O político Ângelo Correia aceitou o desafio do SAPO24 e juntou-se ao Plenário. Se fosse primeiro-ministro nos próximos quatro anos as suas prioridades eram aproximar a democracia dos cidadãos, promover a sustentabilidade, inovar na educação e incentivar à natalidade.
"Vivemos numa democracia, ou seja, num sistema em que as ações são dirigidas para as pessoas, com as pessoas e pelas pessoas, mas cada vez mais as pessoas se afastam da prática da democracia e da sua vida normal. Estão alheias à democracia. A primeira missão que um político tem de operar é reintegrar as pessoas, e para isso [é preciso um] novo discurso, novas palavras, novos rituais e novas práticas políticas. Mas não chega. Há muitos anos que o planeta está a sofrer, e muito. Nós pensámos na História que era importante controlar e dominar o planeta em vez de lidarmos com a natureza convivendo e respeitando-a. Então, os desastres foram iminentes. Cada vez temos menos recursos, cada vez temos menos água potável — o que é um problema também português. Cada vez temos problemas mais sérios com o clima, e tudo isso significa, na prática, que temos de viver de outro modo. Para isso precisamos de ter uma Educação diferente, não pensada apenas nos termos dos sindicalismos habituais, mas a pensar que a escola é um sítio onde temos de vir várias vezes, porque a velocidade e a aceleração que a tecnologia nos imprime obriga-nos a lá estar, sobretudo para tentar perceber como resolver problemas. Sem uma nova forma de Educação, sem uma nova política ambiental, nós não temos futuro. Por último, há quem estude a demografia e nos diga que no fim do século em vez de 10 milhões somos 8. Não quero isso para Portugal, não quero deixar de ter população, temos por isso de incentivar as famílias, incentivar o conceito de família, ajudar as pessoas a ter filhos — e não se fazem filhos por decreto, mas com incentivos reais para que as pessoas tenham uma vida que possam consagrar à família. Sem isso não temos Portugal".
Ângelo Correia? Um portento da política caseira. Assim, em entrevista há uma dúzia de anos, ( 14.6.2007) à Sábado.
Um homem sem vergonha de tipo algum...
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