqui que o salazarismo o copiou.

Não tem lógica.»

Cara Zaizie,

Não, o que eu disse e digo é que o Salazar copiou parcialmente Mussolini. Eu nunca disse que Salazar copiou totalmente o Fascismo Italiano.

Em relação ao meu artigo sobre a Mocidade Feminina Portuguesa, é metira que tenha sido tudo dito pela Irene Pimentel, precisamente porque eu artigo resultou de uma investigação minha feita com base na revista Menina e Moça que era a revista oficial da Mocidade Femnina Portuguesa.

Essa artigo meu é apenas um curto resumo que eu fiz sobre o arquivo da Menina e Moça, arquivo esse que eu revirei de uma ponta à outra.

Já agora, diga-me onde é que eu alguma vez fiz copy paste da internet?

Diz várias vezes que eu copiei, até diz que eu copiei o José Hermano Saraiva. Uma coisa é copiar, outra coisa é recorrer a uma fonte bibliográfica, algo perfeitamente legítimo.

É que eu nunca copiei nada, posso é citar e coloco entre aspas e deixo o link para o original ou uma nota a indicar o verdadeiro autor e a respectiva fonte. Agora copiar, nunca copiei nada.

João Nobre disse...

«O caro JH tem fontes e argumentos a apresentar que mostrem que estou errada?»

Cara Zazie,

Quer fontes?

Posso lhas indicar às toneladas. Pode começar logo pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e consultar os telegramas que eram trocados entre a diplomacia portuguesa e os regimes fascistas ou para-fascistas na Europa como era o caso do regime Kemalista na Turquia e o fascista na Itália.

Lá poderá constatar pela linguagem dos telegramas a grande proximidade ideológica entre o regime salazarista e esses tipos de regimes. Disto sei do que falo porque eu próprio passei lá meses a revirar os arquivos para a minha tese de Mestrado que pode consultar aqui:

http://historiamaximus.blogspot.pt/2014/09/a-diplomacia-portuguesa-na-turquia_27.html

Se quiser uma fonte mais directa, então a Zazie pode ir directamente aos discursos de Salazar, muitos dos quais se encontram disponíveis para consulta na internet e onde está lá preto no branco muitas das ideias de Mussolini.

Por exemplo, consulte o discurso de Salazar intitulado "Problemas da Organização Corporativa" e se a Zazie percebe alguma coisa sobre o Corporativismo, não tardará a ver ali uma cópia quase chapada das ideias do Corporativismo italiano. Até lhe deixo aqui um excerto que coloquei no meu blog:

http://historiamaximus.blogspot.pt/2014/03/oliveira-salazar-sobre-problematica-da.html

Aí pode constatar o forte desgosto de Salazar na época em relação à plutocracia. Uma das características típicas do pensamento fascista que surge como uma alternativa tanto ao Capitalismo liberal, como ao Comunismo.

João Nobre disse...

«Os cursos de História e Mestrados em História Contemporãnea são uma patranha ideológica escardalha.»

A Zazie alguma vez frequentou o curso de História ou um Mestrado em História Contemporânea em Coimbra, para saber do que está a falar?

zazie disse...

Ok.

Em tendo tempo leio o que deixou.

Não vejo argumentos simples da sua parte.

Quando fala da Mocidade Portuguesa, naquele artigo, nem se percebe a diferença entre o que é seu e o que é citação da Pimentel - que é a única que vem nas notas.

Nos outros, idem. Nunca se consegue separar o que é texto seu do que é cópia dos outros. No caso do fascismo e comunismo os textos citados são contraditórios- anulam-se.

Um diz que o fascismo é influenciado pelo comunismo e estava cada vez mais perto dele aquando da morte do Mussolini, o outro diz o inverso. V. conclui que era apenas com o tal "argumento" da fotografia.

A mim bastava-me que citasse passagens escritas do Salazar a explicar isso. Ele disse que tinha profunda admiração pelo Duce?

Não sei. Nunca estudei nada disso. Mas não é preciso uma tese acerca do Império Otomano para encontrar lá no meio a tal prova.

Se v. a tem. cite-as. A fotografia é treta. Não é prova de nenhuma "admiração profunda" nem sequer de ter criado cá um regime inspirado nele.

Quanto ao Corportavismo, idem. Não existiu e o que se propunha aproximar tem influência medieval.

Se v. me apresentar um texto do Salazar onde ele afirme o contrário, será bem-vinda.

Quanto ao resto de plutocracia e coisas no género isso já li e sei. É falso fazer-se passar a treta do "capitalismo monopolista de estado".

