Imagens da Sábado de 28.1.2005-clicar para ler.
O PCP, pela voz robusta de Jerónimo, em estilo Bosch, qualificou ontem o Bloco de Esquerda como um partido "social-democratizante disfarçado por um radicalismo verbal esquerdizante, caindo muitas vezes no anti-comunismo".
Francisco Louçã, o porta-voz bloqueador deste atentado ao bom-nome, da Esquerda, já lhe respondeu: sectário, foi o mimo ajustado à circunstância.
Mas...tirando a zanga aparente dos dois blocos de esquerda portuguesa, o que resta debaixo da espuma dos insultos ideológicos? O trotskismo, escondido, voilà!
Louçã, nunca escondeu a sua inclinação para as máximas leoninas de Trotski, que tomam o marxismo num ambiente descontraído de análise e temperam a teoria dogmática do marxismo, com a reflexão prática sobre as suas consequências. Mas não o denunciam na sua essência colectivista ou de propensão à revolução. O trotskismo, esteve de alguma forma na base ideológica de alguns revolucionários de Maio de 1968 em França.
À Internacional Comunista do PCP, ainda hoje reafirmada no internacionalismo comunista, como uma das bandeiras do PCP, substituiu Trotski, outro internacionalismo: o do método de integração de outras realidades práticas e contextuais, no interior de uma força política atenta ao fenómeno. Essa afirmação na Quarta Internacional, ainda hoje dá o mote para movimentos como o Bloco de Esquerda. A burguesia nunca deixou de ser o inimigo de classe, mas é um inimigo a abater por dentro, na própria gestação dinâmica da luta de classes.
O Bloco de Louçã sempre comungou desse diferencial em relação ao PCP, mais dogmático e imutável nos princípios, como neste fim de semana, ampla e plenamente demonstrou, para quem tivesse alguma dúvida.
É dessa ambiguidade que o Bloco retira toda a sua força, enganando também os destinatários das propostas e vontantes potenciais, apresentando algo indefinível, mas assente em tópicos reconhecidos como de Esquerda, com laivos de tolerância democrática em pluralismo que rapidamente se mudaria em intolerância, igualmente sectária e revolucionária.
Numa entrevista de 28.1.2005, à revista Sábado, conduzida por Miguel Esteves Cardoso ( o único que entrevistou Álvaro Cunhal, em 30 anos de regime democrático e lhe colocou questões fracturantes), Francisco Louçã exprime assim, a essência do seu pensamento político:
Mas...tirando a zanga aparente dos dois blocos de esquerda portuguesa, o que resta debaixo da espuma dos insultos ideológicos? O trotskismo, escondido, voilà!
Louçã, nunca escondeu a sua inclinação para as máximas leoninas de Trotski, que tomam o marxismo num ambiente descontraído de análise e temperam a teoria dogmática do marxismo, com a reflexão prática sobre as suas consequências. Mas não o denunciam na sua essência colectivista ou de propensão à revolução. O trotskismo, esteve de alguma forma na base ideológica de alguns revolucionários de Maio de 1968 em França.
À Internacional Comunista do PCP, ainda hoje reafirmada no internacionalismo comunista, como uma das bandeiras do PCP, substituiu Trotski, outro internacionalismo: o do método de integração de outras realidades práticas e contextuais, no interior de uma força política atenta ao fenómeno. Essa afirmação na Quarta Internacional, ainda hoje dá o mote para movimentos como o Bloco de Esquerda. A burguesia nunca deixou de ser o inimigo de classe, mas é um inimigo a abater por dentro, na própria gestação dinâmica da luta de classes.
O Bloco de Louçã sempre comungou desse diferencial em relação ao PCP, mais dogmático e imutável nos princípios, como neste fim de semana, ampla e plenamente demonstrou, para quem tivesse alguma dúvida.
É dessa ambiguidade que o Bloco retira toda a sua força, enganando também os destinatários das propostas e vontantes potenciais, apresentando algo indefinível, mas assente em tópicos reconhecidos como de Esquerda, com laivos de tolerância democrática em pluralismo que rapidamente se mudaria em intolerância, igualmente sectária e revolucionária.
Numa entrevista de 28.1.2005, à revista Sábado, conduzida por Miguel Esteves Cardoso ( o único que entrevistou Álvaro Cunhal, em 30 anos de regime democrático e lhe colocou questões fracturantes), Francisco Louçã exprime assim, a essência do seu pensamento político:
"O BE é um movimento socialista [diferenciado da noção social-democraca, entenda-se- nota minha] e desse ponto de vista pretende uma revolução profunda na sociedade portuguesa. O socialismo é uma crítica profunda que pretende substituir o capitalismo por uma forma de democracia social. A diferença é que o socialismo foi visto, por causa da experiência soviética, como a estatização de todas as relações sociais. E isso é inaceitável. Uma é que os meios de produção fundamentais e de regulação da vida económica sejam democratizados [atenção que o termo não tem equivalente semântico no ocidente e significa colectivização-idem)]em igualdade de oportunidade pelas pessoas. Outra é que a arte, a cultura e as escolhas de vida possam ser impostas por um Estado ( é esta a denúncia mais grave contra as posições ideológicas do PCP). (...) É preciso partir muita pedra e em Portugal é difícil. Custa mas temos de o fazer com convicção."
Quem diz pedra, pode dizer Louça...
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