domingo, janeiro 22, 2017

As receitas dos fósseis

24Sapo:

Em entrevista à agência Lusa, o secretário geral da CGTP, Arménio Carlos, garantiu que as estruturas sindicais da Intersindical vão bater-se no terreno pela instituição de um salário mínimo de 600 euros, que não foi conseguido em sede de Concertação Social, para romper com o modelo de baixos salários, acentuado pela redução excepcional da Taxa Social Única (TSU) pelo terceiro ano consecutivo.

"A medida da TSU fomenta o modelo de salários baixos e trabalho precário e coloca permanentemente a Segurança social e o Orçamento do Estado (OE) a financiar as empresas que actualizam o Salário Mínimo Nacional (SMN)", disse. O sindicalista considerou que o salário mínimo está a ser usado para reduzir os encargos das empresas com os trabalhadores, "o que é errado, falacioso e falso", dado que "o grande problema das empresas hoje não está nos salários".

Citando dados do Banco de Portugal, lembrou que em 2015 os salários não representavam mais de 13,6% dos custos totais do trabalho. "Há custos mais elevados, mas não há coragem para os atacar", disse Arménio Carlos, referindo os custos de contexto das empresas, nomeadamente com a energia, combustíveis e as telecomunicações
.


Portanto, para este fóssil do sindicalismo, comunista do PCP, a receita que não explica mas se encontra implícita abaixo naquelas duas páginas do O Militante, é simples de entender:  acabar com o capitalismo, voltar ao PREC de 1974 e 75, estatizar as empresas de energia. combustíveis e telecomunicações e já está.

A frase chave é esta: "Agudizam-se as contradições do sistema a começar pela contradição entre o carácter social da produção e a apropriação privada dos meios de produção o que trava o desenvolvimento das forças produtivas"...está lá, preto no branco e quem esquece isto ou não quer ler, como o palerma que dirige o Público, faz o jogo objectivo destes fósseis ideológicos e conduz-nos directamente a isto por  que já passamos há 40 anos:




Para tal foram atacar o "capital" o que está muito bem explicado neste livro:



 Resultado? Bancarrota.


 Estas pessoas não se enxergam e os "públicos" não sabem isto?! Ainda não perceberam que este Arménio quer isto, outra vez?

Quererão porventura um Portugal como a Venezuela da actualidade? Se calhar querem mesmo...


40 comentários:

Floribundus disse...

para mim
enxergam o passado e o futuro que nos desejam

muitos outros não enxergam mais que o desejo de receber muito sem necessidade de trabalhar

o monhé e o seu desgoverno desapareceram da comunicação xuxial

a culpa é do PPC, da direita, de Trump

'a ver vamos ...'

lusitânea disse...

Importaram africanidade às paletes.O assentar tijolo já foi.Tudo desempregado.As mulheres são as únicas que trabalham.O ordenado mínimo bem como outras reversões visam essencialmente uma sobrevivência dos acolhidos e em muitos casos já novos Portugueses.Um enriquecimento a moderna e viçosa indústria do passaporte...

Floribundus disse...

vi referências à fossilizada entrevista dum entertainer cada dia mais precisado de óculos para enxergar a realudade

'pomposo e vazio ....'

Zephyrus disse...

Nao entendo como estes imbecis exigem estas coisas em Portugal sem a devida ridicularizacao que a coisa exige no espaco publico. Nao entendo como os jornalistas dao apoio a esta gente, ou sao incultos, ou sao ignorantes, ou seguem a ideologia como adeptos do Templo do Povo.

A Europa de Leste tem salarios minimos muito mais baixos que os salarios portugueses. No entanto o PIB per capita de alguns destes paises e identico ao nosso e a produtividade e identica ou superior. Por exemplo, a Republica Checa tem muitas vantagens em relacao a nos e tem um salario minimo em torno dos 400 euros para um PIB identico. E nao tem o nosso nivel de endividamento.

O que se deveria discutir seria como aumentar a produtividade e nao como subir salarios. Em Portugal basta viver um mes para um observador atento notar as ineficiencias. O Governo deveria sim tomar medidas que aumentassem a produtividade e congelar o aumento do salario minimo pelo menos durante uma decada.

Zephyrus disse...

Uma das coisas que a troika notou e que existem sectores protegidos com pouca concorrencia onde se poderia criar mais emprego e reduzir precos.

Quando se diz que o salario minimo esta baixo nao se tem em conta que se pode discutir sim se nao sera o custo de vida que esta excessivamente alto para o pais que temos.

