segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Bloco e PCP: o comunismo é isto

 O texto que segue é de um comentador - Floriano Mongo. Aqui fica porque tem uma linguagem que ninguém usa ou ousa usar nos media tradicionais. Et pour cause. Tal linguagem seria o passaporte para o ostracismo do politicamente incorrecto e nenhum jornalista actualmente ousaria fazê-lo. Nenhum jornalista, repito, ousaria escrever esta linguagem e dizê-la no rádio ou na tv. E porquê, se isto é a mais pura das verdades?
Porque os jornalistas portugueses, actuais, da verdade não se interessam muito. As aparências servem muitissimo melhor para conservar empregos.
Contudo há ainda outra explicação: os principais jornalistas portugueses, num passado nem sequer muito distante, acreditaram nestas patranhas comunistas. E por isso o que ensinaram aos seus discípulos actuais não contempla a linguagem da denúncia das mesmas, dura e crua. Contempla apenas um faz-de-conta politicamente correcto que deixa o Bloco e o PCP vicejarem em Portugal como em nenhum outro lugar da Europa. Isto não é uma aberração?

 Stalinistas ou trotskistas, todos são esquerdopatas sem remédio. A diferença entre Stalin e Trotsky não dizia respeito ao que fazer com os inimigos, mas aos métodos para a implementação e consolidação do comunismo. Se Stalin não tivesse cravado uma picareta na cabeça de Trotsky, teria sido Trotsky a fazê-lo a Stalin. O resultado contava-se igualmente em milhões de mortos.

De facto, estas esquerdas e democracia jamais andaram juntas. Ouçamos Trotsky:

««« Mas a mentira e a violência por acaso não são coisas condenáveis ‘em si mesmas’ ? Por certo, como é condenável a sociedade dividida em classes que as engendra. A sociedade sem antagonismos sociais será, evidentemente, sem mentira e sem violência. Mas não é possível lançar uma ponte para ela senão com métodos violentos. A própria revolução é o produto da sociedade dividida em classes, da qual ela leva necessariamente a marca. Do ponto de vista das ‘verdades eternas’, a revolução é, naturalmente, ‘imoral’. Mas isso significa apenas que a moral idealista é contra-revolucionária, isto é, encontra-se a serviço dos exploradores.»»»

Está tudo aí. Este é o norte moral destas esquerdas, não importa a tendência. Trotsky diz que, enquanto a sociedade for dividida em classes, todos os meios de “luta” são válidos. E quem os recusar está apenas a exercitar a “moral idealista” e “contra-revolucionária”.

O BE assim como o PC consideram-se herdeiros da “luta do proletariado”. Na verdade, herdaram do bolchevismo o amoralismo e a convicção de que tudo lhes é permitido e de que certas interdições são apenas instrumentos da opressão manipulados pelos seus inimigos. Conservam da visão bolchevista a ideia do partido autoritário, centralizador, gestor do futuro.
Assim, ninguém se deve espantar quando estes esquerdistas dizem uma coisa na oposição e fazem outra no governo. Sabem como ninguém usar “a mentira” a favor da causa. Qual é o limite de um esquerdista? Não existe! Ele só precisa convencer-se ou fingir que se convenceu, de que a sua acção contribui para fazer a luta avançar.

Trotsky, foi assassinado a mando de Stalin que não teria nenhuma dúvida em justificar o seu acto usando o texto escrito pela própria vítima. Quem considera que a moral é sempre um valor relativo coloca uma corda no próprio pescoço.
Pode sempre aparecer algum camarada que se lembre de abrir o alçapão.

41 comentários:

zazie disse...

Bom texto, o do Floriano Mongo (nick delicioso).

E, infelizmente, não são apenas os jornalistas que nunca escreveriam isto.

São praticamente todas as classes profissionais, onde pode incluir, sem melindres, os professores.

José Domingos disse...

