quarta-feira, janeiro 18, 2017

O jornalismo de investigação carece de muito cuidado

A propósito da crise dos jornais e do congresso de jornalistas, a RR foi entrevistar o chefe de edição do jornal francês Le Canard Enchainé que por cá custa € 1,60 ( mais 40 cêntimos que em França), tem oito páginas sem qualquer publicidade e emprega, segundo se diz, cerca de 30 jornalistas. Quase não tem fotografias mas tem muitas ilustrações, cartoons e caricaturas. É um sucesso quase centenário porque tem lucro e continua a vender bem. Não tem sítio na internet com as notícias todas e dedica a atenção aos assuntos domésticos, sendo um dos principais media de investigação jornalística.

Sobre as investigações o seu editor é muito claro:  só publicam algo quando estão seguros de o poder fazer com rigor "porque temos uma enorme preocupação com a verificação exaustiva de todas as notícias que damos. Não publicamos informações se não tivermos provas suficientes que as sustentem. Somos muitas vezes ultrapassados pela concorrência porque consideramos que não tínhamos provas suficientes para publicar determinada história."

 Aqui fica a entrevista:

RR:

O jornal "Le Canard Enchaîné" pode ser descrito como o irredutível gaulês da imprensa a nível mundial. Há 100 anos que sai para as bancas francesas. Em papel, claro, e impresso a duas cores – preto e vermelho. Com uma redacção relativamente pequena, com aproximadamente 30 jornalistas, vende, semanalmente, 400 mil exemplares.
Apesar de não ter escapado à queda nas vendas, o jornal, que nunca teve publicidade, dá lucro – cerca de três milhões de euros, em 2015.
A Renascença falou com Érik Empatz, editor-chefe deste jornal que faz sátira, mas também jornalismo de investigação, para tentar perceber o segredo para este "pato acorrentado” manter a independência de grandes grupos económicos.
Qual é o segredo do vosso sucesso?
Para começar, a razão do nosso sucesso, é que desde o início, que o "Canard" é um jornal completamente independente. Isto quer dizer que o nosso jornal nunca dependeu de um grupo financeiro e sempre foi independente da publicidade. Ou seja, desde o início que nunca tivemos publicidade. Não dependemos dos grandes grupos económicos, como foi acontecendo com outros jornais franceses que foram comprados. Penso que é isso que nos torna fortes.
Actualmente, as pressões exercidas sobre os meios de comunicação, e sobre os jornais em particular, não são tanto pressões dos Governos a dizer "não devem escrever isto ou aquilo". Existem muitas pressões económicas, pressão dos anunciantes, que, de uma forma ou de outra, dizem: "Se escreverem mal da nossa empresa, retiramos a publicidade do vosso jornal". Como se sabe, neste momento, os jornais são muito dependentes das receitas publicitárias e isso cerceia-lhes a liberdade. Mas nós temos liberdade plena e, sem dúvida, que essa é a razão do nosso sucesso.
O custo de produção do vosso jornal é baixo...
Sim, custa 1,20 euros. E não aumentámos o preço do jornal desde 1993.

