quarta-feira, outubro 15, 2014

Água benta, nisto?

Observador:

Antes de sair para a direção do BES e, depois, do Novo Banco, Vítor Bento pediu a reforma antecipada do Banco de Portugal — uma condição aceite pelo governador Carlos Costa –, mas nunca chegou a assinar os papéis. Depois de um mês de férias, Bento regressou esta semana ao trabalho naquela instituição, onde trabalha desde 1980, confirmou ao Diário de Notícias o próprio banco central.
Apesar de ter desempenhado vários cargos nos últimos anos, incluindo a presidência da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS), o economista manteve o seu cargo no BdP pedindo licença sem vencimento. Antes de aceitar o lugar no BES pediu a reforma antecipada, mas o pedido nunca foi assinado e formalizado, apesar de ter sido enviado para o regulador dias antes da demissão.
“A partir do momento em que o dr. Vítor Bento cessou as funções que desempenhava no Novo Banco reassumiu, por direito, a condição de empregado em efetividade de funções no Banco de Portugal”, respondeu o BdP ao Diário de Notícias.
O jornal não refere, porém, que cargo assumiu o economista, agora que regressou.

Lei Orgância do Banco de Portugal:


Vítor Bento, como por aqui se refere, entrou no BdP em 1980 ( diz que foi por "convite" e era bom que se soubesse de quem, porque em 1980 parece que já não havia governador no activo, depois de Silva Lopes ter saído...e de Vítor, o Constâncio ter entrado em 1985 e lá ter ficado a eternidade da pose permanente)  e nunca mais de lá saiu, apesar de ter andado por outras instituições. Portanto, Vítor Bento foi sempre trabalhador do BdP enquanto trabalhava para outras instituições privadas, até. É certo que tinha licença sem vencimento, mas...chegava isso? É que parece que essas licenças tinham um período de validade máxima de 3 anos. Além disso, foi sendo promovido, mesmo sem  lá estar. Como outros, aliás. Octávio Teixeira não será outro?
 Agora, antes de ir para o BES/NovoBanco pediu a reforma antecipada. Pediu? Não, não chegou a assinar...

Este tipo de chico-espertices ( que outro nome se lhe pode dar?) desacredita esta democracia e estes lídimos representantes de uma suposta elite. É uma vergonha.

37 comentários:

zazie disse...

É tudo assim e está cada vez pior porque agora é sinal de sucesso.

Vitor disse...

Perguntas muito pertinentes do Zé.
Gostaria de ver resposta para as mesmas, mas tenho duvidas. Infelizmente estes economistas ora estão a trabalhar para o regulador, ora estão a soldo dos regulados. Outras vezes são verbo de encher porque estão no governo. Para esta gente não existe incompatibilidades.

Jorge Goncalves disse...

Não há muito tempo foi promovido no Banco de Portugal sem lá pôr os pés há uma data de anos por estar em licença. Achou normal. Agora esqueceu-se de assinar o pedido de reforma. A normalidade continua. Não tarda nada está a dar palpites nos canais todos - recebendo por isso, é claro!, que a vida está difícil...

Vitor disse...

"Porque não assinou os papéis não perdeu o vinculo ao BP?"
Que palhaçada é esta? Só falta dizer que o BP continuou estes anos todos a depositar-lhe o vencimento.
Em qualquer outra entidade teria sido demitido com justa causa porque deixou de prestar a sua actividade sem titulo legitimo, isto é, sem autorização com consequente desvinculação ou licença sem vencimento que formalizasse a situação.
E é o BP a entidade reguladora das ilegalidades praticadas pelas entidades reguladas.
O Zé Povinho que pague tanta incompetência e asneira.
Casa de ferreiro, espeto de pau. Tristeza sem fim.

Floribundus disse...

'ficou com a careca à mostra'

esta republiqueta social-fascista dificilmente ficará mais emporcalhada

anda por aí uma grande vara de animais que usam o pomposo nome científico de Sus scrofa

Floribundus disse...

podem ver o CV de inúmeros benfeitores dos contribuintes em
http://revoltatotalglobal.blogspot.pt/2012/12/mafia-portuguesa-bancos-politicos-artistas-poder-associados-interesses-familiares-governam-portugal.html

josé disse...

Resta saber que tipo de contrato individual de trabalho tinha e que agora é a norma das relações de trabalho no BdP ( para fugir aos cortes, por exemplo, funcionam como se fossem um instituto público com regras privadas para o que lhes interessa).

Se desde 1980 andava "por fora" como é que conseguiu estar outra vez "dentro" e que contrato tem, para ter a tal reforma...

josé disse...