No blogue "Do Portugal Profundo", aparece o resto da história acerca do sr. Franquelim, antigo funcionário da sln, agora galilei e presidida por um aventalado. Estes indigenas, são piores que a gripe, estão em todo o lado, que corja.
mais triste, é o jornalismo de merda, que temos cá na pocilga e que não falam disto, ou então, perguntar ao inseguro, que parece uma virgem de coro de igreja, porque é que o aldrabão do teixeira dos santos disse que o bpn não iria custar um euro.
Era bom que esta espécie de fretes ou jornalismo, perdessem a mania de tentar criar a nossa realidade, ou no minimo, que fossem imparciais

Floribundus disse...

o estalinismo, o leninismo. o maoismo, o trotskiismo
e outros socialismos como o boxexismo, o socratismo, o segurismo
continuarão de vento em popa até à falência definitiva que está presente no dia a dia dos portugueses

infelizmente cerca de 2 milhões são verdadeiros abutres dos contribuintes e exigem ser bem pagos ou fazem gigantescas manifs.

estamos lixados

a disse...

Não há luta de classes. Os patrões são boa gente, sobretudo se forem "patriotas". Mas este é que não concorda (ele lá sabe): https://www.nytimes.com/2006/11/26/business/yourmoney/26every.html?_r=0

Nota: agradeço que publique o meu comentário, ao contrário do que fez com o anterior, embora seja livre de exercer a censura que bem lhe apetecer no seu "quintal".

Aladdin Sane disse...

Outro exemplo: pedem a demissão de Rajoy, mas o que "exigiram" a Lula da Silva aquando do "mensalão"?

josé disse...

a:

Não censurei comentário algum. Se foi apagado não terá sido por mim, embora tivesse apagado um comentário meu, em duplicado. Terá sido por engano? Se foi peço desculpa porque não apago comentários sem avisar. E muito raramente. Acho que só apaguei um ou dois, estes anos todos.

Quanto à luta de classes é mesmo assim: ha uma luta entre quem e quem?

Como é que se definem agora as classes? Os que têm e os que não têm dinheiro? É assim?

O Marx que ajude nesta coisa porque não percebo muito bem...

Unknown disse...

O que não se aguenta é este Jornalismo Militante que, sistematicamente, persegue tudo o que não seja de esquerda, mas é completamente complacente com a “outra barricada”...

Por exemplo, como é possível a extrema esquerda opor-se a um voto de pesar pelo falecimento do major-general Jaime Neves, mas tomar posições de solidariedade com ditaduras como Cuba ou a Coreia do Norte, e nenhuma das "virgens ofendidas" que enchem as redacções, se indignar com isso?!
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/02/momentos-que-definem-republica.html

Unknown disse...

Muito obrigado, José. Felizmente, o fascismo e o nazismo foram banidos como referência e como um valor a embalar certas utopias.

O mesmo não se deu com o socialismo. É espantoso! Não há, na história da humanidade — note bem: DA HUMANIDADE!!! — um modelo de gestão de sociedade que tenha custado tantas vidas, que tenha morto tantos camponeses e operários, que tenha causado tantos desastres ambientais. Não obstante, muitos ainda hoje o têm como inspiração alegando que o que se viu não foi o “verdadeiro” socialismo. Pois…entendo… o verdadeiro é o que não existiu…
Cabe perguntar, se o “falso”socialismo matou tantos milhões então quantos mais seriam necessários para construir o “verdadeiro?

josé disse...

Floriano Mongo:

Essas considerações são do mais puro senso comum. Que os comunistas, estranhamante, aparentam não ter.

Quando tinha os meus 18 anos ( logo a seguir ao 25 de Abril de 74) espantava-me sempre a argumentação dos comunistas que havia na associação cultural ( até o nome foi plantado pela esquerda) da minha terra. Muitas discussões tive com aqueles indivíduos que começavam a falar do socialismo científico como quem fala do evangelho.

Muitos deles, anos depois, zarparam para outros partidos mas alguns continuam como dantes.

zazie disse...

Um comuna puro (e agora até esta palhaçda cripto) respondia logo que muitos mais mortos fez o capitalismo

ahahahahah

Andam com essa k7 completamente imbecil.