Há 24 anos que não aumentam o preço do jornal?
Sim. Consideramos que o jornal vende bem e que os nossos leitores devem beneficiar das nossas vendas. Mas, por outro lado, não oferecemos nada.
Refere-se ao facto de "Le Canard Enchaîné" ter uma presença muito limitada na internet e nas redes sociais e não disponibilizar conteúdos digitais de forma gratuita?
Não cometemos um erro que muitos jornais em França – e noutros países – cometeram, quer sejam diários ou semanários. A maioria precipitou-se e foi a correr para a internet. Passaram a disponibilizar os artigos de forma gratuita. E, depois, graças a esta "fórmula gratuita", perderam uma boa parte dos seus leitores.
Muitos jornais perderam metade dos leitores e, agora, é muito difícil regressar a uma fórmula em que o leitor tenha que pagar para ler. Nós não fizemos isso. Para já, a nossa presença na internet é extremamente minimalista. O nosso site apenas disponibiliza os títulos do jornal às quartas-feiras. Por enquanto, a internet não está no topo das nossas prioridades porque as nossas vendas em papel ainda são muito boas. Vendemos 400 mil exemplares por semana. E vamos continuar a vender o jornal em papel, enquanto isso for possível. Se, um dia, passarmos apenas a estar disponíveis na internet, o que deverá acontecer no futuro – provavelmente, num futuro muito próximo –, isso será também porque em França há uma diminuição muito acentuada dos pontos de venda. Existem cada vez menos quiosques, desapareceram muitos nos últimos anos. E isso é muito preocupante. Mas, por enquanto, as nossas vendas são boas. O jornal dá lucro e o problema ainda se não coloca.
No dia em que passarem definitivamente à versão digital, será através de um modelo pago?
Sim. Passaremos directamente a um modelo pago, de certeza.
São um jornal satírico que também faz jornalismo de investigação. Já revelaram muitos escândalos e dão muitas notícias. Como conseguem unir estas duas facetas e, em simultâneo, serem um jornal com tanta credibilidade?
Para responder a essa pergunta, tenho que voltar à questão da independência. Quando investigamos negócios, por exemplo, que envolvem bancos ou somas de dinheiro importantes, não estamos acorrentados. Temos uma certa independência que nos permite investigar a fundo esses casos. Por outro lado, somos muito rigorosos em relação às informações. Como temos uma tiragem muito significativa e somos credíveis, quando fazemos perguntas, as pessoas têm tendência a responder-nos.
Não têm dificuldade em investigar?
Se telefonarmos a um ministro, por exemplo, ele responde. Sempre que ligamos a alguém importante, se o "Canard" ligar a perguntar, é atendido e temos respostas. Isto também acontece porque temos uma enorme preocupação com a verificação exaustiva de todas as notícias que damos. Não publicamos informações se não tivermos provas suficientes que as sustentem. Somos muitas vezes ultrapassados pela concorrência porque consideramos que não tínhamos provas suficientes para publicar determinada história. Mas é o facto de não abdicarmos desse rigor, em detrimento da velocidade de publicação, que, no fim das contas, nos garante a reputação de sermos exactos e precisos nas investigações que levamos a cabo.
Têm uma regra que exige um certo anonimato aos vossos jornalistas. É muito raro ver um jornalista do "Le Canard Enchainê" num canal de televisão a comentar uma investigação, um escândalo que tenham revelado, por exemplo...
No último ano, tivemos alguma presença na televisão, fomos a alguns programas, a propósito da celebração dos 100 anos do jornal. Fizemos um livro de comemoração do centenário do "Canard" e também fomos para o promover, tem vendido bem. Mas, fora deste quadro, a regra do nosso jornal defende que as nossas informações e comentários são reservados aos nossos leitores, às pessoas que compram o jornal. É por isso que não participamos de programas de debate com outros jornalistas ou comentadores para discutir determinado tema ou assunto. Não o fazemos porque consideramos que isso não é benéfico, não nos traz nada de palpável. Somos muito discretos.
No que diz respeito aos artigos que não são assinados, isso tem a ver com o facto de serem artigos nos quais trabalharam várias pessoas e serem relativamente curtos. No entanto, também temos muitos artigos assinados. O anonimato não é literal. Mas é verdade que permanecemos muito discretos. Não alimentamos nem defendemos o vedetismo, nem seguimos a onda dos jornalistas-vedeta. É algo que não faz parte da cultura do nosso jornal.
O "Le Canard Enchaîné" alia a investigação jornalística à sátira, através de uma linguagem humorística muito própria. Referem-se a muitas das personagens políticas através de alcunhas que criaram para elas. É isso que vos diferencia de um jornal como o "Charlie Hedbo"?
O "Charlie Hedbo" também é um jornal satírico, mas não fazem investigação. Nós fazemos as duas coisas: investigações jornalísticas sérias, mas que tentamos sempre dar a conhecer aos nossos leitores sem nos levarmos muito a sério. Ou seja, tentamos escrever essas histórias de forma engraçada. Maurice Maréchal, que fundou o "Canard" durante a I Guerra Mundial, em 1916, um dos anos mais mortíferos da guerra, tinha uma “fórmula” para dar as notícias. Dizia: "Quando vejo uma coisa que me escandaliza, a minha primeira reacção é indignar-me. Mas a minha segunda reacção é rir-me. É mais difícil rir, mas é mais eficaz." Nós tentamos seguir esta máxima. Tentamos falar de coisas muito sérias, de contar histórias, de fazer investigação, de escrever editoriais, de comentar, de opinar, mas fazê-lo sempre sem nos levarmos demasiado a sério. Tentando sempre rir das coisas.
Em Portugal, os jornalistas passaram os últimos dias em congresso, a discutir o futuro do jornalismo e dos jornais. O "Le Canard Enchaîné" tem uma receita que funciona, vende, dá lucro. Como resolver os problemas que muitos jornais enfrentam?
No "Canard" não damos lições a ninguém. Temos perfeita noção do luxo que é podermos fazer o que fazemos, da forma como o fazemos, nos dias que correm, e sem termos de enfrentar problemas de vendas ou de falta de rendimentos publicitários. Não queremos nem podemos estar em posição de dar lições a quem quer que seja. Mas, se tivéssemos apenas um conselho a deixar, seria este: a independência de um jornal começa na caixa registadora. O quero dizer com isto é que devemos tentar ser o mais independentes possíveis em termos financeiros. A independência financeira dá uma força que agrada aos leitores. Porque, quando todos os jornais vendem espaços publicitários aos mesmos anunciantes, às mesmas empresas, e dão todos as mesmas notícias, o mesmo tipo de informação e no mesmo tom, é fácil de perceber que, ao fim de um tempo, deixam de fazer falta ao leitor.
Os jornais são de tal forma parecidos que se estão a tornar irrelevantes?
“Voilá”! É preciso preservar a alma do jornal e a sua especificidade. Devemos fazer o que sabemos fazer bem e ser um jornal particular, diferente. Não devemos tentar ser parecidos com todos os outros. Devemos é ser diferentes uns dos outros. E tentar ser o mais independentes possível, em termos financeiros. Se temos um conselho muito vago a deixar, é este. Mas, repito: nunca nos colocamos em posição de quem dá lições. Isso é algo que também não faz parte da nossa cultura enquanto jornal.

