quarta-feira, agosto 18, 2021

Marcello Caetano, professor actual

 O novo Estado que temos só fala do Estado Novo quando pretende denegrir o regime que o precedeu. Os comentadores de ocasião, os pachecos do costume, adoptaram o mantra de falarem de salazarismo como tudo o que aconteceu nas décadas que os precederam se devesse a Salazar, diabolizado como fassista. 

No entanto, de 1968 a 1974 o regime modificou-se, gradualmente mas de  modo seguro e determinante, conduzindo ao golpe militar de Abril de 1974, muito facilitado pela abertura e tolerância política e finalmente aceite pela generalidade das pessoas como a transição para um regime entendido como mais moderno e sem os defeitos atribuídos a um desgaste de décadas.  O socialismo e o comunismo, opositores de sempre ao regime anterior, em modo revolucionário no entendimento político e social, tomaram conta do país em pouco tempo, porque como dizia o economista Gresham a moeda fraca tende a afastar e substituir a moeda forte que era o escudo que tínhamos contra tais perversões políticas. 

Marcello Caetano avisou muitas vezes para o perigo que corríamos e o seu discurso não foi ouvido porque  os poderes que passaram a dominar o censuraram e ostracizaram, até hoje. Et pour cause. 

Apesar disso o que Marcello Caetano deixou escrito, completamente esquecido porque censurado pelo novo príncipe que não tem interesse em reeditar as suas obras, permite entender que as ideias que professava não eram fassistas nem medíocres como as que se produzem pelas actuais luminárias de um pensamento original inexistente e emprestadas de alemães e outros estrangeiros da nossa parolice habitual. 

Num livro de compilação organizado por António Maria Zorro ( um fassista segundo os comunistas e esquerdismo geral...) em 1969, Princípios e Definições, definia alguns conceitos de modo claro e inequívoco, compreensível por todos os que o lessem.

Por exemplo, sobre Política e principalmente sobre Professores ( lembrei-me logo do catedrático Jorge Simões como exemplo...) , alguns conceitos formulados ao longo das décadas de 40 a 60, incluindo os do seu Manual de Ciência Política e Direito Constitucional ( não, não é apenas o professor Canotilho que escreveu sobre tais assuntos...): 





 





E sobre partidos políticos: 




Para outro postal ficam outros escritos sobre Portugal e a Europa...tema muito actual.


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