quinta-feira, março 31, 2022

Os émulos de Buridan

 Artigo de Paulo Tinhas no Observador de hoje em que menciona esta parábola a propósito de certos espíritos demasiado, ia dizer cépticos, mas não: demasiado indecisos...e que são uns signatários de um abaixo-assinado à maneira. O recado é para estes e como se vê não podia lá faltar o celebérrimo professor Buonaventura, do CES de Coimbra e jubilado da cooperativa de Barcouço dos tempos de antanho:

1- Ana Margarida Carvalho, escritora;2- Artur Pereira, consultor de comunicação;3- Boaventura Sousa Santos, sociólogo e professor catedrático jubilado; 4- Carmo Afonso, advogada;5- César Viana, compositor e maestro;6- Cíntia Gil, programadora de cinema;7- Constança Cunha e Sá, jornalista;8- Dino Santiago, músico;9-Francisco Baptista, capitão de mar e guerra (ref);10-Francisco Mangas, escritor;11- Gustavo Namorado, advogado;12- Isabel do Carmo, médica;13- João Rodrigues, economista e professor universitário; 14- Júlio Cardoso, actor e encenador;15- Miguel Januário, artista;16- Nuno Ramos de Almeida, jornalista;17- Paula Godinho, antropóloga e professora universitária;18 -Pedro Tadeu, jornalista;19- Raul Cunha, major-general (ref);20 - Viriato Soromenho-Marques, filósofo e professor universitário.










Na França a revista deste mês, Philosophie inventa uma conversa com três grandes filósofos do pensamento ocidental e europeu para mostrar diferentes perspectivas sobre o mesmo assunto, a guerra como vento da História:


 



E a opinião de dois filósofos russos, um deles incógnito por causa da liberdade de expressão na Rússia...



quarta-feira, março 30, 2022

A revista Marianne vai mais longe com...

 Em 1973 ou 74 saiu um livro nas Publicações Europa-América que me impressionou porque trazia várias entrevistas com personagens importantes da cultura ocidental. 

Actualmente só em alfarrabistas se pode encontrar e perdi o que então comprei. Tinha este aspecto. 


Devo-o ter comprado depois de ler na revista L´Express uma ou outra entrevista intitulada L´Express va plus loin avec...pois comecei a consultar tal revista nos quiosques desde o ano anterior com as reportagens da guerra do Yom Kipur.

Como exemplo, em Dezembro de 1974, neste número especial da revista, aparecia esta entrevista, do género daquelas: 




A introdução serve para mostrar a edição desta semana da revista Marianne que também vai um pouco mais além do discurso corrente e mainstream sobre a guerra na Ucrânia. 
Não sendo tudo preto ou branco, as tonalidades permitem ver melhor onde está a cor da realidade naturalística.








Disto não há na imprensa portuguesa. Tal como não há isto que permite compreender melhor a idiossincrasia russa e de Putin:



 
Por fim também não encontro nenhum articulista em Portugal cuja cultura e conhecimento permita escrever assim:



A culpa disto? Habituei-me a tentar ir um pouco mais longe com estes franceses...
Sim, são pró-israelitas e tendem para aceitarem o ponto de vista de uma boa maioria de europeus e ocidentais. 

Mas... afinal, nós pertencemos geográfica, cultural e filosoficamente a quem? Aos russos? Nem por sombras! Por isso...

domingo, março 27, 2022

Le 1 desta semana

 O semanário francês Le1 desta semana tem esta entrevista com Daniel Cohen ( o nome é israelita) que vale a pena ler, sobre o gás e petrólio russos, as divisas, as reservas e o modo como, segundo o autor, Putin já perdeu em toda a linha, excepto a militarista. Mas até essa está em risco, porque a China não vai querer um parceiro tão pensador como Putin. 


Resta perguntar e saber o que é que move Putin...


sábado, março 26, 2022

Putin e a "elite global anónima"

 Esta é difícil de desmentir porque foi confirmada pelos italianos que produziram a peça destinada a uma "elite global anónima":






sexta-feira, março 25, 2022

A opinião sobre Putin

 Esta é de alguém que conhece bem Putin. Vem no Expresso de hoje. É apenas uma opinião e vale o que vale, possivelmente mais que outras e menos que algumas.



quinta-feira, março 24, 2022

Os Russos na União Soviética

 O jornal francês Le 1 de 16.3.2022 tem esta informação gráfica acerca da actividade imperialista da Rússia após o derrube do muro em 1989 e uma entrevista com Michel Goya.

