Em 1973, havia um economista, Francisco Pereira de Moura que escrevia livros e que já aqui foi falado. Tinha sido candidato à Assembleia Nacional de então, em 1969 e posteriormente ao 25 de Abril integrou o MDP/CDE, a muleta do PCP, como hoje o é o partido dos Verdes.
O que Pereira de Moura escrevia em 1973 sobre a economia nacional é trágico e influenciou muita gente que depois ficou na Esquerda, como o intelectual do MFA Melo Antunes, verdadeiro preparador do clima de desmantelamento da economia nacional com base na iniciativa privada e próximo do PS. Tão próximo que no tempo de Jorge Sampaio (outro que tal) se inscreveu no partido.
O livro de Pereira de Moura trazia meia dúzia de páginas que explicam a ideologia esquerdista não comunista, mas condizente com o socialismo "democrático".
Em 6 de Março de 1975, imediatamente antes das nacionalizações maciças após os acontecimentos do 11 de Março, já em pleno PREC, o intelectual da esquerda cripto-comunista. guru do Bloco de Esquerda, João Martins Pereira, escrevia uma carta aberta a Melo Antunes, militar intelectual do MFA, esquedista encartado no socialismo democrático, ministro do governo de então, sobre o famoso "Plano", ou seja, a orientação estatizada da economia que entrava em contradição, amplamente explicada por aquele intelectual e que se resume facilmente numa frase: "a generalidade dos portugueses entrou o ano de 1975 com a vida mais "fácil" do que antes do 25 de Abril, tendo certamente produzido menos. Ilusões destas pagam-se caras".
Até o João Martins Pereira adivinhava as bancarrotas que se seguiriam e sabia muito bem a origem e as causas...
Pois o próprio Melo Antunes, em 1992, numa "confissão" ao Público de 14 de Dezembro de 1992 continuava sem perceber a receita para as bancarrotas. Continuava agarrado ás ideias esquerdistas e que continuavam o que o PCP fizeram com as nacionalizações em massa, em 1975.
Quem ouve hoje a Esquerda, do Bloco ao PS, a explicar a crise, o empobrecimento e a alvitrar remédios para sair da miséria em que nos meteram, não ouve nunca a récita destas asneiras, destes crimes económicos repetidos e desta garantia permanente em manter o país a caminho de bancarrotas sucessivas.
E ainda culpam os outros dos males que inflingiram ao país.