Vale o mesmo que dizer-se que basta trocar alguma coisa para se morrer.

westerson disse...

caros,

é fácil derrubar essa caracterização das gentes que se consideram de esquerda. mas será uma caracterização correcta? aponto que há (muita) gente, grande parte relativamente nova, que se considera de esquerda social democrata, ou de esquerda de maneira geral - defendendo a implementação, pelo estado, de politicas direccionadas à melhoria da qualidade da vida da população. É isto a esquerda hoje em dia, em oposição a uma direita que defende um papel mínimo para o estado (onde o mínimo também vai variando). é esta questão que temos que discutir, se queremos avaliar os méritos dos argumentos da esquerda hoje em dia: que propostas é que nos oferecem para as funções do estado. mas é difícil ter uma discussão com quem caracteriza o outro lado da mesa (ou, porque não, o lugar ao lado?) como:

"O BE assim como o PC consideram-se herdeiros da “luta do proletariado”. Na verdade, herdaram do bolchevismo o amoralismo e a convicção de que tudo lhes é permitido e de que certas interdições são apenas instrumentos da opressão manipulados pelos seus inimigos."

cumps

josé disse...

"aponto que há (muita) gente, grande parte relativamente nova, que se considera de esquerda social democrata, ou de esquerda de maneira geral"

Isso é inteiramente verdade mas também o será que a dificuldade em fazerem a distinção, uma vez que é tudo Esquerda, advirá da falta de informação.

E a Esquerda comunista aposta na confusão porque lhe serve o desiderato de conseguir mais votos e militantes.

Por isso é que fazem a Festa do Avante e coisas assim.

josé disse...

Por isso é que a Esquerda consegue sempre mais votos por causa dos "pobrezinhos".

O apelo aos pobrezinhos resulta sempre, sempre em Portugal.

Mário Soares fez uma carreira à conta disso, exclusivamente.

josé disse...

Quando é um grandecíssimo burguês que detesta os pobres e a pobreza.

muja disse...

mas é difícil ter uma discussão com quem caracteriza o outro lado da mesa (ou, porque não, o lugar ao lado?) como:
"O BE assim como o PC consideram-se herdeiros da “luta do proletariado”
etc.

!!!

Não menos difícil é fazer o mesmo com quem apelida de "fascista", "fassista", "facho", "reacção", "colonialista", "social-facista", "capitalista", "nazi", etc, quem apenas e tão só não concorda com eles.

Ao menos o que o José diz é verdade comprovável e comprovada neste blog.
O que eles dizem é, por norma, mentira (como também neste blog se comprova).

A melhor maneira de compreender esses tipos é tomá-los pelo oposto do que dizem. Se dizem que querem dialogar, é certo que o que querem é fazer desaparecer o diálogo e, possivelmente, os "dialogantes". Se dizem que defendem a liberdade, é certo que a querem limitar: a liberdade deles não é a dos outros, e para a deles ser total, a dos outros tem que ser limitada. Se dizem defender os trabalhadores, é certo que o objectivo é prejudicá-los, pois ainda está para chegar o país que o comunismo e derivados não tenha empobrecido, distorcido, e desbaratado tornando-o presa fácil para a depredação económica do capitalismo de especulação: o anti-trabalho por definição.

muja disse...

Essa malta que diz ser de esquerda (social, ou o que seja; chamemos-lhe light vá), não sabe o que diz. Não é que seja tola. Mas está equivocada.

Por uma hábil e entrincheirada propaganda (por detrás da qual está, na realidade, o liberalismo económico internacionalista), a esquerda surge como a maior (quando não única) defensora de certos valores a que as pessoas são ainda sensíveis.

Quem não é por mais justiça? Por menor exploração, por mais prosperidade, por mais paz, por mais igualdade* e liberdade*?

São estas as coisas com que essa gente é enganada. São os coutos políticos da esquerda, que o liberalismo se encarrega de vedar a arame electrificado.