Na Marianne de 17.3.2022, o artigo de Jacques Julliard também vale a pena ler, sobre a Rússia, o seu actual regime, o  gás e o átomo, como armas de ameaça e amedrontamento. 


A propósito da mesmíssima Rússia este artigo de Paulo Tunhas no Observador também ajuda a colocar uma perspectiva nas diferentes visões dos acontecimentos e realidades.







 


Em 1977, precisamente no ano em que o agora anti-comunista José Milhazes foi para a União Soviética, encantado pelas maravilhas que esperava encontrar e não fazendo a vontade à mãe que se ajoelhou a pedir para ele não ir para lá ( contou-o numa entrevista recente), foi publicado este livro que então comprei e li. 
É um relato em mais de 550 páginas sobre o quotidiano dos russos, nesses anos setenta, contados por um jornalista do NYTimes que então era correspondente em Moscovo de tal jornal. 
Os exemplos que apresenta são muito semelhantes aos que o mesmo José Milhazes conta num livro já por aqui mencionado,  sobre a sua experiência na então URSS e o desencanto que o levou a apostatar politicamente, depois de ter apostatado na Fé. José Milhazes é um apóstata. 
Foi pena José Milhazes não ter lido tal livro e acreditado na sua mãe. Poupava-se a uma vida de desilusões políticas...tal como é pena que actualmente os que acreditem em Putin não queiram saber quem é o indivíduo e o que pretende, segundo mostra no seu comportamento. 
Há quem o diga e escreva, sabendo do que fala. 



quarta-feira, março 23, 2022

As caçadoras de prémios

 Há uma historieta de Lucky Luke, originalmente publicada na revista francesa Pilote, no final de 1972 e retomada no Tintin português pouco tempo antes de 25 de Abril de 1974. Retrata os caçadores de prémios do velho Oeste e o modo como são vistos e tratados pelos cidadãos em geral. 

É o Caçador de Prémios, desenhado por Morris com a fronha de Lee van Cleef, um actor desse tempo dos filmes de cóbóis. 


Normalmente os caçadores eram indivíduos que se dedicavam a capturar foragidos em troca dos prémios prometidos para tal e o pagamento era por vezes singular, representando o modo como eram vistos socialmente: crápulas sem escrúpulos dispostos a vender a própria mãe em troca de proventos. 

A historieta tem laivos humorísticos reveladores da genialidade dos autores e presta-se a comparações quando alguém está sempre pronto a denunciar outrém, por malfeitorias reais e por vezes imaginárias em troca de um mais que duvidoso reconhecimento social. 









Quando as coisas corriam mal era um ver se te avias, digno do filme mudo L´Arroseur arrosé...


No caso nacional também há por aí uns caçadores de prémios não em dinheiro vivo mas num certo  reconhecimento, nas denúncias que estão sempre a fazer contra outros a quem apontam desvios éticos ou malfeitorias criminosas ainda não apuradas mas que apanham no ar do tempo mediático prenhe de situações duvidosas.

Ana Gomes é de algum  modo uma dessas caçadoras de prémios publicamente atribuídos nos media televisivos com as revelações sensacionais que capturam audiências. A fome de apanhar desgraçados, mesmo putativos, é tal nos meios televisivos do sensacionalismo que os caçadores de tais prémios têm avença garantida como comentadores. E tal aguça-lhes o apetite pela cobrança pública de tal reconhecimento.

Obviamente as semelhanças param aí, mas é impressionante ver o afã que dedicam a tais temas sempre que apanham o procurado nessas andanças dos futebóis e de outros desportos nacionais como a corrupção. 

Assim, merece um final à Lucky Luke o que sucedeu na semana que passou à tal Ana Gomes e outras mortáguas que por aí andam à cata de foragidos à ética e ao crime de colarinho branco para consumo mediático. 

No Tal & Qual de hoje aparece um relato que se assemelha a tal lição, porque como lá diz o povo, quem com ferros mata...


 


O Público activista e relapso