Agora tomemos o caso paradigmático do Correio da Manhã. Na edição de hoje aparece esta página:


As notícias acerca deste caso da "máfia do sangue" tem sido escritas na perspectiva da culpabilidade assente dos suspeitos e não deveria ser assim.  Não é necessário tomar partido neste assunto assumindo logo que os suspeitos são corruptos, praticaram os factos e apresentando sempre a versão de uma investigação criminal que ainda não terminou.

Seria preferível, a meu ver, apresentar os factos tais como se vão descobrindo, sem juízos de valor implícitos a não ser os que decorrem dos próprios factos.

Gostaria mais de ler um jornal que apresenta os factos de modo neutro e sem ocasionar desmentidos como o que agora se pode ler no jornal, uma vez que há tempo para que tais circunstâncias se esclareçam.

Andar sempre à cabeça das notícias sobre estes assuntos com a mentalidade inquisitória conduz ao erro e leva sempre a um jornalismo fraco e tendencioso, mesmo que tal agrade a muitos leitores e possa incentivar vendas.
O jornalismo do Correio da Manhã, neste aspecto dos casos mediáticos com incidência criminal tem sido muito ligeiro, com incorrecções frequentes e denota pouco cuidado e atenção a certos aspectos que deveriam merecer essa atenção, mormente os que contendem com a honra das pessoas.
A jornalista Tânia Laranjo faz um bom trabalho que é por vezes completamente desmerecido por essa atitude persecutória implícita no modo como relata os factos e escolhe as frases. Bom jornalismo não é isso, parece-me. Seja neste caso, seja no do Sócrates.

