quarta-feira, janeiro 11, 2017

Entretanto a vidinha prossegue...

CM de segunda-feira:


O Bando de Portugal precisava de alguém que lhes prestasse uns serviços de natureza jurídica, durante três semanas ( 20 dias).
 Como parece que  o BdP anda muito desfalcado de juristas ( três concursos, anos seguidos...e continuam) e até nem tem corpo especializado, nem nada, ganhando muito pouco os seus funcionários, (uma média de quase cinco mil euros por mês) viu necessidade premente em escolher alguém com talento próprio para tal.

Eduardo Paz Ferreira foi o feliz contemplado, certamente depois de aturado escrutínio entre as centenas de candidatos prováveis, especializados na matéria e que trabalham na advocacia, suando as estopinhas para mostrar que sabem do assunto nos tribunais fiscais e administrativos. E alguns sabem mesmo, muito mais que os Ferreiras deste país que lhes caiu no regaço. Entre todos ninguém mais que Eduardo Paz Ferreira, fundador do PS, professor de direito fiscal e presumido especialista na matéria, se apresentou com melhor currículo. Logo, é ele que vai empochar os 35 mil euros da "avença" que muita falta farão, certamente, para pagar os vencimentos dos advogados  que trabalham no escritório e que devem ganhar a miséria do costume ( não certamente os 5 mil euros por mês que o BdP paga...).
Porém, ninguém se lembrou de indicar ao responsável da escolha. noo BdP,  que EPF foi administrador da CGD durante uns anos e até presidente da sua comissão de auditoria. Também parece que ninguém se lembrou de dizer que EPF é casado com a actual ministra da Justiça e que o BdP e a CGD têm contenciosos com o Estado- e de que maneira!- e que a promiscuidade entre estes poderes aconselhava uma higiénica separação destas pessoas que lidam com estes assuntos de modo sorrateiro e de que ninguém se apercebe porque ficam sempre no silêncio dos gabinetes vazios.

A corrupção não é apenas um artigo no Código Penal. É um fenómeno sociológico que se evitaria se houvesse outra visão ética das coisas. Mas não há...apenas se vê algum fogo de vista, muita parra, pouca uva e uma tremenda condescendência com os poderes de facto.

Portugal é uma choldra muito por causa disto.

Nota: por lapso de escrita ficou "Bando de Portugal". Mas pensando bem, fica mesmo bem assim.

Questuber! Mais um escândalo!