sexta-feira, outubro 22, 2010

A ética é a lei

Síndrome de Estocolmo.

"O deputado do PSD, Agostinho Branquinho, afirmou hoje que “não há processo mais claro, mais transparente e ético” do que a sua renúncia ao seu mandato para aceitar um convite na Ongoing Brasil."

Há oito meses, na comissão parlamentar de inquérito, queria saber quem era a Ongoing. Tanto porfiou que acabou contratado pela firma cuja direcção então desconhecia, para um cargo rendoso.

6 comentários:

ferreira disse...

E ainda há quem diga que os inquéritos parlamentares não dão resultado nenhum.

Eduardo Freitas disse...

Mais um caso notável! De transparência e da aplicação, em concreto, dos princípios mais sãos da ética profissional e pessoal.

Floribundus disse...

'ongoing lava mais branquinho'

Lura do Grilo disse...

Este aprendeu e muito bem. Nem precisou de novas oportunidades e computadores a pataco.

Karocha disse...

É tudo farinha do mesmo saco José!

rita disse...

Havia quem se indignasse por há muito me referir a Portugal como um "país faz-de-conta"... mas isto é um pleno faz-de-conta...
faz-de-conta que:
falamos verdade;
perfilhamos a ética;
somos honrados;
possuímos sentido crítico;
somos independentes;
somos livres;
dizemos o que pensamos;
somos iguais;
temos justiça social;
não fugimos ao fisco;
não corrompemos nem somos corrompidos;
temos sondagens credíveis;
estatísticas reais;
temos jornalismo isento;
...
e haveremos de viver felizes para sempre.