sábado, setembro 29, 2018

"Calhou-me a mim", também da outra vez


Postal de 10.8.2017:



O que esta notícia escondida nas páginas interiores da Sábado mostra é o seguinte: seis meses antes do assalto a Tancos, uma denúncia concreta, considerada credível pela PJ, dava conta da iminência de um assalto às instalações militares. A PJ actuou e o MºPº também. Um JIC do Porto entendeu que não era competente para dar seguimento e chutou para o canto de Leiria, sem perceber a importância do assunto e principalmente sem dar conta de que o processo carecia de despacho urgente e que lhe era exigível ( esta informação vem na revista no sentido de em Leiria o processo já ser urgente, o que pressupõe que no Porto já o seria, mas pode não ter sido o caso).

Enfim, em Leiria, outra manifestação de incompetência judicial: o JIC respectivo mandou para o TCIC de Lisboa e este agora está provido com dois juizes. Um é Carlos Alexandre que evidentemente nunca teria feito o que o outro, Ivo Rosa,  acabou por fazer: indeferir o pedido do MºPº, inviabilizando eventualmente o sucesso da operação preventiva e provavelmente permitindo o assalto que assim se efectuou em modo que talvez não sucedesse se tivesse sido possível ouvir em tempo real os preparativos do mesmo...
Agora, diz a notícia, que o dito juiz já defere tudo...mas Inês é morta e só resta esperar que aprenda. Mas duvida-se muito, perante os exemplos concretos que têm vindo a lume.



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