Na realidade, que é dizer: na práctica, nada disto se verifica. Quando no poder, esses valores e essas causas são rapidamente "enfiadas na gaveta", para que se possa lidar, por um lado, com a realpolitik; e por outro, porque não passam de cavalos de Tróia para introduzir outras causas, às quais já não é líquido que a maioria das pessoas adira de tão bom grado: casamento gay, aborto, toda a sorte de barbaridades na instrucção pública (ao ponto de hoje haver confusão semântica entre instrucção e educação), etc.

Ou seja, esses valores universais, digamos assim, servem para introduzir (e fazer vingar) as causas "fracturantes".

Mais uma vez, aí estão eles a fazer o contrário do que dizem: usam os valores universais que unem as pessoas, como veículo para as dividir, pois é através do grande alarde que põem na defesa aparente desses valores que conquistam o poder (são os tais votos por causa dos "pobrezinhos" de que o José fala).

westerson disse...

mas o que a "esquerda" é, vai variando com o tempo.. e acontece o mesmo com a "direita". são rótulos para caracterizar massas de opiniões mais ou menos homogéneas, mas estas vão evoluindo com tempo. se concordamos em caracterizar a "esquerda" da maneira que é feita neste blogue, então não há como discordar do asco que ela merece. mas o que é a esquerda hoje? qual o seu minimo denominador comum? pelo que é lido aqui no blog, parece que é o estalinismo.

westerson disse...

ou pelo que é lido pelo mujahedin, esquerdistas são robos maquiavelicos com o objectivo de tomar o poder, dividir as pessoas, introduzir o aborto e casamento gay, prejudicar os trabalhadores, limitar a liberdade de expressão, além de mentirosos compulsivos que não vale a pena debater.

muja disse...

Engana-se.

mentirosos compulsivos que não vale a pena debater.

Este é o primeiro equívoco: precisamente por serem mentirosos (não são compulsivos, é método) é que importa debater. Mas debater a sério. Debater os próprios fundamentos das ideias. Boa sorte se o tentar fazer pessoalmente com um deles.

Quanto ao que é esquerda, é fácil: esquerda são eles. Direita, por eles, são todos os outros.

Na realidade, já não há direita. A direita do antigamente: conservadora, nacionalista, anti-jacobina, já não existe como movimento ou força político-social. E mesmo nessa altura, a direita não era mais que a anti-esquerda: a reacção. Porque havia que reagir, como hoje se comprova.

"Direita" é o que eles usam para designar genericamente os "outros". Os que não concordam. Repare que quem não abdica de etiquetas são eles. São eles que continuam a auto-denominar-se "esquerda". Que falam em valores de "esquerda". Ouve alguém a falar de valores de "direita"?

A verdade é que isso é estratégia. Como a "esquerda" é protegida pelo estereotipo do bom-esquerdista que os media criaram, enquanto eles estão sob essa égide, ninguém os questiona no fundamental: qual é a relação entre as ideias "de esquerda" e a práctica "de esquerda"?

westerson disse...

pa, mujahedin, não dá pa discutir contigo, estrutura um pouco esse discurso.

deixo uma ideia: o que leva alguém a preferir, de maneira geral, os textos dum daniel oliveira ou rui tavares, em oposição aos textos dum alberto gonçalves ou henrique raposo? esse alguém é necessariamente de esquerda?

muja disse...

Agora quantos no meio deles são verdadeiros crentes e quantos são apenas hipócritas do maior calibre? Não sei. Mas também interessa pouco. Ninguém aqui advoga reuni-los no Campo Grande (ao contrário da "esquerda"), pelo que não há necessidade em os distinguir.
O que haveria a fazer era retirar-lhes o poder e a influência na sociedade e evitar que continuassem nos propósitos deles. E para isso não importa se são hipócritas ou otários.