Temos uma das electricidades mais caras da Europa. Uma garrafa de gas em Portugal custa o dobro do preco e os combustiveis sao mais caros que em Espanha. Lisboa tem rendas mais elevadas que Berlim ou Munique. As telecomunicacoes sao das mais caras da Europa. Os alimentos tambem poderiam ser muito mais baratos.

Zephyrus disse...

Alem do mais o salario minimo real nao e de 500 euros.

O trabalhador recebe 14 meses por ano mais subsidio de alimentacao. Portanto fica acima dos 600 euros.

Zephyrus disse...

O meu avo produziu laranjas no passado.

As grandes superficies compravam a um preco miseravel e nao pagavam.

Um armazem local de fruta sendo o unico comprava a 10 centimos o quilo e nao pagava. A mesma laranja era depois vendida a um euro e tal o quilo.

Comecou a vender a fruta directamente ao consumidor num armazem mas teve queixa ao fim de uns anos. Quando viu o que era necessario para vender de forma legal desistiu. Depois comecou a arrendar os pomares directamente aos espanhois. Pagavam na hora e cuidavam do pomar, apanhavam a laranja e marchava para Espanha.

A laranja portuguesa e mais doce, tem qualidade que a espanhola...

Penso que a troika referiu a falta de concorrencia no sector da distribuicao alimentar...

Um quilo de laranjas que e vendido por vezes a mais de dois euros poderia chegar ao consumidor a menos de 80 centimos ou ate de 50 com grande beneficio para o produtor e para o consumidor.

As regras da ASAE e dos Ministerios na realidade beneficiam os grandes grupos economicos e curiosamente um Governo que se diz de Esquerda e amigo dos pobrezinhos nada faz para alterar o sistema.

Zephyrus disse...

No meu concelho natal com 18 mil habitantes o BCP chegou a ter 4 balcoes. Agora tem dois. So deveria ter um. Isto demonstra falta de produtividade pois fora de Portugal para identica populacao so costuma haver um unico balcao de um dado banco. O concelho tem agora duas CGD, ja teve 3.

Um balcao implica empregados, renda, gastos com limpezas e energia. Quem gere os bancos nao sabe o que faz. Durante anos houve excessos de balcoes. Por esta ma gestao pagamos comissoes bancarias tao altas.

Zephyrus disse...

Outro exemplo de ma gestao e pouquissima produtividade esta no comercio. Eu vivo fora ha algum tempo e conheco parte da Europa. Nao me ocorre nenhum pais com os horarios do comercio de Portugal nos centros comerciais.

Estive em Italia ha dois anos e em Milao ate os restaurantes fecham ao Domingo.

Em Espanha sempre vi tudo fechado ao Domingo e nos feriados.

Em Inglaterra em algumas cidades algum comercio abre ao Domingo mas poucas horas.

Em Portugal temos centros comerciais e supermercados por vezes abertos ate a meia noite. So falta comecarem a abrir no dia de natal ou ate a uma ou duas da manha.

Vejamos. Uma dada loja que venda em media 10 sapatos de marca por dia se estiver aberta entre as 9 e as 19 vai ter menos despesa no final do mes que uma loja que abra ate a meia noite e ao Domingo. Pois a primeira loja vai gastar menos em salarios no final do mes. Isto por sua vez representa tambem um aumento da produtividade e da margem para aumentar salarios.

Uma das medidas que eu tomaria se fosse Primeiro Ministro seria limitar os horarios do comercio e da noite. Tal como fazem os nossos vizinhos europeus. Obviamente a medida nao agradaria a Esquerda, que diria que tal destruiria emprego, mas tambem a Direita mais ferrenha do liberalismo maluco. E eu sou um grande liberal, mas daqueles a moda antiga, conservador nos valores...

Na realidade se quisermos enriquecer vamos ter de destruir primeiro muito emprego, o desemprego subira talvez ate acima dos 15%, mas tal sera temporario. Ha muito emprego ficticio dependente do Estado (empresas publicas mal geridas, empresas municipais, autarquias, IPSSs e Misericordias, etc) e muito emprego em sectores sobredimensionados.

Zephyrus disse...

Um dos sectores sobredimensionados e o comercio e Portugal em percentagem do PIB tem um consumo excessivo, estamos acima de paises mais ricos que nos. A politica do Vitor Gaspar para moderar o consumo fazia todo o sentido. Inflacionar o consumo interno como quer a Geringonca e um suicidio economico.