Como não estão sujeitos ás regras dos "fundos autónomos" podem contratar à vontade os "sérvulos" que bem entendam e pagar-lhes o que nem acham ser ajustado.

No caso das contra-ordenações do BCP foi quase um milhão para reaver coimas prescritas de 3 milhões.

Sempre gostava de saber que empresa privada tolelaria isto.

O BdP é um forrobodó? Pois se não é parece. E com os resultados nulos que vemos...ainda por cima.

josé disse...

O que bem acham ser ajustado, queria dizer.

josé disse...

O BdP é bem capaz de ser a PT de certos melros que por aí andam, a começar pelo de bico amarelo.

Floribundus disse...

no quintal do antigo ISCEF havia muitos melros
os de bico amarelo eram machos

o Prof Dr Aníbal era ministro da Finanças em 1980

na Figueira limpou o hesitante salgueiro e o eterno machete

lidiasantos almeida sousa disse...

Voltou em poisio à espera de ser chamado para um lugar na Europa, ou quem sabe substituir o Constâncio no BCE dadas as suas in-qualificações bancárias.
A este careca muito "ÓNESTO" que recebe milhares dos jornais e TVS pelas suas inóquoas opiniões, ficou com a careca à mostra porque se demonstrou ser um incompetente e talvez tenhamos a sorte de não o ver mais na televisão.
O Octávio comunista, faz parte da outra casta de pensionistas de luxo, que ao abrigo de uma lei feita por Cavaco Silva no seu 1º mandato como 1º Ministro: qualquer funcionário superior a partir do nível 8, depois de cumpridos 5 anos de trabalho, seguido ou alternado como foi o caso de Cavaco, podia requerer a pensão vitalícia e sair do Banco. O Octávio recebe essa pensão vitalícia, cerca de 3.000 Euros X 14 meses, o Cavaco idem, a Ferreira Leite, o Campos e Cunha ( a maior pensão vitalícia de 8.000 Euros mensais X 24 meses) o Beleza e são tantos que seria fastidioso relatar. Relembro apenas o 1º a requerer essa pensão vitalícia, por ser do meu tempo. o António Marta, que pediu a pensão vitalícia aos 47 anos. Passados 9 meses de descanso foi requisitado pelo BdP, por ser insubstituível com um ordenado muito superior. Quando do Inquérito Parlamentar ao BPN foi chamado a depor pois era o principal responsável pela vigilância ao BANCO DOS CAVAQUISTÕES. Por acaso é pessoa muito competente e simpática e encontra-se bastante doente. O que o seu Blog faz quando o lemos pois faz-nos recuar ao passado e relembrar estas coisas horríveis.
Declaro que não recebo pensão vitalícia assim como o Bagão Feliz que a recusou.

josé disse...

Em resumo: governaram-se bem, estes vice-governadores-directores-trabalhadores do BdP que em boa hora deixou de ser privado, em 1974.

Foi um regalo...40 anos de regalo

Keytas disse...

dddaaaaassssssssseeeeeeeeeee

JC disse...

Foi para estas e para outras que serviu o 25/IV.
Amplas liberdades (para se governarem à vontade), direitos à barda (nomeadamente o direito de viverem à custa do erário público) e entrega das províncias ultramarinas a Moscovo.

A este propósito, quero ver se compro o livro “O Puto – Autópsia dos Ventos da Liberdade” do jornalista Ricardo de Saavedra (Editora Quetzal), recentemente pulbicado, eque me parece ser interessante.

Conhece, José?

foca disse...

José
Como é com os Procuradores que saem em licença, ao regressar voltam para o lugar onde estavam?
Sendo que no caso do homem é evidente que enquanto gestor evoluiu nas suas competências.

Depois do que lhe fizeram nos últimos tempos vir insinuar que é um privilegiado, como alguns comentadores aqui por cima fazem, é idiota.

Reparem que não estamos a falar dum betinho da linha que andou de Porsche enquanto estudava mas de alguém que fez toda a sua vida a trabalhar, e a ter a coragem de ter opiniões e expressá-lãs.

José disse...

"alguém que fez toda a sua vida a trabalhar, e a ter a coragem de ter opiniões e expressá-lãs."

Trabalho pesadíssimo, muito mal pago e que ninguém quer.

"Como é com os Procuradores que saem em licença, ao regressar voltam para o lugar onde estavam?"

Quer comparar os estatutos dos tais procuradores ( ou juízes que para o caso é idêntico) com os estatutos ( lei orgânica do BdP)?

Vamos a isso.

Os tais procuradores ou juizes quando saem em licença, não progridem na carreira. E isso foi tempo porque agora não há disso.