Mas há uns que importa distinguir sim. Se os media estão infestados de esquerdalha, não é menos verdade que são propriedade do grande capital (que é feito de pessoas, não esquecer).
Ora sendo este, em teoria, o grande inimigo da esquerda e dos trabalhadores, é bizarro que tantos esquerdistas se disponham a colaborar com ele, mas é completamente estapafúrdio que o grande capital, sabendo disso, continue a deixar os seus piores inimigos infiltrar a sua propriedade... a não ser que... os inimigos o não sejam realmente.

A não ser que os verdadeiros hipócritas, os verdadeiros manipuladores, os verdadeiros maquiavélicos sejam, não a esquerdalha de combate, de sapa, mas os liberais que a protegem quando, na teoria, são os seus piores inimigos! E porquê? Porque sabem as consequências nefastas (para a generalidade das pessoas) do esquerdismo, que para eles são ideais:
- um Estado esgotado e corrupto, portanto fraco
- uma distorção ou mesmo inversão dos valores tradicionais,
- um sentimento e espírito de corpo nacional débeis ou inexistentes
- uma cultura de mediocridade devido à raíz profundamente relativista da esquerda

Tudo isto são condições ideais para o chamado capitalismo selvagem se instalar e proceder à exploração das pessoas, submetendo tudo e todos à implacável lei do lucro, normalmente especulativo.

A esquerda é tropa de assalto do liberalismo. Não quer dizer que estejam todos (os de topo estão, claro) de conluio e que seja uma grande conspiração. Não. Mas tal é a cegueira imbecilizadora com que esses esquerdistas seguem a sua religião (da qual tivemos um elucidador relato a propósito do caso daquele rapaz chamado Alexandrino), que não se dão conta que estão a ser manipulados e que, uma vez finalizado o trabalhinho, serão disposed of (umas vezes mais facilmente que outras) e passarão a comer sapos. Tal como aconteceu em Portugal.

Tudo isto é muito pelo geral evidentemente, nem é possível resumir assim estes assuntos. Mas é a minha interpretação e penso que já estive mais longe da verdade.

muja disse...

deixo uma ideia: o que leva alguém a preferir, de maneira geral, os textos dum daniel oliveira ou rui tavares, em oposição aos textos dum alberto gonçalves ou henrique raposo? esse alguém é necessariamente de esquerda?

Eu sei lá. Depende dos textos. Se é de textos que estamos a falar.

Se é de preferir pessoas, também não sei. A idiotice? Para mim são todos mais ou menos a mesma coisa e normalmente não leio nem uns, nem outros (esse Alberto não sei quem é).
Nunca li nada deles que não fosse ideia feita do respectivo clube de cada um.

O Foribundus diz mais nos seus breves comentários que esses escribas mais todos os seus textos juntos...


westerson disse...

a grande luta pela justiça e paz no universo está-te a esgotar e a sobrecarregar uns fusiveis, mujahedin. acalma-te e tira umas longas (anos!) férias disto tudo.

Floribundus disse...

a

muja disse...

Está a esgotar porquê?

A minha luta não é pela justiça nem pela paz universais.

Descobrir a verdade já é suficientemente difícil.

lusitânea disse...

Ser de esquerda é acima de tudo "luta".Claro que a maioria das vezes lutam para o lado em que estiverem virados.Lutaram para "descolonizar" como agora lutam para nos "colonizar".Eu sou e serei sempre e absolutamente contra quem não considere a Nação na sua vertente de coesão genética,social e cultural.E quem não alinhar nisto é de considerar logo como traição...

Streetwarrior disse...

Mujaedin, repara na contradição do que dizes.


"Essa malta que diz ser de esquerda (social, ou o que seja; chamemos-lhe light vá), não sabe o que diz. Não é que seja tola. Mas está equivocada.

Por uma hábil e entrincheirada propaganda (por detrás da qual está, na realidade, o liberalismo económico internacionalista), a esquerda surge como a maior (quando não única) defensora de certos valores a que as pessoas são ainda sensíveis"

Bom, o liberalismo económico Internacional, é tudo o que a Esquerda se diz contra, tu afirmas que a propaganda politica que a Esquedra utiliza para "capturar" os " burgueses Lights" é maipulada pelos Lobys do Liberalismo económico...
Então, no fundo, estás a dizer que o que a direita(ou aqueles que se afirmam liberais) fazem, nada mais é que jogo sujo politico, manipulando a opinião publica com uma imagem daquilo que a Esquerda sempre disse que nunca se comprovou...o "verdadeiro Socialismo "
Chegas ao ponto de escrever isto...
"A esquerda é tropa de assalto do liberalismo."
No que ficamos afinal?