A sobriedade inteligente nos relatos não significa que omitam os aspectos que podem ser duvidosos e suscitem reservas devendo o jornalismo dar conta disso mesmo para as pessoas saberem e ficarem informadas.

Não vale tudo no jornalismo. Tal como o Le Canard Enchainé ensina...

19 comentários:

muja disse...

A questão da independência financeira é crucial, a meu ver. Particularmente no contexto de um regime presumido democrático...

Nem sei se não haveria justificação para legislar no sentido de, ao menos, prevenir as dependências mais escandalosas.

Por exemplo, restringindo a proporção da receita vinda da publicidade.

josé disse...

Legislar? Parece-me má solução.

muja disse...

Pois, não sei.

Admito que possa haver melhores soluções.

O que não vejo é preocupação com esse problema... E é um problema grave.

Porque, não sendo reconhecida formalmente como tal, a comunicação social é um poder real que, num regime democrático sujeito a constante escrutínio eleitoral, facilmente obtém ascendência sobre todos os outros poderes e que, igualmente, se consolida facilmente na mão de muito poucos; poucos esses que raramente são, eles próprios, escrutinados.

josé disse...

O controlo leva à Censura e isso parece-me mal.

joserui disse...

Como disse antes, por cá a independência perdeu-se no primeiro milhão e nunca mais vai voltar. Mais que leis era necessário que o estado não interferisse e deixasse falir, tenho dúvidas que os mecenas durem para sempre. Eu voto (não) comprando.

joserui disse...

Também achei curioso serem discretos… cá não há cão e gato que não se acotovele para aparecer. E por fim a questão da internet… aqui é contraditório em parte. Já podiam ter uma presença paga há muito tempo, se custasse o mesmo não iriam perder leitores do papel por essa razão. Mas por via da perda de pontos de venda, serão empurrados rapidamente… não viram isso antes? Acho estranho. O que me parece é que o Canard é uma excepção mesmo no panorama francês.
Por fim a eterna questão da dimensão do mercado de cá… de facto é pequeno e o nicho que procura e exige qualidade é quase inexistente.

muja disse...

Bom, mas há várias formas de controlar.

A consolidação da publicidade é uma delas. A consolidação dos próprias meios é outra. Haverá mais, certamente.

A possibilidade de censura é manifesta em qualquer uma dessas circunstâncias, e eu diria mesmo inevitável.

Penso que a questão posta nesses termos não leva a lado nenhum. Dizer que a censura parece mal, é o mesmo que dizer que a liberdade parece bem.

Só de uma forma muito trivial e vaga é que essas proposições são apelativas.

Mas se eu disser que a liberdade de um homicida psicopata parece bem, já não é tão apelativo...

Da mesma maneira que a censura de algo ou alguém que, sistematicamente, apele, por exemplo, à desordem pública, já não parece tão mal. Ou, contemporizando, a censura a determinadas ideias ou ideologias como, por exemplo, uma que professe a inferioridade objectiva de certas pessoas consoante a sua raça.

Na prática, o que temos é uma censura à rédea solta, com agentes, motivos e critérios obscuros.

Numa sociedade que depende, para o seu governo, de um escrutínio regular da opinião pública, os principais meios de influência dessa opinião são um alvo óbvio para quem quer que procure influenciar essa opinião ou para aqueles que dela dependam.

josé disse...

A Censura existe sempre em qualquer lado e nos media em particular, a partir do momento em que haja alguém que mande e possa prejudicar outrém arbitrariamente.

Daí que seja necessário em primeiro lugar limitar de algum modo esse poder de mandar.

Ora isso é muito difícil porque depende também da idiossincrasia de quem manda.

