"José Sócrates foi um lider muito marcante"- Francisco Assis, na RTP2, agora mesmo.
O PS, mais uma vez, sente o poder a fugir e anseia pelos lugares que entende serem-lhe devidos de pleno direito. Empresas públicas, lugares no Estado, lugares de nomeação política, enfim, a meia dúzia de milhar de empregos que o Estado garante aos apaniguados dos partidos, todos com remuneração acima da média e que multiplicam o rendimento daqueles agregados familiares habituados há décadas a mamar na porca da política, como diziam os nossos antepassados do séc. de Ramalho Ortigão.
Assis segue por isso o guião que decoraram agora: não dizer mal do fantástico Sócrates que nos levou directamente à bancarrota, tal como a Esquerda logo a seguir ao 25 de Abril de 75 e outra vez dez anos depois.
Para sacudir a água suja do capote basta fazer de conta que não foi nada com eles e que Sócrates foi vítima de uma cabala do capitalismo financeiro internacional. De resto todos os países da Europa sofreram as agruras dessa malfeitoria e todos pediram ajuda ao FMI, como aconteceu connosco por três vezes, sempre com os mesmos a mandar.
E acreditam piamente nessa nova versão do capuchinho vermelho em que o lobo mau comeu o rendimento dos portugueses obrigando-os a uma austeridade que os mesmos prometem arredar logo que cheguem ao poder. Como? Logo se verá...pois o que interessa é chegar ao poder, inventando a nova narrativa para voltar a enganar os papalvos com memória curta e de galinha.