Para amenizar todos os fait-divers da semana que passou, incluindo o problema dos incêndios e mortes por incompetência de quem manda, nada melhor que um assunto grave e sério: a violência doméstica e o modo como os tribunais lidam com o fenómeno.
Alguém se lembrou de um acórdão recente do tribunal da Relação do Porto para fustigar um juiz relator que se atreveu a citar a Bíblia e o passado de costumes de antanho para explicar o que o senso comum entende mas o actual senso politicamente correcto se recusa a entender: o adultério praticado por um cônjuge pode ser um catalisador de violência entre um casal e tal fenómeno tem que ser equacionado de molde a perceber-se se tal violência poderá ser repetida ou será caso isolado. Isso tem importância para se aquilatar a eventualidade de suspensão de uma pena de prisão.
Note-se que no caso concreto o agressor doméstico foi condenado, apenas não o foi em prisão efectiva porque o referido juiz ( e uma juíza também, acompanhada pelo magistrado do MºPº na Relação, também e de quem ninguém fala) entenderam que não se justificaria tal medida extrema, atentas as necessidades concretas de prevenção especial.
Escreveu assim o desembargador em causa, no acórdão de que se fala:
Portanto, não foi por causa da Bíblia ou da idiossincrasia especial dos juízes em causa que o assunto ficou assim decidido. Foi por outros motivos e ficam acima explicados. No entanto, continua o ruído por causa da citação da Bíblia e da idiossincrasia aparentemente conservadora do juiz em causa, como se este não tivesse o direito de exprimir, fundamentando, o que entende ser correcto. É pecado mortalmente mediático algum juiz citar a Bíblia numa decisão ou sufragar entendimentos do senso comum que atente contra o que se pretende institucionalizar como politicamente correcto por força mediática do jacobinismo planante. E ai de quem o faça que é lançado imediatamente à "geena" desta troupe mediática, sempre vigilante.
Vejamos, porém, como funciona a opinião manipulada, neste caso. O assunto chegou ao ventilador mediático, acolitado pelas almas funestas do politicamente correcto. Assim:
Observador:
Neto de Moura, o juiz desembargador que assinou o polémico acórdão do Tribunal da Relação do Porto
que cita a Bíblia e o Código Penal de 1886 para atenuar um crime de
violência doméstica devido ao “adultério” da mulher, já tinha recorrido a
citações da Bíblia num acórdão anterior, também relativo a um caso de
violência doméstica, escreve o jornal Expresso.
Como o assunto já se ventila por todo o lado, até o CSM que nem devia pronunciar-se sobre o assunto e assume que é assim mesmo, afinal pronuncia-se para desautorizar o juiz em causa, deslegitimando a sua decisão. Lamentável atitude do CSM, cujo autor do texto que segue merece as críticas de quem não sabe conter-se institucionalmente e incontinenta-se a eito, para grande deleite deste jornalismo vesgo e moderno:
Em comunicado, o CSM diz que os tribunais "são independentes e os
juízes nas suas decisões apenas devem obediência à Constituição e à lei,
salvo o dever de acatamento das decisões proferidas em via de recurso
pelos tribunais superiores".
O CSM alerta, contudo, que as
sentenças dos tribunais devem "espelhar" essa fonte de legitimidade,
"realizando a justiça do caso concreto sem obediência ou expressão de
posições ideológicas e filosóficas claramente contrastantes com o
sentimento jurídico da sociedade em cada momento, expresso, em primeira
linha, na Constituição e Leis da República, aqui se incluindo,
tipicamente, os princípios da igualdade de género e da laicidade do
Estado".
Portanto a regra é: laicismo militante, que pouco tem a ver com a "laicidade do Estado" e "igualdade de género" que obrigatoriamente deve considerar um homem igual a uma mulher, não só em direitos, como acontece de facto, mas em tudo o que possa servir a causa jacobina, incluindo a postergação das diferenças naturais entre sexos.
E quem assim não pensar e agir é afastado do convívio politicamente correcto pelos vigilantes do costume que são cada vez mais.
Nota final: estou muito esperançado em ver Miguel Sousa Tavares a escrever sobre o assunto. Da violência doméstica, entenda-se...