Quanto a diferenças entre Coimbra e o resto, tenho gigantescas dúvidas porque sei que é tudo igual. Os estudos sociais estão dominados pela escardalhada e pelos aventais em toda a parte.

V. precisa de citar a Pimental naquela treta de texto acerca da Mocidade Portuguesa Feminina porquê?

Para nada. O que ela diz é uma treta aplicada à posteriori.

Se eu me metesse a investigar alguma coisa, a primeira pergunta que fazia era a que deixei aqui- e nos outros locais, nos outros países, nos tais que nem eram "fascistas" ou "nazis" como era?

É assim que tem se equacionar tudo.

zazie disse...

Tem de se partir do geral para o particular e contextualizar na época.

E ver quando começaram. Não é dizer-se que houve a juventude nazi, com a noção de nazismo dos campos de concentração.

E dizer quando é que essas juventudes foram formadas e foram-no muito antes do Hitler chegar sequer ao poder.

O resto, idem.
Quando aparece cá a Mocidade Portuguesa? como foi criada e em que sentido?

Aí esbarra com o Baden Power e com a dissolução posterior dos escuteiros protestantes e a integração dos mais velhos como guias na Mocidade Portuguesa.

Isto dá que pensar, ou não dá?

Isto é a mesma coisa que dizer que foi copiar ao fascismo italiano?

Não. Não é e altera tudo. A treta da saudação, idem- Se o escotismo a tinha, como se diferencia na época dos SS nazis ou do S de Salazar ou de que raio de S fascista?

zazie disse...

A cena do capitalismo monopolista de estado é repetida por muito boa gente e até por distintos colegas meus que nada têm de escardalhos.

Mas aprenderam todos pela mesma cartilha. É uma questão geracional

Se eu escapei, tal se deve apenas a ser mais velha.

zazie disse...

Aquela citação do plutocrata até eu fiz mais completa no Cocanha com a cena da flor do entulho do capitalismo.

E isso em nada de nada serve para se dizer que o Salazar queria um capitalismo de Estado ou que era contra a livre concorrência ou sequer a finança.

É treta . É mega treta aparvalhada.

zazie disse...

Está aqui- ele chama-lhe "a flor do mal"

http://www.cocanha.com/quizz-de-fim-de-semana/


E isto serve para se dizer que era contra o capitalismo ou o livre mercado?

Isto serve para se dizer que é cópia do fascismo italiano?

Burrice da grande retirar uma coisa da outra. Porque não retira. Apenas aplica um dogma e uma grelha apriorística que quer fazer passar.

zazie disse...

E é a isto que chama estudos e investigação?

Copiar uma passagem que vem nos livros é que é estudos e investigação profunda?

ehehehe

Anedota

zazie disse...

Ah, e desculpe lá. O seu orientador foi o Avelãs Nunes e nunca notou que ele era outro desgraçado escardalho e militante?

AHHAHAHAHAHAHAH

João Nobre disse...

«Copiar uma passagem que vem nos livros é que é estudos e investigação profunda?»

A Zazie não se faça de parva, porque de parva não tem nada.

1º - Sabe tão bem como eu que citar uma passagem entre aspas e indicando a fonte, não é copiar.

2º - Sim , com certeza que citar passagens e ler livros faz parte de qualquer investigação.

Portanto para que é que se está aqui a fazer-se de parva?

João Nobre disse...

Parece-me que a única anedota que por aqui anda é a Zazie que nem sequer tem a coragem de dar o nome, ao invés, esconde-se atrás de um pseudónimo, como muitos outros grandes "patriotas" da tanga rota que por aí andam, cheios de tanta "coragem" que nem a merda do nome verdadeiro conseguem dar...

João Nobre disse...

«Ah, e desculpe lá. O seu orientador foi o Avelãs Nunes e nunca notou que ele era outro desgraçado escardalho e militante?»

O Avelãs Nunes nunca interferiu na minha investigação, as únicas conversas que tive com ele, foram ao nível técnico e nada mais. Tanto que ele nem sequer escreveu absolutamente nada na minha tese...

zazie disse...

Mas dou de barato que sim, que haja inspiração no fascismo italiano. Ainda que também esse se tenha inspirado noutras coisas e, em relação ao Corporativismo a origem é medieval.

Só que nada disso faz do Estado Novo um estado fascista.

zazie disse...

Enfie o nome onde mais precisar e não tenha ideias tristes de querer comprar guerra comigo.