Depois escreves que não dá para dialogar com Esquerdistas pois os mesmos, apelidam tudos os outros por fascistas,fachos e por ai vai mas em dialogo com o Miguel, nada mais fizeste que colocar etiquetas, esteriotipos, afirmamdo que todos eles são idiotas iguais desta forma....
"Se é de preferir pessoas, também não sei. A idiotice? Para mim são todos mais ou menos a mesma coisa e normalmente não leio nem uns, nem outros "

Por isso o Miguel te mandou tirar Férias.

Já agora eu gostava de saber só mais uma coisa...que verdade procuras!
A Tua...a dos " Outros "!
È que há muitas verdades para ai...e mentiras também!

muja disse...

Eu devo estar a escrever em turco...

Onde é que eu disse que não se devia "dialogar", fosse com quem fosse? Escrevi precisamente o contrário!

Mas não é só "diálogo" e "debate", é preciso sobretudo confronto.

E apelidei de idiotas quem prefere um desses tipos que foram mencionados a qualquer um dos outros. Porque escrevem todos a mesma coisa.

E é necessário distinguir a esquerda empedernida das pessoas que dizem seguir os valores de esquerda. Entre os primeiros há os metidos até ao pescoço na tramóia e os idiotas úteis (os descartáveis), os segundos é gente perfeitamente manipulada logo a começar por um vocabulário político nebuloso, mais uma herança da Revolução.
De cada vez que falo com essas pessoas, acabam sempre a concordar comigo em cada ponto particular e bem definido, mas resistem "no geral". A confusão começa logo nas definições dos conceitos. Daí à relativização das coisas é um passinho.

E mantenho tudo o que disse acerca dos liberais.

Bom, o liberalismo económico Internacional, é tudo o que a Esquerda se diz contra, tu afirmas que a propaganda politica que a Esquedra utiliza para "capturar" os " burgueses Lights" é maipulada pelos Lobys do Liberalismo económico...

Exactamente. Excepto uma coisa. O liberalismo económico não é a única coisa a que a esquerda é contra: também é visceralmente contra a tradição e o conservadorismo. Contra a religião e moral. Contra a coesão cultural e étnica. Contra um Estado fundado nos princípios tradicionais e naturais de uma Nação.
E é por isto que são manipulados pelo liberalismo dos senhores do dinheiro. Porque essas coisas também lhes não agradam. Estorvam a ambas as partes: à esquerdalha porque se opõe ao seu controlo totalizante das vidas das pessoas, e aos liberais porque lhes dificulta poderem especular e usurar à vontade.
Na verdade ambos procuram manipular-se um ao outro, mas os senhores do dinheiro levam a melhor, porque não são brutos e não sofrem de cegueira ideológica. Sabem muito bem o que fazem e, para todos os efeitos, dispor de tais quantidades de dinheiro dá uma vantagem difícil de igualar.

Então, no fundo, estás a dizer que o que a direita(ou aqueles que se afirmam liberais) fazem, nada mais é que jogo sujo politico, manipulando a opinião publica com uma imagem daquilo que a Esquerda sempre disse que nunca se comprovou...o "verdadeiro Socialismo "

Mas não há direita! Não é V. que no post acima vem acusar o José de não dizer nada acerca do TGV, e que estes não são diferentes dos ratos? Pois aí tem! Qual é a dúvida?