Por outro lado, mesmo descontando para a tal reforma é preciso ver como descontam e não é nada como no BdP.

Por fim e mais importante: os procuradores que saem não ocupam o mesmo lugar quando voltam... Começam onde ficaram e onde calhar. E não ganham mais...

José disse...

E estamos a falar de licenças sem vemcimento? Então ainda é mais notória a diferença: os tais procuradores não tinham até algum tempo atrás o impedimento de ingressar em profissão que de algum modo contendesse com o trabalho que efectuavam. Por outro lado, a autorização para trabalharem no sector privado depende dos conselhos superiores.

No BdP a lei orgânica é explícita: não podem trabalhar nas empresas como Vítor Bento trabalhou, parece.

Logo...

foca disse...

José
Costuma ter opiniões fortes e respeitáveis, mas normalmente baseadas no conhecimento.
Sobre este homem está totalmente enganado.
Se quiser acreditar é consigo.

foca disse...

Procuradores e Juízes são uns lordes no meio dos servidores do Estado (porque funcionários públicos são a ralé de 2ª!)

Essa conversa de que ficam parados na carreira não liga com a realidade de muitas exceçoes.

José disse...

foca:

Sobre "este homem" não tenho opinião. Tenho factos que são os que apontei.

Estão errados? Ainda ninguém mo disse.

José disse...

Os magistrados são de facto uns lordes, como diz, no meio dos servidores do Estado.
Com excepção de muitos outros de realeza superior, como os da corte...

Vivendi disse...

A missão principal deste sujeito foi jogar água benta e colocar os activos de certos "grupos de interesses" no banco bom.

Floribundus disse...

no que respeita ao procurador do caso Meco

agora vai encontrar-se em simultâneo do 2 lados da barricad e poder ver o que é penar

apesar dos benefícios do sindicato sustentado, como todos os outros pelos contribuintes

a tvi voltou à carga e não o larga


venho aqui e a 2 outros blogues no intervalo dos meus que fazeres físicos e intelectuais

interessam-me como ao José os factos e é sobre eles que emitimos opinião

há dias perguntaram-me o que fiz ao trabalho sobre morte química:

venenos de flechas, pesca e caça, envenenamentos, intoxicações alimentares (mais frequentes do se pensa porque respeitam a alimentos deficientemente ou mal acondicionados), drogas (de vício a doença política)

se ninguém estiver interessado na sua publicação ficarão no meu espólio da BNP

a morte é a minha única certeza: a previsão do local e data tem falhado como quase todas

só o futuro me interessa
e a coisa está preta
num local mal frequentado

José disse...

O procurador do Meco arquivou o inquérito e os assistentes requereram a abertura de instrução que é presidida por um juiz.

Para tal tiveram que aduzir factos novos ou que não fossem devidamente ponderados e investigados.

Veremos o que resulta, sendo certo que o juiz terá que dizer se o caso merece ou não ir a julgamento.

O meu palpite? Vai ser arquivado novamente. E entao nada haverá a fazer porque o recurso não dará nada.

Maria disse...

"... BdP que em boa hora deixou de ser privado, em 1974".

Pois claro, era isso mesmo que estava há anos e anos na mira dos grandes democratas e ainda maiores libertadores do povo português. Um dos seus objectivos prioritários para compensar o jejum de muitos anos sem cheta e o resto do tempo a pedinchar alguns milhões aos seus camaradas-socialistas europeus com o fim de continuar a conspirar contra a Pátria (milhões esses que teriam de ser restituídos, como de facto o foram, com os milhões sacados descarada e escandalosamente ao erário público), logo após ter-se efectivado o golpe de Estado do 25/4, era a nacionalização do Banco de Portugal para terem rédea solta de poder sacar d'imediato todo o ouro e divisas a que pudessem deitar as manápulas criminosas, libertando os portugueses da tal pesada herança religiosamente protegida pelo Estado Novo da ganância desmesurada (e Salazar sabia-o perfeitamente porque os conhecia de cor e salteado) dos oposicionistas/democratas/ladrões, durante décadas e décadas nos cofres do dito Banco, pesada herança essa desdenhosamente assim designada pelos pulhas democratas, traduzida numa fortuna incomensurável por eles longamente cobiçada. E foi exactamente o que fizeram.