Temos tambem uma das maiores areas comerciais da Europa ou talvez mesmo a maior. A banca vai ficar aqui com um enorme buraco e ja tem buracos, veja se o caso da falencia do Alisuper do Algarve. A cadeia faliu por ma gestao. Mas mesmo falida houve dedo politico em vesperas de eleicoes e a banca que nao queria meter o dinheiro meteu. A cadeia faliu novamente. Quais foram os bancos que ficaram com o buraco? Por que motivo a Banca faz estes emprestimos de risco? O que se passou no Alisuper merecia um bom artigo de investigacao. Por que motivo o caso nao mereceu a atencao dos jornalistas da Visao, do Expresso, da Sabado?

Entretanto no Algarve vai abrir um mega centro comercial entre Faro e Loule. Ora diz se que um centro destes so e viavel se houver pelo menos 100 mil almas. O Algarve tem varios para cerca de 400 mil habitantes residentes, estando a maioria desempregados metade do ano. Portanto quando falirem quem ficara com o buraco? Onde anda a cabeca da nossa banca? E dos nossos autarcas?

Zephyrus disse...

Ninguem em Portugal discute o problema da produtividade.

Ha dias abrir os jornais online e o destaque era o assedio no trabalho, com umas larachas da Isabel Moreira. Como ja esgotou a agenda gay agora virou-se para o assedio. Mas o que interessa isto ao pais? Se um patrao e ordinario, mudem de emprego! O que se entende por assedio? Dizer a uma mulher que e "boa" passara a ser crime? E que ainda por cima estas leis abrem caminho a que venham queixas de mulheres por pura vinganca e inveja... e nestes casos a mulher face a Justica e sociedade tem sempre razao...

Olhando para tras, que temas dominaram o pais? Houve a paixao pela educacao, pela saude, as obras publicas, o TGV, o novo aeroporto, os casos mediaticos da Justica, a agenda LGBT, feminismos e assedio, mas o que realmente interessa? Bem isso discutiu-se um pouco nos dois anos seguidos a troika mas logo caiu no esquecimento.

Como poderemos aumentar a produtividade?

Como poderemos ter uma Justica mais celere?

Como poderemos reduzir os chumbos no Superior?

Como poderemos aumentar a concorrencia em sectores protegidos?

Como poderemos ter no futuro um sistema de pensoes sustentavel no longo prazo?

De onde vira o dinheiro no futuro para o SNS tendo em conta o aumento de custos com doencas cronicas e incapacitantes?

Em que areas economicas nos deveremos focar e especializar?

Como poderemos ganhar vantagem competitiva se somos juntamente com a Islandia de 350 mil almas ou a Irlanda um dos paises mais perifericos da Europa. A Irlanda tem sabido encaminhar-se e passou-nos a perna ha muito tempo...

Por que motivos as nossas universidades sao das piores do mundo civilizado no rankings?

Nada disto e discutido.

muja disse...

Discutir a produtividade?

Produtividade implica produção. Mas, produção de quê?

muja disse...

Ó Zéfiro, que coisa curiosa V. escreveu...

Diz que é liberal, mas conservador nos costumes. Como é isso?

Se é conservador nos costumes, é liberal em quê?

muja disse...

País periférico em relação ao continente europeu, sômo-lo, de facto.

Todavia, o mundo não se esgota na Europa... Tempos houve, em que nela se não esgotava também o nosso país.

A Irlanda parece que passou a perna a muita gente. Veremos, porque as aparências iludem...

O meio, pelo qual atingiram o sucesso aparente, está ao alcance de qualquer um, nomeadamente, de vizinhos muito mais poderosos que principiam em libertar-se de certas amarras em que muitos dos nossos indígenas esgotam as suas larguezas de vista...

Floribundus disse...

Zephyrus levantou problemas graves que competiam ao entertainer que ontem mostrou não estar à altura do cargo

nos países civilizados onde vivi é tudo tão diferente

isto é pior que a Papua

preparem-se para a 4ª falência
a do Bucha e Estica

Zephyrus disse...