Para além disso gostava de conhecer a identidade do filósofo do CSM, juiz conselheiro, que escreveu aquela frase acima transcrita, particularmente no que tange às "posições ideológicas e filosóficas claramente contrastantes com o
sentimento jurídico da sociedade em cada momento" para lhe perguntar quem lhe autoriza a estabelecer regras que não aparecem em lado nenhum da Constituição ou da lei.
Sim, para nos esclarecer cabalmente qual é o tal "sentimento jurídico da sociedade em cada momento"...e particularmente se é o seu ou pode ser qualquer outro desde que não atente contra os princípios gerais e abstractos em vigor.
65 comentários:
Se é possível citar livros exteriores aos livros de lei em julgamento, é possível citar o Corão ou algum manual budista? Essas citações são delimitadas a livros religiosos, ou também se podem citar romances, artigos de opinião de um jornal, livros de BD, episódios de televisão, o borda d'água...
Quais são as fronteiras nas quais se pode basear um veredicto?
As do bom senso e das regras jurídicas estritas. Nada mais.
Citar a Bíblia ou o Corão como exemplo de catálogos de regras não é asneira ou sequer proibido se o for, como no caso concreto sucede, para exemplificar como era dantes e como se acelerou a transformação que ainda nem chegou a toda a gente.
Até aos jacobinos que são sempre hipócritas, porque defendem para os outros o que não praticam em casa...
Este caso não me interessou nada, mas leio sempre com interesse o que o José escreve e fiquei a saber alguma coisa…
O pasquim da sonae anda endiabrado com este acórdão, julgo que contei seis notícias sobre o assunto na primeira página do pasquim digital… fossem tão bons no resto e tínhamos um autêntico NY Times à portuguesa. Um dia destes aquilo é capaz de dar lucro…
O acórdão está aí, pode ser lido porque é curto e só a jacobinada do costume interpreta do modo que leio e acabei de ver na tv da SICN: uma completa manipulação noticiosa em que as citações da Bíblica e do Código Penal de 1886 são tomadas como o fundamento da decisão.
É a mais completa manipulação e quem não sabe engole aquilo com casca e tudo.
É esse o efeito que esta canalha que é mesmo isso, pretende.
O acórdão é banal, há dezenas de outros iguais e só se pega neste porque permite a manipulação destes salfrários e principalmente salafrárias.
Mais um caso de retalhar para desvirtuar: retira-se um excerto do contexto e põe-se a "opinite" em roda livre. Saber que o excerto releva da contextualização e não do inocentar, perceber que não fundamenta a culpa mas delimita o atenuante, perceber por fim, e como é dito, que a pena não foi retirada, nada disso interessa, a factualidade não interessa nada à "indignite aguda".
(...)
Fontes do Direito (na acepção técnico jurídica):
Lei
COSTUME
Jurisprudência
Doutrina
COSTUME - prática repetida e habitual de uma conduta, quando chega a ser encarada como obrigatória pela generalidade dos indivíduos.
(...)
Confundir a inequívoca CONFIRMAÇÃO de condenação de um acto bárbaro com a indiferença à compreensão daquilo que preside à sua perpetração e mormente se tal é esporádico ou latente não é julgar mas cobrar pena e isso contradita os fundamentos de um estado de direito e de um sistema penal que se diz ressocializador.
A cada remoque deste soundbite de estupidez redutora estamos mais perto da justiça popular, essa pantomina da iniquidade.
o puliticamente incurreto
já é ó brigatório para os juízes
e se os sociais-fascistas fossem todos bardamerda e não voltassem nunca
'ao estrado a quem merda chigou'
Por falar em jacobinos, diz que os contribuintes andam a pagar ao rosas para na RTP 2, num suposto programa de história, debitar mentiras e lançar insultos a Portugal e aos portugueses, designadamente a propósito nossa passagem por África. Pagar para alimentar esta corja é revoltante.
Vocês que tanto criticam os muçulmanos,afinal não são só descendentes são também neste caso defensores da prática ou pelo menos parecem.!
Ninguém defende aqui a violência conjugal como coisa normal e aceitável.
O que se defende aqui é a justiça na apreciação concreta dos casos e a leitura cuidada dos acórdãos e não a manipulação de frases descontextualizadas para levar água a um moinho politicamente correcto.
http://www.euronews.com/2017/10/23/portuguese-judge-sparks-row-with-use-of-bible-to-defend-domestic-violence
Li o essencial do acórdão, isto é, os factos provados e a fundamentação relativa à manutenção da suspensão da pena de prisão.
