sábado, setembro 15, 2018

Os pais da nossa desgraça são incógnitos

Sol de hoje, artigo de Filipe Pinhal a propósito da efeméride da falência do banco Lehman Brothers:



A versão do responsável da época, o lamentável Fernando Teixeira dos Santos, o exemplo mais acabado do dito antigo " quem sabe faz; quem não sabe, ensina", pai da bancarrota de 2011 que levou ao governo de salvação nacional, com a troika à ilharga, de Passos Coelho, tornado responsável por isto que este infeliz incompetente diz, em virtude de má-fé, ignorância geral e manipulação mediática dos correlegionários desta gente:





Para se entender melhor tudo isto e a incompetência criminosa desta gente talvez não seja despropositado copiar um postal colocado no blog A insustentável beleza dos seres, em 12.1.2011:

Gráfico _ Dívida Pública Portuguesa em % do PIB, 1850-2010

Fonte: 1850-1900: Neves (1994); 1900-1973: Mata e Valério (1994), 1974-2009: AMECOGráfico: Santos Pereira (2010)
(clique na imagem para aumentar)

Este governo vai legar-nos a maior dívida pública dos últimos 160 anos

Com este subtítulo, publicado por Alvaro Santos Pereira no seu blogue "Desmitos" em 3/10/2010, eis um interessante gráfico da nossa dívida pública (em % do PIB), desde 1850 até 2010.  Através dele é fácil analisar as oscilações da dívida ao longo destes últimos 160 anos. Mais fácil ainda é verificar o óbvio: - goste-se ou não, foi com Oliveira Salazar e o Estado Novo o único período em que Portugal saiu da crise. Foi com ele e durante toda a sua governação, primeiro como Ministro das Finanças (1928-1932) depois como Presidente do Conselho (1932-1968), que Portugal baixou de uns altíssimos quase 90% do PIB, herdados da Monarquia e não corrigidos pelos republicanos da I República, para pouco mais de 10% em 1974, ano em que, com a “abrilada”, se deu novamente início a uma subida imparável da dívida neste últimos 36anos, chegando mesmo a ultrapassar os 90% em 2010.

Segundo a análise de Alvaro Santos Pereira,  "...contrariamente ao que é propagado pelo governo, a dívida pública nacional já estava em franco crescimento bem antes da crise financeira internacional de 2008 (...) Isto é, não foi a crise internacional que iniciou a espiral de endividamento do Estado.

E mais adiante escreve, "...na sua ânsia de deixar obra feita a todo o custo e de "modernizar" o país com obras faraónicas, este governo cometeu o maior atentado geracional da nossa História recente.  Quem irá pagar as dívidas de toda esta irresponsabilidade serão os nossos filhos e as gerações futuras.  E quem irá lidar com este terrível legado serão os próximos governos, e, como é óbvio, os contribuintes."

Isto é extremamente grave.  E há que tirar as devidas conclusões.

Moral da história: - Este povo é sempre o mesmo.  Bravo nas coisas sem importância mas servil e pouco dado a bater o pé nas fundamentais; orgulhoso no supérfluo e no secundário mas parco na inteligência e de coração mole nas coisas essenciais, ele  aguenta e paga tudo sem tugir nem mugir.  De memória curta, ele desculpa e adora quem o explora.  Parece correr-lhe nas veias um sangue frio e sem cor - de lagartixa.  Seja ele mais culto ou iletrado, mais rico ou fossando na miséria, de barriga cheia ou morrendo de fome, o seu comportamento é sempre o mesmo:  - imbecilizado e subserviente.  De visão curta, ele está sempre pronto a seguir qualquer vendedor de ilusões ou da banha-da-cobra, na esperança de que alguma benesse acabe por cair-lhe no colo.  De bandeja!

E é deste povo, com traços profundos de chico-espertismo e sempre à espreita duma oportunidade de ganhar mais fazendo menos, que os mais canalhas de todos, os mais incompetentes e os mais oportunistas e desavergonhados saltam para a ribalta da política, tomando de assalto o poder de governar toda a outra massa amorfa e asinina.  Triste povo este.  Donde lhe terão vindo tais genes?  Que é feito daquele nosso ADN colectivo que por aqui andava ainda em 1640?...

A propósito deste tema e com ele interligado, reproduzo aqui uma crónica de factos históricos de José António Saraiva no jornal “SOL” em 5 de Outubro de 2010, e intitulada:

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