Muja,

sou conservador nos costumes, mas liberal no plano economico. Defendo que as instituicoes como as Universidades, Misericordias, Igreja ou outras devem ser proprietarias como eram antes da guerra civil e viver de rendimentos das suas propriedades tal como ainda sucede em Inglaterra, sendo portanto independentes do dinheiro do Estado. Defendo que as familias devem ser proprietarias e ser independentes do Estado. Defendo a total liberdade economica e comercial, sem qualquer tipo de monopolio, concessao ou outros condicionalismos que impecam um cidadao de abrir um negocio tendo capital para tal apenas porque a entidade Estado condiciona o acesso a actividade. A minha ideologia esta proxima dos Conservadores britanicos ou dos Republicanos e acredito que se os Miguelistas nao tivessem desaparecido teriam evoluido para aquilo em que acredito. Estado pequeno, poder local mas com responsabilizacao (coisa que nao sucede agora), instituicoes proprietarias mas independentes do dinheiro publico. Tenho em casa um livro com um documento da torre do Tombo de um jesuita contra o Marques de Pombal que defende exactamente o mesmo que eu.

josé disse...

Nos países de faz de conta, os problemas são também inventados para se larachar, exluindo os que verdadeiramente interessam.

O Arménio comunista quer outro prec para nacionalizar tudo e acabar com "as contradições".

Este paleio das contradições tem 40 anos ou mais e não mudou uma vírgula.

Para se discutirem os problemas sérios é preciso denunciar primeiro que não quer discutir e apenas argumentar a propósito de fantasias como o comunismo, agora apelidado de socialismo avançado...

Zephyrus disse...

Quanto ao sonho dos PALOPs e do Brasil... esquecam.

Africa nao tem consumidores. Sao paises pobres. Nao sao meia duzia de endinheirados angolanos que vao substituir os clientes europeus.

O Brasil e excessivamente proteccionista. Sao 200 milhoes com a mesma lingua mas nos quase nao exportamos para la.

Os nossos mercados sao a Europa e a America do Norte. Exportamos mais para Angola que para o Brasil.

Pensar que os paises de lingua portuguesa substituem o mercado unico e um daqueles sonhos sebastianistas... um Alcacer-Quibir...

Mas o avental de cozinha agora acha que a Europa nao serve e ja deu ordens para esperar o momento chave de tirar Portugal da UE e criar uma uniao com os PALOPS e o Brasil com livre circulacao... veremos por exemplo as redes de prostituicao brasileiras a entrar em massa na Europa via Portugal se ainda estivermos no espaco Schengen...

josé disse...

Em Portugal o nosso problema principal sempre foi esse: o de manter uma Constituição que pretende ser um espelho de um país que não existe mas que essa gente quer à viva força manter, com simulacros de realidade alternativa.

Por isso exigem salários mínimos de 600 euros porque o problema para eles não é o salário mas os custos de produção que ficariam resolvidos se tudo fosse do Estado.

A lógica é apenas essa e convence milhares de pessoas que votam porque não se desmonta esta monumental patranha.

Os Dinis dos jornais acreditam nela...

Zephyrus disse...

Estou convicto por exemplo que se a Universidade de Coimbra ainda tivesse o modelo dos colegios dos Jesuitas e dependesse mais das rendas de propriedades como sucede com os colleges de Cambridge nao estaria na posicao vergonhosa que esta nos rankings internacionais. Deve ser a pior universidade historica da Europa. E aqueles cortejos de estudantes bebados a gritar alarvidades sao uma vergonha aos olhos de estrangeiros mas a sociedade acha muita piada.

Zephyrus disse...

Uma constituicao socialista,

num pais onde 80% da populacao e proprietaria e onde o povo tradicionalmente era catolico e conservador. Por que motivo nao se discute esta contradicao?

A Constituicao que temos atenta contra a essencia da fundacao e contra 800 anos de Historia. Os socialismos sao a negacao da Europa Ocidental crista e capitalista.

muja disse...

Zephyrus,

então, e naquilo em que o liberalismo económico contender com a conservação dos costumes, em que ficamos?

Zephyrus disse...

Sou conservador porque acredito na sabedoria da Tradicao.

Nunca encontrei nada na Tradicao contrario ao livre comercio.

A Tradicao para mim esta dispersa pela Biblia, escritos de autores da Antiguidade, escolastica, ate autores Jesuitas. Sao ensinamentos simples e regras universais.

muja disse...

No mais, não deixa de ser curiosa a sua resposta: acusado de confinar o mundo à Europa, riposta confinando-o aos tais "palopes" e mai-lo Brasil que, sendo grande, me parece não esgotar em si o mundo.

Em todo o caso, 200 milhões de pessoas, ainda que, ou sobretudo, reduzidas à condição de "consumidores" não me parece nada dispiciendo.