O Balsemão gaba-se de não censurar o Expresso quando foi primeiro-ministro a seguir a 1980 e durante dois anos. Diz até que o jornal o atacava como tal. Porém se formos a ver eram ataques suaves e sem grandes mossas do indivíduo. Porque os jornalistas de então ( o actual PR Marcelo Rebelo de Sousa) eram brandos e limitados nessas críticas que nunca punham em causa o fundamental.

Os media que operam em Portugal, hoje em dia, pertencem a indivíduos sem categoria. Proença de Carvalho ou Balsemão procuram o seu interesse pessoal e patrimonial acima de tudo e contemporizam com qualquer sistema que os proteja.

Balsemão, em 1974-75 dizia claramente que era preciso encontrar formas alternativas de organização social e económica, à existente, querendo significar que faria o pacto com o diabo comunista se o mesmo aparecesse como esteve quase.

São estes indivíduos que se tornam perigosos e ao mesmo tempo inúteis.

Se não existissem o país se calhar estava melhor.

muja disse...

Mas limitar esse poder é justamente ao que me refiro.

Mas não é só o poder de censurar. É também o do reverso da medalha e que é o da promoção. Os dois andam geralmente de mão dada e são complementares.

É evidente que a natureza dos indivíduos que acidentalmente detêm os poderes mediáticos, de censura e promoção, é determinante.

Mas não o é menos para os outros poderes que formalmente configuram o Estado.

E a esses não se admite que dependam exclusivamente da natureza dos indivíduos que os detêm transitoriamente. Aliás, quase se poderia dizer que todo o regime democrático parlamentar está concebido, especificamente, mal ou bem, para limitar os poderes e os indivíduos que os detêm, mais do que para ser um regime que origine bons governos.

Mas a comunicação social - os poderes de censura e promoção - são o calcanhar de Aquiles de todo esse sistema. São o meio pelo qual se pode fazer curto-circuito a todos os "checks and balances" catitas. Pode fazer-se e, claro, faz-se. Tanto mais facilmente quanto mais consolidados e dependentes estiverem os meios de comunicação.

É um poder sem nenhuma limitação, democrática ou outra qualquer.

E, se na maior parte das vezes se reveste como um negócio - enquanto tal, portanto, presumivelmente limitado pelas leis dos mercados -, na prática o que acontece é que persiste mesmo quando falha segundo todos os critérios objectivos pelos quais se avalia um negócio, e que não são muitos...

josé disse...

Para mim a questão fundamental é saber quem tem o poder de condicionar a informação.

Por exemplo, na TVI há o Sérgio Figueiredo que manda. E quem manda nele? O patrão da Prisa, ou seja a Rosa Cullell? E que poder e interesse tem esta em mandar na TVI e no Sérgio Figueiredo?

A quem obedecem estes? Se for apenas aos resultados económicos darão liberdade de escolha de informação aos jornalistas e não interferirão na feitura de notícias.

Mas suponhamos que por uma questão de coincidência de interesses a Prisa pretende avançar um pouco mais e adquirir posições no mercado português que lhe permitam alargar os lucros. Se tal depender do Governo e este for de Sócrates, um indivíduo com propensão para o frete digamos assim, o que acontece?

A informação vai ser condicionada por quem de direito: pelo Sérgio Figueiredo em primeiro lugar e pelos que ele escolhe para dirigir a redacção de notícias.

A Censura funcionará assim, neste caso concreto, através de um meio insindicável.

Nos restantos media é igual, parece-me.

Assim, só se houve um verdadeiro jornalista que tenha a noção de honra e seriedade da sua profissão é que tal não sucede.

Não é um André Macedo ou um Paulo Baldaia que têm estas características...

josé disse...

Depois se lhe juntarmos a isso a opção ideológica virada mais à esquerda teremos um condicionamento da informação para essa banda, natural e corrente. Nem se darão conta disso.

É o que acontece em todos os media nacionais, com excepção de O Diabo e ás vezes do Sol.

josé disse...

A única forma de dar a volta a isto é deixá-los pousar. Deixá-los afundarem-se na sua irrelevância.