Eu levei a questão teoricamente a sério e não disse que v. é uma anedota.

Mas, se quer saber, depois de ler algumas coisas que desconhecia, agora sim, é bem capaz de estar mais perto da anedota e disfarçar a burrice com demasiada prosápia.

Eu não disse que o AN influenciou ou deixou de influenciar a sua tese.

V. é que foi toino e desatou aos pulinhos a dizer que eu não podia saber que os cursos da Coimbra também eram doutrinários escardalhos por não ter frequentado um.

O argumento é idiota e o seu orientador e endogamia de onde provem chegam e sobram para o calar.

zazie disse...

Coragem de dar o nome pela frente e cu por trás têm-nos demasiados que por aí andam.

Phónix que gente burra com estudos ainda consegue ser mais estúpida que se for analfabeto.

zazie disse...

Só por coisas. Eu nunca estudei o Estado Novo. Não sou dessa área.

Mas há coisas que toda a gente aprende e v. também devia ter aprendido.

O Corporativismo português não nasceu com Salazar por cópia do fascismo italiano.

O corporativismo em geral até é teorizado pela Igreja e foi-o na Rerum Novarum. E o nosso já tinha teóricos e defensores em meados do século XIX, em torno da ideia de organicismo.

Se calhar até tem outras origens teóricas paralelas bem mais mecanicistas. Não é por nada mas já o Hobbes falava disso...


zazie disse...

A cena do corporativismo é mais outra como a das organizações juvenis. Estava na moda e existia por toda a parte e em todas as variantes. Do fordismo, ao taylorismo, passando pelo corporativismo liberal do Stuart Mill, não havia quem escapasse.

Se a lei tem semelhanças com a italiana não tem na forma de funcionar nem na subordinação das corporações à Assembleia. E defendia a propriedade privada e livre iniciativa tanto quanto o corporativismo do Stuart Mill.

Não é com essa passagem do plutocrata que se inventa um capitalismo de estado ou um estado totalitário e militarizado que impedia organização individual

zazie disse...

Numa de copy paste, tome lá e confirme a "profunda admiração e a cópia que o Salazar fez do Mussolini:

A. Ferro – “[…] Alguns dos seus admiradores gostariam de o ver aproveitar mais a lição da Itália, a lição do Duce. É dessa opinião? Julga o fascismo, nas suas linhas gerais, adaptável ao nosso país?”
Salazar – “A nossa ditadura aproxima-se, evidentemente, da ditadura fascista no reforço da autoridade, na guerra declarada a certos princípios da democracia, no seu carácter acentuadamente nacionalista, nas suas preocupações de ordem social. Afasta-se, porém, nos seus processos de renovação. A ditadura fascista tende para um cesarismo pagão, para um estado novo que não conhece limitações de ordem jurídica ou moral, que marcha para o seu fim, sem encontrar embaraços nem obstáculos. Mussolini, como sabe, é um admirável oportunista da acção: ora marcha para a direita, ora marcha para a esquerda; combate hoje a Igreja, mas, pouco depois, é ele próprio que faz o tratado de Latrão para mandar encerrar, meses passados, as associações católicas.
Outra diferença que separa as duas ditaduras – continua o dr. Salazar – é a diferença dos seus meios de acção, a mecânica da sua renovação. A violência, processo directo e constante da ditadura fascista, não é aplicável, por exemplo, ao nosso meio, não se adapta à brandura dos nossos costumes…”
Entrevistas de António Ferro a Salazar, Lisboa, Parceria A. M. Pereira (1.ª edição, 1933)


Ah, e sem esquecer que essa profunda admiração e fonte de inspiração também o não impediu de proibir os partidos fascistas cá e de se afastar dos fascistas estrangeiros.

zazie disse...

Isto só serve para confirmar a minha boca- por cá, até a extrema-direita é de esquerda.

Andaram todos na mesma escola, levaram todos a mesmíssima injecção doutrinária e depois dizem-se salazaristas porque julgam que aquilo também foi uma variante esquerdalha

eheheheheh

Vivendi disse...

Hehehehe!

A teimosia acabou num rotundo xeque-mate.

Quem quiser estudar Salazar a sério deve primeiramente ler aquilo que ele escreveu e quem um tiver um juízo em elevado estágio até pode tentar desconstruir a sua obra mas apenas será algo de válido se a decomposição for devidamente enquadrada com muita minúcia, à filosofia, à história, à economia, à política e à religião.

João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...

A única burra que anda por aqui é a Zazie, farto destas bétinhas da "direita do copinho" de leite já eu ando...