Parece-me, também, curioso que quem tal liberalismo económico afirme professar, depois haja de querer traçar limites aos nossos mercados...

Zephyrus disse...

Como Conservador, defendo por exemplo a importancia do casamento monogamico estavel na sociedade, embore considera que em certas situacoes o celibato de um papel especial na sociedade a algumas pessoas. Portanto sou contra promocoes de vias alternativas que a entidade Estado tente impor via propaganda ou via legislativa. Imagine um homem que queria viver com outro. Eu aceito que o faca. Ja nao aceito que uma uniao desse tipo tenha o mesmo estatuto social de um casal.

Zephyrus disse...

Muja, eu nao traco limites.

Sao os outros que tracam.

Tente la fazer um acordo comercial e meter-se a grande no mercado brasileiro. Ora eu gostaria muito que exportassemos mais para o Brasil mas sera que eles deixam? Recordo ha uns anos uma entrevista do Pedro Abrunhosa que referia isto. Os artistas ingleses vendem tanto quanto os americanos nos EUA mas os portugueses nada vendem no Brasil, mas os brasileiros vendem mais que os portugueses em Portugal. Parece que o Pedro Abrunhosa andou a tentar a sua sorte no Brasil e nada conseguiu... isto e um exemplo de um produto, a musica, que nunca conseguimos exportar para la, apesar da lingua ser a mesma...

Tenho medo destes sonhos de Quintos Imperios que incluem no pacote o voltar de costas a Europa...

Zephyrus disse...

Nos exportamos muito mais para Angola que para o Brasil, por que sera? Angola sao 20 milhoes com um PIB muito inferior ao brasileiro...

O Reino Unido safa-se com a Australia, a Nova Zelandia, o Canada e os EUA. Mas no nosso caso o Brasil nao e alternativa a UE.

muja disse...

Pois,

diz o Zephyrus que são os outros que os traçam. E, porém, é V. quem no-lo anuncia.

Eu cá preferiria que lá fôssemos constatá-lo.

Mas repare V. noutra coisa: numa mão sentencia que o Brasil nos é negado pelos brasileiros; mas, na outra, declara que somos nós quem vira as costas à Europa...

Não duvido que o Brasil nos feche a porta. O que já não compreendo bem é porque é que em relação à Europa, a culpa já haja de recair sobre nós...

Em todo o caso, o que eu gostava que me dissesse era o seguinte: se não somos capazes de conquistar mercados num país de 200 milhões de almas que, mal ou bem, falam a nossa língua e partilham um pouco da nossa cultura, como seremos capazes de conquistar outros mercados onde não temos nem uma, nem outra vantagens?

Zephyrus disse...

Somos tao capazes que exportamos neste momento para la.

Nao vamos mais longe porque falhamos no marketing e nao nos damos a conhecer. Nisso os espanhois e os italianos passam-nos bem a perna e ja expliquei o assunto na caixa de comentarios deste blogue.

Zephyrus disse...

Exportacoes de Portugal em 2015 tirado do Factbook dos americanos:

Spain 25%, France 12.1%, Germany 11.8%, UK 6.7%, US 5.2%, Angola 4.2%, Netherlands 4%

Por outras infos do genero que vi a realidade nao anda longe disto. Bem mais de 50% vai para os nossos vizinhos da UE. O Brasil onde esta? Angola ja contou com mais de 6% quando o petroleo estava em alta. Mocambique nao conta nem contara pois e pais falido. Sera mais facil crescer no mercado americano que no brasileiro, mesmo com o Trump no poder, disso estou convicto.

muja disse...

Se não exportássemos mais para a UE, de que somos membros e cujo mercado nos é livre, é que eu me admirava...

Fosse o mercado livre entre o Brasil e cá, e era para lá que exportávamos mais - pela mesma causa, e como foi quando assim era.

Parece de pouco peso, esse argumento.

De resto, é curiosa essa Angola que aí aparece, só ultrapassada - em um porcento - pelos EUA, como destino das nossas exportações para fora de mercado que nos seja livre: aí estão 4,2% de sonhos de V Império...

muja disse...

Essas exportações para Espanha incluem as laranjas que de cá levam e que depois no-las cá vêm vender pelo triplo?

muja disse...

E torno com as percentagens: é que não se me afigura fácil de ver porque é que nuns 5,2% é que está o futuro que nunca chega, e nos 4,2% o passado onírico...

adelinoferreira disse...