Se no lugar da mulher colocassem um homem e no lugar dos dois homens duas mulheres, a decisão seria a mesma ou, inclusive, menos gravosa.
Duas notas:
As lesões demoraram 20 dias a sarar e não há lesões na cabeça compatíveis com uma moca com pregos, como apareceu escrito algures. A moca tinha sim pioneses espetados, o que é outra coisa e, por certo, a vítima não foi atingida na cabeça, pois se tivesse sido tinha ficado mais mal tratada.
Quanto à citação da Bíblia é sabido que ela cai sempre mal ou muito mal em alguns sectores da comunicação social é, por isso, de evitar.
Oh José, às vezes até me sinto como se estivesse num tribunal do DAESH...
E, já agora, porrada no Ricciardi...Aquele que aqui vem todos os dias.
João Pedro
O juiz foi infeliz. No mínimo.
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Fundamenta como atenuantes costumes doutros tempos.
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Se os costumes fossem destes tempos ainda se podia aceitar o comportamento, ainda que ilegal e passível de condenação.
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Mas não é. Cita a Bíblia que tem dois mil anos como os fundamentalistas islâmicos se fundamentam.
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Porém os radicais islâmicos tem uma atenuante. Os costumes deles ao nível da reacao ao adultério sao recentes. Do presente.
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O juiz em causa deve ser sumariamente proibido de julgar. Não tem probidade moral para julgar.
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Rb
Li as 22 páginas do acórdão. As metáforas do do desembargador são, como disse o CSM, são arcaicas e daí não vem mal ao mundo (a não ser que a ICAR diga que está a ser feito um mau uso da bíblia); Uma vez li uma sentença cujos fundamentos (metafóricos) eram citações de Camilo Castelo Branco, divertidíssimos mas execráveis do ponto de vista dos princípios.
Só não entendi duas coisas no acórdão, a desvalorização da quase associação criminosa com o amante da mulher para a sovar e a falta de entendimento que, no caso, estamos claramente perante uma situação em que houve crime na formação da vontade do agente.
Quanto aos costumes, o direito e as sentenças poderão e devem ser vanguarda, atenuar a culpa ou a ilicitude com argumentos ou práticas de antanho quando o que se pretende é irradiar da sociedade esse tipo de comportamentos é que, do ponto de vista do Direito, não me parece muito esclarecido, ainda menos num desembargador.
Conclusão: Os progressistas gostam de ser cornudos
Se o desembargador tivesse escrito cônjuge em vez de mulher, nada acontecia.
Assim até o infeliz Miguel Sousa Tavares zurziu no dito. Não perderá pela demora, estou certo, porque a hipocrisia tem limites.
Se o juiz tivesse citado o Habermas ou a Maria Clara Sottomayor nada disto acontecia...ahahah.
Esta comunicação social está cada vez mais jacobina e insuportável.
Jimmy Hagan, treinador do Glorioso,
disse que a casa não estava acabada de construir porque ainda não tinha palavrões
e dizia sempre: no comments
temos GULAG
vem comissão de inspecção aos comentários
para desviar o assunto da moção de censura ao desgoverno do antónio das mortes
várias associações de cabrões vão apresentar queixa do juiz
desfile na 6ªf
cuidado para não serem colhidos
deve ser à hora do poema de Lorca
cogida y muerte
Claro que gostam de ser cornudos.
Sou voluntário para fazer cornos mansos aos invejosos...
contra-baixo:
só para si, directamente do maio 68:
Avant-garde, chien de garde.
O Habermas
AHAHAHAHAHAH
Quanto a citações, o juiz não percebe nada da poda.
Sr. Juiz, para a próxima, cite o Talmude!
Dos altaias e outros chiens de garde, gostaria que esclarecessem o pessoal se a Torá e o Talmude também são "arcaicos"...
A ver se dominam bem o laicismo a geometria variável ou se borram a cuequinha... - pardon my french!
Claro que não gostam de ser cornudos. Os progressistas e os passadistas.
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Porém os primeiros não se arrogam no direito de maltratar a mulher por causa disso.
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Na modernidade existe uma coisa muito simples e higiénica. O divórcio.
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Em vez de matar, maltratar a mulher, as pessoas normais tem duas escolhas possíveis. Perdoar ou divorciar. Maltratar não é opção. Excepto para os grunhos, claro.