Floribundus disse...

por cá está tudo 'engajado' à esquerda

independência só no dicionário

ainda hoje não ouvi o entertainer

Unknown disse...

Escrever Prisa (Cébrian) é o mesmo que escrever Internacional Socialista.

Maria disse...

Tenho estado a ler esta interessante e profícua troca de argumentos entre Muja e José e em parte também por joserui, sobre a censura que o regime exerce sobre a sociedade em geral e a comunicação social em particular. E temos de constatar que ela efectivamente existe, pois é graças a si e ao seu controlo total que este regime/sistema tem conseguido resistir quatro décadas e inacreditàvelmente sem que nada o faça tremer. É graças a essa censura férrea sobre todos os meios comunicacionais que dependam da opinião pública, todos, sem esquecer rádios, televisões, literatura, artes, teatro, cinema, etc., incidindo presentemente a sua concentração máxima na internete e prioritàriamente tanto na comunicação social falada e escrita quanto nos blogos individuais e colectivos, onde a censura de forças superiores que controlam todas as democracias, está mais activa do que nunca.

Há dias, na sequência do comentário que aqui deixei relativamente ao tema "Mário Soares" que o José abordou, o facto é que imediatamente antes desse eu tinha escrito outro sobre este regime e o que ele de mal tem significado para os portugueses e para o País face à corrupção monstruosa, promiscuidade vergonhosa e todo o tipo de crimes sociais e políticos que atinge a classe política e que, escândalo maior e imperdoável, o sistema permite e incentiva e que perdura desde há quatro décadas.

Pois bem, aquele meu comentário onde eu mencionava os crimes gravíssimos perpetrados por políticos e governantes e gente famosa a eles ligada, portugueses e estrangeira, conhecidos de todos nós, sumiu-se como o éter... O meu comentário seguinte, em que nenhum nome de políticos no activo, governantes ou crimes eram mencionados..., apareceu rapidinho e direitinho que nem um fuso... E ainda dizem que não há bruxas,
mas elas sim existem e é um facto comprovado.

Vou arranjar paciência para re-escrevê-lo e será de memória, mas já não sairá exactamente igual. Por favor tomem nota, se ele não aparecer dentro das próximas horas, já sabem o motivo: censura férrea exercida para ocultar o mais que podem tudo o que não agrade ao regime e aos donos dele e principalmente que não seja desmascarada toda a corrupção nem os inúmeros crimes políticos e económicos em que quase todos eles estão imersos até à ponta dos cabelos. Por outras palavras, fazem e farão desaparecer todas as notícias, além das que possam vir a aparecer na imprensa falada e escrita e também, desde há largo tempo, todas as opiniões e/ou denúncias que possam ser expressas (e que eles não possam impedir prèviamente, como o fazem com a imprensa falada e escrita) em blogos, redes sociais, etc., espaços individuais ou colectivos desafectos ao regime/sistema, que possam intrometer-se no sistema trazendo à luz os podres deste - na realidade, das democracias - e particularmente dos políticos (e das personagens que, obedecendo a ordens exteriores, os controlam nas ante-câmaras do poder) que já estiveram a governar e outros que estão presentemente, alguns dos quais desde há décadas, neles metidos até à ponta dos cabelos.

Vivendi disse...

Mário Soares deixa fortuna de milhões

Os filhos do antigo Presidente, João e Isabel, herdam imóveis valiosíssimos, uma biblioteca e uma coleção única de obras de arte.

http://www.flash.pt/atualidade/detalhe/mario-soares-deixa-fortuna-de-milhoes?ref=HP_DestaquesSecundarios

Floribundus disse...

Ulrich
os accionistas dos bancos perderam 35,5 mil milhões de euros

o ps é o MÁIOR

Maria disse...

