Expresso online:
Os documentos, obtidos pelo jornal e que terão sido preparados por Barcenas e pelo seu antecessor, Álvaro Lapuerta, incluem também referências manuscritas a doações ao partido de alguns dos principais empresários espanhóis, nomeadamente do setor da construção.
Nesses documentos estão referidos os nomes do atual presidente do partido (e chefe do Governo espanhol), Mariano Rajoy, da secretária-geral do PP, María Dolores de Cospedal, e de outros importantes elementos da cúpula do PP.
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O PP reagiu em comunicado, negando que exista "contabilidade oculta" e insistindo que "as retribuições aos cargos e funcionários do partido sempre se realizaram de acordo com a legalidade e cumprindo as obrigações tributárias".
A informação publicada surge na sequência da revelação, na semana passada, de que Luis Barcenas chegou a ter 22 milhões de euros em contas na Suíça. As notícias sobre as contas de Barcenas desencadearam uma intensa polémica com alguma imprensa a revelar alegações de que no tempo em que Barcenas era tesoureiro - até 2009 - alguns dirigentes do partido recebiam dinheiro, em envelopes e não declarado, como 'suplemento' aos seus salários.
Essa informação sobre uma contabilidade paralela do partido foi já repetidamente desmentida pelos principais líderes do PP.
No caso de Mariano Rajoy, os documentos referem pagamentos anuais de 25.200 euros durante 11 anos, que começam a aparecer em 1997, com pagamentos semestrais de 2.100.000 pesetas, e, a partir de 2002, o equivalente em euros (cerca de 12.600 euros).
Por cá, felizmente não há nada disto. Freeport, Submarinos etc etc, não contam porque são cabalas e até o antigo procurador-geral da República disse várias vezes que eram "casos políticos". O Bastonário da Ordem dos Advogados, aliás, continua a dizer. É um lãzudo, mas os media dão-lhe todo o tempo de antena.