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Rb
Contudo, há uma excepção para a violência. Que é esta:
Um homem que maltratasse a minha filha por ela ter sido, eventualmente, infiel, teria de levar um tiro nos cornos que ganhou. Aliás merecidamente. Um homem que faz isso merece a cornatura e um balazio.
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O juiz que desvaloriza a violência devia ser atado a um poste público. Untado com mel e coberto com milho. Era giro ver os passarinhos das cidades a debicarem o homem e as abelhinhas a lamberem as sobras.
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Rb
muja: ainda vos hei-de ver a fundamentar atenuantes ao homicídio de muçulmanos com citações de textos religiosos a apelar à morte dos infieis.
ò imbecil- és corno ou és estúpido todos os dias ou as duas coisas?
Que merda existe na sentença que tenha de criminoso a não ser a v. absoluta paranóia com a religião católica?
Que cena é essa da moral ser arcaica ou a citação bíblica não ser progressista?
Arcaicos são os v.s preconceitos idiotas já que na prática tudo isso é mentira.
por mim não têm conta os fornecedores de 'material comestível' todos conhecidos
a oferta é grande na Net, mas não sou cliente
Alguém conhece o caso ou são todas isabelinh@s moreiras?
Vão tatuar o cu e desorelhem.
O que o juiz fez foi, demonstrar a sua convicção, e esta não, pode ser desgarrada da sua formação. Para os dias de hoje, um verdadeiro estupor.
Claro. Isto é uma perseguição a quem é mais velho. Tal como aconteceu com o médico.
Estes estupores aproveitam qualquer treta de caca para disfarçarem da merda política que fazem.
A escardalhada agora é só Modas & Bordados e animais de estimação.
Eu não fundamentei atenuantes nenhuns.
Fiz uma pergunta simples: o Talmude também é arcaico como a Bíblia?
Mais simples ainda: a Torá é arcaica como a Bíblia?
Já agora, não sei se já reparou no meu boneco.
É que há três religiões abraâmicas - mas o laicismo a geometria variável parece que só se aplica a duas delas...
Textos religiosos como a Declaração dos Direitos do Homem?
Talvez.
Mas duvido que um dia beba dessa água...
Eu nem acho que os homens tenham direitos... Só as mulheres.
Faz-me alguma confusão que a única coisa que faça confusão é a citação da Bíblia.
Circunstâncias atenuantes - como o facto de ser encornado - terão o peso que o julgador lhe atribuir mas quando, para justificar essa atenuante, se faz referência a lapidar mulheres...bem, é triste e é parvo.
Pensei que já tivéssemos saído da coutada do macho ibérico mas, infelizmente, isso ainda não aconteceu.
Ah, e acho graça à referência a "corno manso":
Sou suficientemente bravo para largar uma gaja que me encorne mas não manso o suficiente para lhe partir a tromba.
Mas isso sou eu.
Quem quiser ser corno manso por dificuldades em satisfazer a mulher já sabe:sou solidário.E para lésbicas faço lesbianismo...
Mas será que a nenhum destes inteligentes ocorre a pergunta básica:
No meio de tantos processos por violência, a que título foram desencantar este?
Como?
Quem?
Umas taradas do lobby feminista. Mais nada. E fazem da treta uma grande questão jornalística porque nem os dedos sabem usar para mais nada.
Desencantaram pelos motivos que quiser mas a verdade é que não o inventaram.
Esse argumento é como o dos gajos que dizem "ah, o Sócrates não é o único! Isto é uma cabala!"
Se calhar não é o único;
Se calhar é uma cabala.
E?
Deixa de ser criminoso por isso?!
Bom, tive de ir ler a coisa.
Afinal, não há citação nenhuma.
é isto:
"Na Bíblia, podemos ler que a mulher adúltera deve ser punida com a morte."
precedido de
"Sociedades existem em que a mulher adúltera é alvo de lapidação até à morte."
e seguido de
"Ainda não foi há muito tempo que a lei penal (Código Penal de 1886, artigo 372.0) punia com uma pena pouco mais que simbólica o homem que, achando sua mulher em adultério, nesse acto a matasse."
Ou seja, para situar histórica e socialmente o ocorrido.
Eu bem disse, o juiz devia ter escrito Torá ou Antigo Testamento, que estes merdas enfiavam o rabinho entre as pernas...
Oh mujinha, a tora é a bíblia (com menos uns quantos livros, vá).
