sábado, outubro 26, 2013

O socialismo democrático afundou o país em tandem com o comunismo

Para entender porque somos um país maioritariamente de Esquerda, sem memória do passado remoto anterior a 25 de Abril de 1974, a não ser a da versão histórica divulgada pelos historiadores Rosas& Pereira, devemos procurar nas ideias que os seus próceres proclamavam e que formatarm o modelo que ainda hoje repele as "troikas" dos mercados e o liberalismo e até a social-democracia liberal, eventualmente maioritária na Europa.

Em 1973, havia um economista, Francisco Pereira de Moura que escrevia livros e que já aqui foi falado. Tinha sido candidato à Assembleia Nacional de então, em 1969 e posteriormente ao 25 de Abril integrou o MDP/CDE, a muleta do PCP, como hoje o é o partido dos Verdes.

O que Pereira de Moura escrevia em 1973 sobre a economia nacional é trágico e influenciou muita gente que depois ficou na Esquerda, como o intelectual do MFA Melo Antunes, verdadeiro preparador do clima de desmantelamento da economia nacional com base na iniciativa privada e próximo do PS. Tão próximo que no tempo de Jorge Sampaio (outro que tal) se inscreveu no partido.

O livro de Pereira de Moura trazia meia dúzia de páginas que explicam a ideologia esquerdista não comunista, mas condizente com o socialismo "democrático".

Estas ideias intensamente absorvidas pela intelectualidade esquerdizante deram no que deram logo a seguir ao 25 de Abril de 1974.
Em 6 de Março de 1975, imediatamente antes das nacionalizações maciças após os acontecimentos do 11 de Março, já em pleno PREC, o intelectual da esquerda cripto-comunista. guru do Bloco de Esquerda, João Martins Pereira, escrevia uma carta aberta a Melo Antunes, militar intelectual do MFA, esquedista encartado no socialismo democrático,  ministro do governo de então, sobre o famoso "Plano", ou seja, a orientação estatizada da economia que entrava em contradição, amplamente explicada por aquele intelectual e que se resume facilmente numa frase: "a generalidade dos portugueses entrou  o ano de 1975  com a vida mais "fácil" do que antes do 25 de Abril, tendo certamente produzido menos. Ilusões destas pagam-se caras".
Até o João Martins Pereira adivinhava as bancarrotas que se seguiriam e sabia muito bem a origem e as causas...

Pois o próprio Melo Antunes, em 1992, numa "confissão" ao Público de 14 de Dezembro de 1992 continuava sem perceber a receita para as bancarrotas. Continuava agarrado ás ideias esquerdistas e que continuavam o que o PCP fizeram com as nacionalizações em massa, em 1975.

Quem ouve hoje a Esquerda, do Bloco ao PS, a explicar a crise, o empobrecimento e a alvitrar remédios para sair da miséria em que nos meteram, não ouve nunca a récita destas asneiras, destes crimes económicos repetidos e desta garantia permanente em manter o país a caminho de bancarrotas sucessivas.
E ainda culpam os outros dos males que inflingiram ao país.



5 comentários:

Zephyrus disse...

Ideias não faltam.

Mas não compreendem que o povo não muda por decreto.

Fontes Pereira de Melo foi mais clarividente e chegou a essa conclusão. Disse, por outras palavras, que o povo não ligava às discussões e ideias debatidas pelos políticos da época e seguia a sua vida.

Anónimo disse...

Penso que o grande erro de Spínola foi ter nomeado primeiro-ministro Vasco Gonçalves em vez de Melo Antunes, após a demissão de Palma Carlos. Julgo que a desgraça das nacionalizações (pelo menos como foram feitas) teria sido evitada e também creio que ele teria controlado melhor os ímpetos comunistas de tomarem o poder.
Outro erro da «direita» foi Sá Carneiro ter recusado continuar nos Governos Provisórios. Foram muitos tiros nos pés de Julho de 74 até Maio de 75, e Portugal a nível económico pagou bem caro por esses erros.

Mas enfim, também já foi há 40 anos. Há que olhar para a frente e «rezar» para que o PS não volte a 'colaborar» com estes malucos da esquerda radical... E decerto que não, pois o BCE já não está disposto a financiar estas loucuras...

Há ainda outra coisa que me assusta e que começo a verificar: uma tentativa de passar uma esponja pelo desastre que foi a governação de Sócrates. Receio que a Presidência da República seja o objectivo final dele e da sua trupe, que tem grande implantação na cada vez mais decrépita comunicação social, para não falar doutros «poderes».

P. disse...

Ok, confesso, perdi-me nos anúncios de telemóveis. Um custa, só de entrada, 50 contos. O outro custa 145 contos mais IVA. Isto a preços de há 20 anos. Havia gente a endividar-se para comprar um tijolo destes. Poucos anos depois, custavam cerca de 10 contos...

Floribundus disse...

os sociais-fascistas e os xuxas de todas as cores incluindo o rosa, com ou sem mãozinha masturbadora

são a melhor dupla destruidora de qualquer economia, principalmente a de estado

o falecido Pedro da Silveira deixou o melro antunes sem cuecas num artigo escrito em 75 (salvo erro).

o gajo passava em frente da casa do futuro sogro com uma caixa de violino vazia, onde devia transportar todos os seus conhecimentos e ....

Unknown disse...

É verdade José, isto é uma tragédia. O esquerdismo que vem pairando sobre a nossa psique e a nossa cultura desde o 25 de Abril, com as suas concepções completamente distorcidas da realidade e do mundo, tem sido a nossa desgraça.

Esse ciclo histórico baseou-se na concepção “prometéica” esquerdista de que o homem, em vez de apenas governar o mundo, deve reinventá-lo. A ideia de uma intervenção socialista sobre a sociedade é monstruosa em si, decidir hoje, de maneira irrevogável, a vida dos homens de amanhã.

A ideia central é precisamente a busca da sociedade perfeita, do Estado perfeito, que implica necessariamente a moldagem planificada do futuro, a supressão fatal da liberdade de decisão das gerações futuras.

Essa ideia, se levada ao extremo, produz necessariamente a extensão indefinida da capacidade do Estado interferir em todas as áreas da vida. O pior é que as pessoas nunca perceberam que foram enganadas pela propaganda dos direitos adquiridos. Agora a realidade encarregar-se-á disso.

Ao inverso, seria preciso deter a fúria planificadora dos governantes, seria preciso acordar do delírio prometéico e consequentemente refrear a gastança criminosa que nos levou a coleccionar bancarrotas que mutilam e comprometem gravemente a nossa liberdade de decisão e dos que ainda não nasceram. Uma tragédia.

O Público activista e relapso