Em 23 de Dezembro de 1975, o mesmo O Jornal publicou uma entrevista com o maçónico António Reis, então vice-presidente do grupo parlamentar do PS, em que o mesmo dizia que " um programa comum PS/PC seria a curto prazo prejudicial para a esquerda portuguesa". Quer dizer dizer, seria prejudicial para o PS...
No fim da entrevista de página, António Reis ( que fora jornalista da Flama, onde trabalhava a senhora Palla. Corrijo: esta trabalhava no Século Ilustrado) definia o que era a direita portuguesa de então ( e de agora...). Repare-se bem o que este maçónico esquerdista entendia por direita e que é de arrepiar. Assim:
Esta mentalidade ajudou a criar o clima para que uma figura ímpar da democracia e que os seus colegas militares não levam a sério ( a começar por Ramalho Eanes) mas chegou quase a ameaçar a presidência da República a este em 1976. Com capas como esta, dignas do melhor jornalismo de causas:
Em 1979 o mesmo O Jornal publicou em 31 de Outubro uma foto interessante do grupo comunista de Coimbra, a propósito de uma entrevista a Vital Moreira que dizia "Vitória da AD criaria conflitos sociais graves". Como se sabe, foi tremendo este vaticínio de Vital.
A foto é esta:
Como se pode ver na foto, Vital Moreira o comunista empedernido de então charlava com Jerónimo de Sousa ( quantos anos trabalhou este tipo como operário?!) e os intelectuais da universidade, Jorge Leite ( grande professor de Direito do Trabalho e uma pessoa com um trato simpatiquíssimo e humilde) e Avelãs Nunes, o economista que ensinou o Boaventura, porventura.
Como se pode ler na entrevista, Vital esclarecia os leitores que os deputados do PCP não ganhavam mais por serem deputados do que ganhariam nas respectivas profissões. E se tal sucedesse, o sobrante iria para o partido...
Vital, sempre Vital, este Vital. Vitaliciamente vital.