O Talmude é coisa semelhante à sharia ou ao catecismo, na função.
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O estado, porém, rege-se por normas que vão para além dos livros religiosos. Até porque os livros religiosos são duma época. E tiveram a sua importância nessa época limitando as práticas mundanas da altura.
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Algumas leis morais dessa época sobrevivem e sobriviirao ao tempo. Outras não. O caso do apedrejamento da mulher adúltera é claramente uma delas. Há muitos séculos que a cristandade evoluiu noutro sentido. E bem.
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A literalidade bíblica deixou de ser fonte de direito. Embora sirva de inspiracao moral.
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A nossa bíblia (cristã e judaica) diz claramente que uma mulher deve ser apedrejada por adultério. Cristo veio mudar a lei. Maomet não disse nada a esse respeito. Os judeus evoluíram e deixsram-se dessas coisas.
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O passado é passado. Não foi bom nem mau. Foi o que foi.
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Isto não tem nada que saber. Os cristão deviam ser os primeiros a condenar o juiz. Então não foi o próprio Cristo que protegeu a mulher adúltera do apedrejamento?
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Foi claro.
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O juiz não foi buscar um argumento bíblico qualquer. Foi buscar argumentos anteriores a jesus. Não me admirava nada que o juiz seja um radical islâmicos ou ortodoxo judeu. Juiz cristão não ia buscar exemplos duma parte da Bíblia muito anterior a Cristo.
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Rb
Acho que desencantaram porque andam à cata disto e depois, basta uma pequena notícia que se espalha como fogo na palha.
Isto é uma não-notícia, o facto de haver um juiz que tem uma idiossincrasia que o conduz a citar a Bíblia e o Código Penal de 1886 para explicar a lenta evolução dos costumes.
Depois, como acrescenta a tal uma exposição sobre a natureza do adultério em função da violência no casal, caiu o Carmo e vai cair a Trindade, por muito pouco: afinal a decisão do juiz não foi para desculpar ou anular o julgamento ou absolver. Foi para confirmar a decisão da primeira instância que disse exactamente o mesmo embora por outras palavras.
Se o desembargador tivesse usado a palavra "cônjuge" em vez de "mulher" não havia notícia. A não ser por ter citado a Bíblia que foi isso que incendiou estes jacobinos à peça.
Estas notícias juntam-se a outras do mesmo teor que servem apenas um propósito que muitos agarram com todo o empenho: deslegitimar o poder judicial.
Preparar a opinião pública para que os sócrates sejam absolvidos...por exemplo. E julgo que é por isso que se indignam em modo postiço.
Mas estão muito enganados: quem tem por profissão julgar, não se deixa arrastar por isto porque percebe o logro e a intenção de quem assim procede.
Aquilo que mais estranho me parece é a preocupação dalguns por aquilo que acham os progressistas e os jacobinos vez de se preocuparem com o crime em si mesmo levado a cabo pelo marido.
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É incrível os dados que o marido causou na mulher. Com um pau coroado com uma bola de pregos, o cornudo atingiu a mulher em golpes vários que a levaram ao hospital em emergência. Golpes com mais de 2 cm de profundidade. Contusões profundidsimas na cara e no corpo. Vários pontos para suturar a mulher.
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But hei, se há jacobinos indignados com a decisão do juíz então que se lixe a mulher porque o mais importante é não ter quebrar razao ao grupo que não vamos muito à bola.
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É incrível.
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Rb
"Preparar a opinião pública para que os sócrates sejam absolvidos...por exemplo."
Ena pá, para onde isso vai!...
Um estupor, é um estupor. Juíz ou outra merda qualquer. E no caso em apreço, pois é este que esta em discussão, é isso mesmo!
Já sei, vai perguntar porquê este!?...pois é, só se comenta o que existe. E aqui, não se faz outra coisa.
Acre4dito que sejam umas taradas dos serviços de secretaria do tribunal.
Estas porcarias não se encontram por acaso nem facilmente.
Não sabem sequer dar uso aos dedinhos.
Carlos: V. leu o acórdão? São apenas 22 páginas. Leia e depois comente.
Se entender, claro. Mas pode sempre perguntar.
A decisão deste juiz foi a de confirmar a decisão da primeira instância e os juízes de primeira instância disseram o mesmo que o desembargador, embora por outras palavras.