Depois de uma ausência de cerca de 10 dias no mar cheguei a casa. Tomei um banho, comi duas sandes e bebi um copo de tinto seguido do imprescindível café. Abro a "porta" e leio o post acima, do José. Não concordando quase no todo do que é dito, sou levado a aceitar que outros podem ter opiniões diferentes. O que constato é que, exceptuando as opiniões argumentativas e lógicas do muja, tudo o resto é confrangedor. As contradições entre um e outro comentário do mesmo autor até doem.
Que a nossa Senhora do Bom Despacho interceda por eles e os ilumine; no que à escrita diz respeito, não conheço Santo ou Santa que os possam ajudar.

adelinoferreira disse...

Depois de uma ausência de cerca de 10 dias no mar cheguei a casa. Tomei um banho, comi duas sandes e bebi um copo de tinto seguido do imprescindível café. Abro a "porta" e leio o post acima, do José. Não concordando quase no todo do que é dito, sou levado a aceitar que outros podem ter opiniões diferentes. O que constato é que, exceptuando as opiniões argumentativas e lógicas do muja, tudo o resto é confrangedor. As contradições entre um e outro comentário do mesmo autor até doem.
Que a nossa Senhora do Bom Despacho interceda por eles e os ilumine; no que à escrita diz respeito, não conheço Santo ou Santa que os possam ajudar.

muja disse...

Dez dias no mar?!

V. deve ser algum português onírico, ó Sr. Adelino Ferreira..!

Portugueses no mar é coisa fantástica, ao que dizem... Sonhos, mitos e assim...

Veja lá se não acorda, surpreendido, nalgum assento dum centro comercial, que o mais certo (ao que dizem) é estar V. a dormir...

adelinoferreira disse...

Como é que eu vou responder a este ("ao que dizem"). Vamos tentar,num comentário a quatro mãos ;-)
O Cavaco destruíu as pescas mas, ainda cá ficaram uns quantos pescadores nos quais eu me incluo.
Possivelmente você só vê o mar quando vai de férias. Neste preciso momento estou em casa e a vê-lo. O "CHOPING" também é perto mas sou um previligiado...
Doravante você vai ficar o "ao que dizem"

adelinoferreira disse...

Como é que eu vou responder a este ("ao que dizem"). Vamos tentar,num comentário a quatro mãos ;-)
O Cavaco destruíu as pescas mas, ainda cá ficaram uns quantos pescadores nos quais eu me incluo.
Possivelmente você só vê o mar quando vai de férias. Neste preciso momento estou em casa e a vê-lo. O "CHOPING" também é perto mas sou um previligiado...
Doravante você vai ficar o "ao que dizem"

muja disse...

Às vezes, nem nas férias o vejo...

Dizem por aí, que portugueses no mar é coisa de sonhos... Agora não é mar, é Europa.

O Sr. Adelino devia pescar era em Bruxelas, que lá é que está o peixe graúdo. Ao que dizem...

josé disse...

Eu percebo pouco de mar mas sempre gostei do dito. Quando era pequeno a natação no rio e no mar era um grande prazer para mim. Passava muito tempo na água porque gostava de mergulhar e ver o fundo do leito quando era possível. Comprei uma viseira para tal e até um pequeno arpão arreatado com uma correia de borracha que retesava o dito arpão até disparar( que ainda tinha até há pouco) .

Pescava barbos e outros peixes de calibre pequeno. Um dia, no meio das pedras, debaixo de água ( 1,5m se tanto) disparei e o arpão prendeu-se nos intervalos das pedras e puxei e puxei. Dali a segundos sai-me uma enguia do tamanho de um braço adulto e a rabiar em direcção à liberdade que passava por mim que a tinha preso. Não sei bem como me desembaracei mas apanhei um susto.

De resto o mar tem sido ainda uma das fontes das nossas riquezas. Quem vai aos supermercados à secção de peixe encontra muita variedade de peixe fresco que não vem só da aquicultura.

Garoupas, até Chernes em certos locais, ou Gorazes também, embora estes últimos sendo caros tenham mais saída em grandes centros urbanos.

E Pescada, Robalos, etc etc.

E o polvo congelado que vem do Mediterrâneo ( algum de Marrocos)? Alguém me sabe dizer qual é o melhor?

É que gosto de de Marrocos que se vende no Continente. E até é melhor do que o espanhol da Galiza, segundo julgo.

Sobre peixes é um assunto que me interessa bem como o esforço dos nossos pescadores que são uns heróis.

O Público activista e relapso