sexta-feira, dezembro 19, 2008

O novel plágio?

Alertado por um comentário anónimo no Blasfémias, surge uma pergunta:
E se as Intermitências da morte, de 2005, de Saramago, assentassem num plágio de uma ideia alheia, um conto de 10 páginas, intitulado Ultimas Notícias, de 1987, e de um escritor mexicano, Teófilo Huerta?
Por aqui, há quem não tenha a mais pequena dúvida, como o autor do conto procura demonstrar. Assim:
“Los científicos, los religiosos y el hombre en general, no se explicaban las causas de tan singular fenómeno que afectó a toda la Tierra y puso en peligro la vida de sus habitantes, su estabilidad, su congruente equilibrio ecológico y su capacidad para albergar tantos seres...El hecho ocurrió de pronto en todos los países, en unos de día en otros de noche. La noticia se comenzó a difundir...la gente.... no daba crédito a los titulares de los periódicos de ese día: “NO MURIÓ NADIE AYER!”...
Este es el inicio de mi cuento ¡Últimas noticias!, el cual escribí en 1983 para el Primer Concurso de Cuento de Ciencia Ficción convocado por la representación del CONACYT Puebla (1984), con el debido registro en 1986 (No. 8369/86 de la Dirección General del Derecho de Autor hoy INDAUTOR) y publicado en una edición limitada en 1987 por Editorial Quetzalcóatl, junto con otros cuentos bajo el título La segunda muerte y otros cuentos de fúnebre y amorosa hechura.
Esta por su parte es la semejante introducción de la novela las Intermitencias de la muerte del Premio Nobel José Saramago:
"Al día siguiente no murió nadie. El hecho, por absolutamente contrario a las normas de la vida, causó en los espíritus una perturbación enorme, efecto a todas luces justificado... ni siquiera un caso para muestra, de que alguna vez haya ocurrido in fenómeno semejante, que pasara un día completo, con todas sus pródigas veinticuatro horas, contadas entre diurnas y nocturnas, matutinas y vespertinas.”
E continuam as semelhanças, a ser indicadas uma a uma, por aqui e a lembrar o caso Sousa Tavares, com o Equador a lembrar as passagens de um livro de Dominique Lapierre e Larry Collins.

5 comentários:

a.leitão disse...

Será uma forma de estar à esquerda?

miguel disse...

José,desculpe não respeitar o tema do seu post.
Presumindo que terá ouvido as palavras de Manuel Alegre em entrevista,o facto por ele referido de ter havido fraude nas eleições não deveria levar a CNE ou PGR a instaurar um inquérito?
É que Alegre foi categórico.

Tino disse...

Eu não consigo ler os textos do (ig)nobil escritor.

Se fosse professor e se ele fosse meu aluno, reprovava-o.

O homem não sabe escrever.

Mas deito aqui mais gasóleo para a fogueira.

Há um livro supostamente dele que tem uma escrita completamente diferente dos outros: Viagem a Portugal. Claro que é outro género literário, mas a forma literária, a arte que manifesta é completamente diferente.

Sabendo-se que é habitual certos livros serem publicados com a assinatura de um nome conceituado que não é o seu autor, será que a Viagem a Portugal foi escrita por um jornalista e assinado por Saramago?

Há um sistema informático que permite fazer estudos comparativos de obras, digitalizando em formato texto as várias obras.
Inclusivamente, tal sistema informático permite identificar por comparação a autoria de certas obras anónimas ou publicadas com pseudónimo.

Haja alguém que se dê ao trabalho e terá um grande sucesso, penso eu...

Karocha disse...

Já tinha lido isso também José!

Pat disse...

Sinceramente, o caso a favor da tese do plágio parece-me, no mínimo, exagerado.

Eu dei-me ao trabalho de ler as justificações do "plagiado" e segundo ele, foi plagiado porque num conto de 10 páginas descrevia algumas das coisas que acontecem se acabasse a morte e o livro do Saramago (que parte da mesma premissa) acaba por descrever as mesmas coisas a acontecer. Mas eu próprio poderia dizer que essas coisas aconteceriam, sem ler qualquer das obras... Plágio para mim implica que a acção deveria ter sido reproduzida, não apenas a ideia geral e algumas coisas que decorrer logicamente da ideia geral.

A obscenidade do jornalismo televisivo