Esqueci-me de acrescentar que o tema que eu abordava num comentário aqui há dias e que se sumiu num ápice, relacionava-se especìficamente com o discurso de Vladimir Putin, que denunciava abertamente como o polìticamente correcto avassala as democracias e com ele a tentativa persistente e continuada de subverter as tradições e os costumes, os hábitos sociais e morais e as práticas religiosas aceites como tal desde há séculos e o que tão drásticas mudanças, adoptadas a pouco e pouco pelos povos através do polìticamente correcto subliminarmente matraqueado à exaustão por todos os meios ao seu alcance, incluíndo o discurso político, estão a acarretar para o bem-estar e saúde mental dos povos. Segundo Putin, assumem lugar particularmente grave a aceitação do laicismo, a legalização do homossexualismo, o encobrimento da pedofilia (e a sua quase aceitação, na qual estão envolvidos e implicados políticos e governantes do passado e do presente, bem como gente famosa, em todas as democracias), o incentivo à prática sexual (das crianças) cada vez mais cedo, a aceitação e promoção da mudança de sexo dos jovens, o excessivo relevo e igual importância constantemente atribuídos aos movimentos LBGT, etc., etc. Estas mesmas críticas, consequência directa do polìticamente correcto, têm vindo a ser violentamente denunciadas desde há muito tempo pelo historiador David Duke.

Hei-de voltar ao tema qualquer dia para mencionar quem é quem, ao nível dos governantes nacionais e internacionais, do passado e do presente, que, pela investigação de David Icke, estiveram e estão implicados nos crimes violentos de pedofilia supra-citados. Cito apenas e a título de exemplo o caso infamante e inacreditável do antigo primeiro ministro(!!!) inglês Ted Heath que angariava crianças em orfanatos através do locutor da BBC Jimmy Saville, homossexual e pedófilo assumido e conhecido como tal pelas autoridades e pelos seus chefes, o qual, segundo D. Icke, como amigo íntimo da Família Real, levava crianças orfãs e desprotegidas ao Palácio de Buckingham...
O Bush-pai, ainda nas palavras de Icke, foi pedófilo toda a sua vida e sacrificava crianças em reuniões secretas promovidas no bunker da Skull&Bones lá do sítio, edifífio este pegado à Universidade de Yale onde atraía estudantes para aderirem à seita e muitos desses maçons foram estudantes nessa Universidade. Quantos políticos no activo e outras personalidades famosas e outras da sociedade (lá como cá) participavam nas reuniões secretas daquela seita maçónica? Era bem importante saber-se.
Quanto ao primeiro-ministro Ted Heath, depois de abusar no seu Yacht das crianças que lhe eram levadas por Saville e outros correios-pedófilos, as de 7 ou 8 anitos que o podiam denunciar mais tarde, eram esquartejadas e lançadas ao mar. Quando um país possui um seu governante máximo de tão indignante calibre, já ninguém mais ultrajante pode vir a superá-lo.

Por cá tivemos e temos escândalos bastantes e tão graves quanto aqueles e que só um regime abjecto como o nosso poderia ter parido. Conforme o Juiz Rui Teixeira os classificou e bem, o pedófilo compulsivo Ferro Rodrigues - sem esquecer o outro pedófilo do mesmo naipe e amiguinho íntimo daquele, Paulo Pedroso, que durante uma infinidade de tempo desempenhou (e parece que continua a desempenhar) descaradamente funções políticas - foi eleito presidente(!!!) da Ass. da República(!!!) por uma esquerda desavergonhada, com o apoio directo e total e muito suspeito de António Costa seu amiguinho do peito e, naturalmente, muito amiguinho também de Pedroso... Eis portanto o regime imaculado que nos foi ofertado pelo grande libertador do povo e democrata impoluto Soares, com a ajuda da seita a que toda a vida pertenceu e para a qual trabalhou com paixão, afinco e denodo desde a juventude até à morte.

Voltando ao início. Grande discurso de Putin e grande Governante ele está a demonstrar ser, sem sombra de dúvida.

lidiasantos almeida sousa disse...

https://mail.google.com/mail/u/0/?tab=wm#inbox/159bcd9c97c867e4

O Público activista e relapso