Isto, evidentemente, sem esquecer que uma vez decorrido o tempo suficiente para não levantar demasiadas suspeitas... (cometer semelhante assalto ao Palácio da Ajuda em plena luz do dia era um acto demasiado arriscado até para os burlões que nos regem, peritos que são na ladroagem ao mais alto nível) dar azo a que os democratas-gatunos e, nunca é demais repetir, auto-proclamados libertadores do povo da longa noite 'faxista' - proveitando a deixa para também nos aliviarem da pesada herança - se apoderassem, por interpostos gatunos contratados e valendo-se de uma pseudo-exposição propositadamente organizada num qualquer museu holandês escolhido a dedo, de algumas das mais valiosas jóias da Corôa Portuguesa em exposição. Bens, tanto os primeiros como estes últimos e é bom que os políticos democratas/ladrões de altíssimo coturno tenham este óbice bem presente, todos pertença absoluta e inquestionável do povo português.

Carlos disse...

José,

Com muita revolta interior, mas, a minha vénia por mais este "post".

lidiasantos almeida sousa disse...

Está na moda OS PAIS, esquecerem os seus deveres parentais e não quererem saber da vida dos filhos que embora adultos, vivem debaixo do seu teto. como aconteceu com estes PAIS da PRAIA DO MECO QUE NÃO SOSSEGAM ENQUANTO O TAL JOÃO NÃO FOR CONDENADO, SEJA POR ALGUMA CULPA OU PELA PRESSÃO DA JORNALISTA INVESTIGADORA DA TRETA ANA LEAL. Ontem assisti a uma peixeirada, onde além da justiceira, estava o Advogado agora muito na moda SUBTL e um Senhor que me pareceu ser Procurador embora a Justiceira lhe chamasse inspetor.
Pelo menos este debate serviu para o Subtil explicar à justiceira que o facto que ela apresenta como grande Victoria - s constituição do tal João em arguido - só lhe é favorável, pois apenas tem de responder á justiça e não pode ser perseguido. Todos os arguidos são inocentes até provas em contrário.
Isto trouxe-me à memória o caso do Rui, desaparecido aos 11 anos.
O Amiguinho da mamã, que estava no escritório com ela horas sem fim, enquanto o miúdo doente de hipilépsia
sem tomar os medicamentos, andava pela rua horas sem fim ou mesmo acompanhado pelo então rapazola de 19 anos. No 1º Julgamento o homem de que não sei o nome foi ilibado pois a prostituta não o reconheceu. Os paizinhos negligentes batalharam na Comunicação Social com o apoio do Sá Fernandes, foi aberta nova instrução. a prostituta certamente bem paga disse que afinal o arguido foi o homem que levou o rapaz num carro preto. Está agora condenado.
Isto leva-me ao caso do GNR que matou um rapaz que ia com o Pai dentro de uma carrinha a ser perseguido por roubo. o GNR DISPAROU, como o rapaz estava encolhido no Banco foi atingido pela bala e morreu. No julgamento e muitíssimo bem o Juiz considerou o GNR inocente pois alegou que o Pai não cumpriu os deveres parentais, Que este caso sirva de precedente para os Pais que não tomam conta dos filhos, também sejam penalizados.

zazie disse...

Há casa uma...
De jurista, médico e louco todos temos um pouco.

Essa do GNR poder abater crianças porque a culpa é dos pais que não as deviam levar é "de morte".

zazie disse...

A cena do Meco entra pelos olhos dentro que foi resultado da anormalidade da praxe.

Daí a haver provas do que se passou na praia vai o suficiente para ser arquivado- quanto a mim.

joshua disse...

Estou desiludido com o Bento. Também gosta mais de dinheiro que da ética republicana.

José disse...

Essa Ana Leal poderia estar no lugar de uma das vítimas ou no do sobrevivente que também poderia ter sido vítima.

Estar no lugar é um modo de dizer, porque significa a capacidade de se colocar nos sapatos de outrém para melhor julgar atitudes.

O lugar em que a mesma está é outro: o dos sanguessugas que se preocupam essencialmente em descobrir um ponto para picar e ir sugando o suposto interesse do público e para tal vender jornais e manter um trem de vida.

José disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
José disse...

É obsceno porque se baseia num falso interesse público. É muito obsceno mesmo, viver á custa de tragédias alheias.

A Justiça nisto é zero porque o interesse é outro, manifestamente.

zazie disse...

Claro, é voyeurismo que vende.

BELIAL disse...

Segurou-se.
O cabelo foi-se.
Ficou vacinado: não quer perder mais nada.

E tudo o bento levou - não é o seu lema.

Bem se encalacrava, se não protegia a rectaguarda...
Ele sabe com quem estava a lidar os tira-tapetes.

Kaiser Soze disse...

Mais um que era coberto de loas; era um sonho de um homem.

Mas como é um homem, tudo se resume a dinheiro ou sexo.
Proxeneta é uma profissão como as outras mas um pouco mais arrepiante.

O Público activista e relapso