Noronha Nascimento, o celebérrimo presidente do STJ no tempo de José Sócrates como primeiro-ministro de quem é um fã da primeira e última hora não quer perder pitada do que se passa agora e continua a ser fã da 25ª hora.
CM de 24.10.2013:
Num artigo publicado num sítio manhoso ( ninguém sabe o que é nem de onde ver e menos para onde vai) diz esta coisa extraordinária sobre o processo do Marquês, comparando-o com o do Lava-Jato a que alegremente acoplou a menção "Vaza-Jato" porque um juiz, mesmo jubilado é assim: tem sempre o sentido do equilíbrio necessário para ser suficientemente reconhecido por quem deseja.
(...)
Não deixa de ser extraordinário que um juiz jubilado que foi presidente do STJ embandeire em arco do cego para dar vivas e loas, batendo as palmas à prática de crimes de intromissão ilegal em comunicações privadas, como aconteceu no caso Lava Jato com a publicação de conversas de um juiz com os procuradores do processo.
Para além do mais o estatuto proibe-lhe que se pronuncie sobre processos pendentes, mas um juiz destes não é um juiz qualquer: afinal foi este juiz quem mandou destruir provas concretas da prática de um crime de atentado ao Estado de Direito por entender que não havia nada disso nas provas que lhe apresentaram. Continuou a jurar que não, desmentindo ipso facto outros colegas de profissão que asseguravam o contrário.
Por isso não é nada de admirar que o juiz jubilado que comenta processos pendentes impunemente, acredita piamente na historieta que aparece contada na tal "vaza-jato" porque à semelhança de um Ivo Rosa quer acreditar nessa versão que lhe permite a tal opção pelo reconhecimento de certos pares ou parelhas.
Finalmente ocorreu-me uma coisa: e se houvesse por cá um "Intercept" qualquer que lhe tivesse captado as conversetas de pé de orelha que manteve com certas figuras ao tempo daqueles despachos celerados a mandar destruir provas de um crime que outros entenderam indiciado?!
Que tal seria se essas conversetas fossem publicadas? Vai uma aposta que seria o primeiro a rasgar as vestes todas que tem e a aparecer moralmento despido de qualquer ponta de vergonha por causa do feito semelhante ao que agora celebra?
Aguarrás no cu dos outros foi sempre refresco para alguns...
Por outro lado esta figura de corpo presente, representando como porta-voz, chefe de gabinete ou coisa que o valha, do actual pSTJ, diz coisas extraordinárias sobre colegas de profissão, mormente o que está sob os holofotes mediáticos.
E diz assim: "Agora eu, na qualidade de pessoa que lida com o Presidente do Supremo e o CSM diria que houve aqui algum amadorismo e esse amadorismo reflectiu-se na mensagem".
Só um juiz com as costas quentes como este tem se atreveria a dizer uma coisa destas em público sobre o comportamento de um colega numa sala de audiência, seja ele o tal Ivo ou outro qualquer.
Este juiz, chefe de gabinete do chefe do Supremo, diz por isso o que lhe apraz sem receio de ser incomodado seja por quem for. Está fora dessa órbita do CSM que é reservada aos que mijam fora do caco, como se costumava dizer.
Por isso, ontem na RTP1 chegou a dizer com a solenidade do cargo que ocupa e lhe permitiu ir ao programas, certamente concertado com o dito presidente do Supremo, que lá no Supremo ou no CSM ninguém soube previamente qual seria o teor da decisão, antes de Sexta-Feira.
Não sabia?! Não saberia mesmo?! E quem elaborou parte do despacho, ou seja a assessora que "formatou" o texto não sabia de nada? E nada fez a não ser "formatar o texto"? E o CSM não soube de nada?
Enfim.
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