Sábado de hoje. O parolismo disfarçado de cosmopolitismo:
Já lá dizia o Eça: devemos falar bem uma língua: a nossa. As outras, orgulhosamente mal. Neste caso os responsáveis por uma escola de ensino superior optaram por se designarem numa língua estrangeira, com vista a algo que não se percebe muito bem. Dar nas vistas? Captar alunos anglófonos para frequentar em Portugal cursos de Direito e outras disciplinas? Treinar os alunos na língua franca dos negócios internacionais?
Será que a França, Itália ou Alemanha fazem o mesmo? Será porque na Holanda já será assim? Não sei a resposta, mas é sempre deprimente.
Há 50 anos os cantores de música popular um pouco mais sofisticada que o fado e a canção ligeira, também achavam que era preciso cantar em inglês, porque afinal imitavam os anglo-saxónicos nos ritmos e musiquetas. Foi preciso chegar um Rui Veloso para demonstrar que era possível ter sucesso e cantar em português ritmos estrangeiros.
Estes repetem a mesma toada da parolice nacional e em vez de cultivarem a língua mátria escolhem a língua estrangeira acabando fatalmente por falar mal...as duas.
Porca miseria! Em italiano, para não destoar.
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