Em 1972 a revista Observador tinha esta capa e artigo sobre Fidel Castro e Cuba. Segundo a lógica dos pachecos estas coisas nem deveriam ter sido publicadas por causa do regime comunista cubano.
E agora compare-se este artigo com o publicado no Diário de Lisboa de 2 de Dezembro de 1973, em pleno vigor do período negro do fascismo, segundo aqueles pachecos.
O Diário de Lisboa, como aqui se refere, era um jornal da época prè-revolucionária e já tinha como director o revolucionário do PREC, A. Ruella Ramos, um sectário comunista que também dirigiu o Sempre Fixe então relançado e um dos bastiões da extrema-esquerda ortodoxa e não alinhada em partidos.
O artigo, aparentemente de propaganda anti-castrista constitui na verdade um panfleto encapotado de apoio ao castrismo e comunismo inerente, pela pena de Joaquim Letria, um esquerdista notório, na segunda parte do artigo.
Pode então perguntar-se: qual dos artigos se aproxima mais da realidade vivida em Cuba, na época? E quem é que censurou mais e de que modo?
Este género de censura é a que existe hoje em dia nos media: a de comer as papas na cabeça de quem lê e acredita piamente no que lê.
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