quarta-feira, agosto 11, 2021

Ler jornais em modo pirata

 O semanário Tal&Qual, regressado do limbo da irrelevância dos fait-divers, para ajudar o socialismo vigente, com parangonas compostas para o efeito, tem esta página na edição de hoje, sobre a leitura de jornais e revistas em modo pirata. 


Segundo informam, há por aí uns chico-espertos que arranjam as edições originais das publicações, digitalizam-nas integralmente e colocam-nas à disposição de interessados, partilhando os conteúdos que deveriam ser pagos por quem lê, mas desse modo ficam de borla.

 A pirataria já se generalizou, sem qualquer vergonha, em sítios instalados em algumas aplicações cibernéticas, como o Telegram e o Whatsapp e os autores e distribuidores de publicações queixam-se -e com toda a razão.

Devo dizer que costumo comprar jornais e revistas em papel e custa-me sempre um pouco digitalizar este ou aquele artigo ou notícia, da publicação que comprei e colocar aqui o produto copiado. 

Faço-o sempre com a sensação de que estou a roubar alguma coisa a alguém, apesar de ter comprado a publicação e portanto contribuído para o negócio, pertencendo-me aquilo que comprei. Não me importaria mesmo em contribuir com alguma coisa para minorar prejuízos que tais práticas provocam. Não me escandalizaria se uma qualquer instituição colectasse dádivas ou mesmo contribuições impostas para pagar o uso de material impresso alheio que estivesse sujeito a direitos de autor. 

De resto, a publicação de notícias, comentários, artigos de opinião e outros, avulsos, de tais publicações pode muito bem não causar prejuízo algum, uma vez que só sucederá tal coisa se alguém que tal lesse aqui, deixasse de comprar tais publicações por ter acesso às mesmas de borla. Não creio que tal alguma vez tenha sucedido e por isso fico de consciência tranquila. E não julgo que a publicação desta página do Tal&Qual de hoje impeça quem tiver intenção disso, de comprar o jornalito.

Quem passa nos quiosques ou vai aos sítios das próprias publicações, sem ter que pagar seja o que for, também vê e lê de borla o que poderá ser visto e lido. 

No entanto, o problema mantém-se.  Se uma parte importante do público que costuma ler publicações, deixar de as comprar, em formato real ou virtual, o prejuízo é evidente e insofismável e algumas acabarão de vez. 

Por mim, não teria assim muita pena que a maior parte dos jornais acabasse, uma vez que não prestam para grande coisa. 

Hoje comprei o Público e o Correio da Manhã. Jazem ambos no saco destinado ao lixo, sem proveito algum de leitura...e tal como hoje, são mais os dias em que tal sucede do que aqueles que me levam a guardar tais publicações ou recortar o que acho interessante. 


Sem comentários:

O Público activista e relapso