O presidente não executivo do Banif e antigo ministro
dos Negócios Estrangeiros do Governo de José Sócrates, Luís Amado,
afirmou hoje que Portugal é um dos poucos países europeus que conta com
"forças revolucionárias" no Parlamento.
"Não nos podemos esquecer que nós temos no Parlamento
forças revolucionárias", afirmou o socialista numa conferência promovida
em Lisboa pela consultora A.T. Kearney, especificando que se referia à
"extrema-esquerda parlamentar".
Luís Amado procurava justificar as cautelas que o
Partido Socialista, o maior partido da oposição, tem que ter em termos
de posicionamento político, tendo realçado que Portugal é dos poucos
países europeus que conta com esse tipo de partidos com representação
parlamentar.
Luís Amado precisou de ser banqueiro para dizer em público o que é óbvio há décadas: Portugal é um caso único na Europa porque manteve uma extrema-esquerda sempre presente no panorama político-parlamentar e com o apoio explícito e permanente da maioria dos media, com destaque para os do sistema, como o Expresso e outros ( grupo Visão que saiu do O Jornal, por exemplo) que ao longo dessas décadas deram um apoio claro e apologético a esses extremistas políticos. A prova está no que se passou no início dos anos oitenta, com o caso PRP/BR e aqui mostrado há dias.