João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...

O dinheiro a mais e a banana a menos, dá nestas coisas...

João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
adelinoferreira disse...

Zazie, basta alguém dar uma opinião não coincidente com a tua para que logo venha ao de cima a tua irrascibilidade insuportável. Deves ter muitos amigos...
O teu ódio à diferença cega-te, deixá-te a chorar no escuro.
Vou guardar!

zazie disse...

ehehehe

Até veio o pascácio para a fita.

Olha, ó tosco, aproveita essa fúria contra os nicks e diz o mesmo ao Dragão e ao Bic Laranja e até ao José a ver se és capaz.

E, de caminho, volta a colocar a fuça online porque a tua "coragem" tem dias.
E insulta toda a gente a que não foste apresentado na rua ou no café e chama-lhes também cobardes porque és porteira e queres dados de toda a gente com quem te cruzas.

E até te contentavas se em vez de zazie eu assinasse qualquer treta como Maria da Silva que é coisa que dá tanto na tv e tão famosa quanto João José Horta Nobre.

Quero lá eu saber quem és ou deixas de ser. És um tosco comuna, doutrinado por comuna que anda para aí a defender o fascismo e a dizer que o salazarismo foi igual e era anti-capitalista.

Ignorantes.

zazie disse...

Mas foi giro.

Este ao menos não engana mais.

Anda por aqui aramdo em tosco a copiar tudo e não passa de mais um retardado mental comuna com a tara que o Estado Novo foi um fascismo mas ao menos era um fascismo parecido com o da URSS e com tudo dentro do Estado e sem os malvados capitalistas em liberdade.

Não me admirava nada que fosse o militante do PCP do orientador de estudos que lhe tivesse metido esta na cabeça.

Porque para quem apenas sabe do Estado Novo o que diz a Pimentel e um comuna, e se diz especialista e nem conhecia aquela entrevista do próprio Salazar, é uma vergonha.

A ti nem te chega um nick para andar na net.

És mais outro que devia blogar com uma saca de batatas enfiada pela cabeça abaixo.

zazie disse...

E se queres experimentar o efeito metafórico do pau pelo cu acima como me aconselhaste, leva esta trampa que escreveste ao Dragão que ele dá-te a resposta acertada.

Só um mongo absoluto podia dizer que o Salazar foi hegeliano e totalitário e depois retirar a prova teórica da puta da fotografia autografada na secretária.

"Temos de... venerar o Estado como sendo a manifestação do Divino sobre a Terra." - Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770 - 1831)

Profundamente Hegeliano no seu pensamento, o professor Salazar foi acima de tudo isso mesmo: um Hegeliano. Para um Hegeliano não interessa se quem está no poder é um Rei ou um Presidente, mas sim um absolutista prático que consiga concentrar em si o máximo de poder com o fim último de organizar o Estado e manter a sua gerência.

João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...

«Zazie, basta alguém dar uma opinião não coincidente com a tua para que logo venha ao de cima a tua irrascibilidade insuportável. Deves ter muitos amigos...
O teu ódio à diferença cega-te, deixá-te a chorar no escuro.
Vou guardar!»

Caro Adelino Ferreira, essa Zazie padece da mesma doença de muitos salazaristas fanáticos, que é o de verem um "comunista" em qualquer pessoas que não concorde com eles. Para essa gente até o Rolão Preto era comunista...

Eu fui educado com a tipa, ela faltou-me ao respeito e partiu para os ataques pessoais de sete pedras na mão. Como é óbvio, tinha de lhe dar a resposta adequada e à altura da sua pesporrência hiperactiva. Basta ver que a mulher só sabe fazer comentários. Nem blog tem. A vida dela é andar a fazer comentários por aqui e a ofender e provocar as pessoas.

Haja paciência!

João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
João Nobre disse...

«Porque para quem apenas sabe do Estado Novo o que diz a Pimentel e um comuna, e se diz especialista e nem conhecia aquela entrevista do próprio Salazar, é uma vergonha.»

Ainda há poucos dias atrás critiquei a pimentela aqui:

http://historiamaximus.blogspot.pt/2016/01/rtp-dedica-portal-de-glorificacao.html

Quanto à entrevista de António Ferro a Salazar, já a conheço há anos, portanto não sei onde foi buscar essa ideia parva e mais, essa entrevista só me deu razão ao que eu dizia e digo sobre a relação de Salazar com o Fascismo Italiano.

João Nobre disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

A obscenidade do jornalismo televisivo