Substancialmente foi que a pena deveria ficar suspensa. E ficou. E bem, parece-me.
"taradas dos serviços de secretaria do tribunal."
Acho que não, a não ser que tenham esse juiz já "sinalizado" pela brigada do politicamente correcto.
A meu ver foram advogados que passaram a um jornalista qualquer do JN. O do Camões que sobre Sócrates fez o que se sabe e que ninguém se indignou, dentro da classe.
Devem ter porque já publicaram mais outras palavras dele, com fotografia e tudo.
Caça aberta.
Está fisgado pela UMAR
Quem foi o advogado de acusação?
Se isto passou pela UMAR está explicado tudo.
"Carlos: V. leu o acórdão? São apenas 22 páginas. Leia e depois comente."
Não, não li. Mas também não é isso que estou a comentar. O que estou a comentar é a prosápia de um estupor, para ilustrar a sua decisão. Em última análise, tal posição, pode até eventualmente servir para estimular casos semelhantes.
"Se entender, claro. Mas pode sempre perguntar." Presunção e água benta...
Pois, isso não é descabido.
Os Tribunais superiores estimulam os inferiores.
E "os que têm por profissão julgar" também deveriam estimular a sociedade que os investe do poder de julgar.
O juiz não vai passar a julgar deste modo impunemente como é evidente.
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Isto tem a mesma intensidade de mentecaptice relativamente aquelo outro juiz italiano que dizia que a mulher violada tem culpa porque estava vestida duma forma muito oferecida.
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Vai na mesma linha. É como legitimar ou atenuar o roubo de jóias numa ourivesaria porque os proprietários não deviam expor aquelas coisas tão bonitas.
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Quem não percebe isto não pode ajuizar.
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Este melro tentou desvalorizar o crime hediondo cometido recorrendo a práticas doutros tempos. É como se dar umas chibatadas num preto pudesse ser atenuado pelo facto deles levarem chibatadas no passado.
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Este juiz não pode estar bom da cabeça. Deve ter um problema do foro mental. Como tal deve ser impedido de ajuizar.
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Rb
Carlos: distraí-me consigo. Prometo não voltar a fazê-lo.
O engraçado é estes anormais não se escandalizarem por o juiz admoestar o arguido por este ter chamado à queixosa "a maior p**a de Felgueiras", entre outros mimos - por tal afectar a dignidade e imagem pública desta.
Se o contexto histórico e sociológico não é relevante, então qual é o problema, em época de plena liberdade sexual, de chamar tal coisa a quem quer que seja?
Das duas uma: ou ser p**a - isto é, a liberdade de escolher a cada momento com quem se quer ter relações sexuais - é uma coisa moralmente repreensível em si própria, ou o contexto sociológico e histórico, afinal, conta para alguma coisa.
Saíram-me cá umas p**as hipócritas, estes escardalhos...
Suas farisaicas!
Já quando é um delinquente preto a fazer tropelias, a culpa é toda da precariedade, da escravatura e da falta de inclusão social... Aí já não existe senão contexto histórico e sociológico...
Pois...
Isto é a consequência que uma fundamentação retardada tem sobre um retardado: ser puta (não sou politicamente correcto para escrever com **, coisa que considero de manso) não é ir para a cama com quem se quer.
Ao Governo: taxem a estupidez que terminam com a dívida pública em meses!
Ai não?
Então, já que sabes, diz lá, ó paladino: o que é ser puta?
Quando alguém diz que uma mulher, por sinal sua esposa, ou companheira, é a maior puta da aldeia e arredores, está a dizer o quê?
Está a indicar qual é a profissão dela?
Explica lá, coninha de sabão.
O que outro retardado que dá pauladas com um pau com pregos a uma mulher diz interessa-me zero.
(era só taxar cada estupidez a 1,00€...
Vá lá. Pensem nisso)
Dize lá o que entende por “puta” um demokrata desempoeirado como tu, que nem tem medo de escrever “puta”.
Pronto, o Lancelote já bateu em retirada... ahahaha!
como disse José começa o ataque aos inimigos do 44
não gosto da palavra derivada do latim putta (menina)
horizontal é a posição certa
imperdoável o juiz ter-se esquecido
de Eva, pois os filhos tiveram descendência
de Lot e filhas
Sodoma e Gomorra
e outras mais
como o material do gabinete secreto do MNA de Nápoles disponível na Net
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