Porque é que essa direita liberal convive sempre melhor à esquerda do que à direita? Porque é que os democratas liberais toleram muito mais uma extrema-esquerda que sabem ser anti-democrata do que até uma direita democrato-céptica? Porque é que discutem alegre e enfastiadamente (é mesmo assim, é gente de paradoxos) no parlamento com gente que, tanto quanto sabem, os mandava fuzilar no dia seguinte a obter o poder?
Porque é que a seguir a um período de esquerdismo a sério (não liberal, não democrata) vem um regime plutocrático sempre?

A esquerdalha é detestável e detestada se revelada a sua verdadeira face. Acho que aqui ninguém tem dúvidas disto. Pois o que eu estou a dizer, é que o liberalismo, que não é mais que a filosofia do dinheiro e dos donos dele, protege a verdadeira face da esquerda porque lhe convém (isto para não falarmos de que a esquerda, filosoficamente, é filha do liberalismo. mas eu não sei o suficiente para discutir nestes termos).
E convém-lhe porque uma esquerda forte significa um Estado e uma Nação fracos. O que significa, nem que seja a prazo, uma classe plutocrática forte.

muja disse...

Verdade é a verdade.

E há uma apenas. Não há várias. Porque senão não valia a pena ligarmos a nada, ou quê?
Para quê, tanto trabalho a investigar, a procurar, a julgar, a indagar, a apurar? Para quê, se há múltiplas verdades?

Eu não vou nisso. Há uma variedade de graus de ignorância, e eu procuro reduzir a minha. É essa a minha luta e é nesse sentido que procuro a verdade.

westerson disse...

mujahedin, vives numa bolha que confundes com o universo. que provas suportam as tuas certezas? que provas tens desse complot onde a esquerda é manipulada por uma elite liberal que a usa com o fim de destruir a coesão social e assim conseguir implementar uma utopia de mercado livre?

é que se não baseias uma opinião deste calibre com factos que não deixem espaço para outras interpretações mais prováveis, enfim, serás qualquer coisa como um lunático

zazie disse...

Olha, ainda ontém tive um exemplo prático da hipocrisia escardalha e dos socialistas que se fazem passar por anti-liberais.

Uma instituição (não interessa agora para o caso, o nome) foi inicialmente financiada, nuns 10% ou menos, por ministérios, em tempo de governo PSD. Nessa altura, o contrato justificava o pequeno apoio estatal com explicações da sua relevância na área e naquilo que fornece à população.

Depois, veio o governo PS- o primeiro do Sócrates e o texto do contrato mudou- a justificação para esse financiamento passou a ter exclusivamente um nome:

ser competitiva

Ser competitiva, até com o próprio Estado, já que este é um grande competidor.

E agora, a partir daqui, se não entrar no parâmetro da "competitividade liberal", pode deixar de ter a ajuda "neo-liberal" que o PSD facultou com critérios racionais e sem nada de liberalismo e competição de mercado.

zazie disse...

Portanto, esta conversa nem interessa para grande coisa pois, na prática, está-se a debater as etiquetas que as pessoas agora gostam de ter para dizerem que pertencem a qualquer clube.

Mas depois, esquecem-se que esses clubes, em termos abstractos, não existem, o que existe são partidos com práticas que trocam as etiquetas a todos os anjinhos.

zazie disse...

A escardalhada e os neotontos são duas faces da mesma moeda.

Isso já foi mais que explicado pelo Dragão, há muito tempo e, eu própria, sempre que posso, lá lhes esfrego na focinheira a evidência.

Porque vêm todos do mesmo internacionalismo e do mesmo homo-economicus, e da mesma fezada nas leis da economia a chegarem ao fim da História e a terraplanarem o mundo; ou a recriarem-no ad hoc.

zazie disse...

Na prática, em matéria de governação, nunca houve qualquer neoliberalismo no Poder.

tem é havido crises socialistas com mais saque que outras e sempre, sempre, em nome dos coitadinhos.

A factura é paga por todos, incluindo os que nem votam, mas a escardalhada tem sempre aquela fezada que as asneiras em nome dos pobrezinhos, não são asneiras, porque os maus são os capitalistas, os ricos, que nunca, por nunca, podem ser marca de esquerda, ainda que os banqueiros em Portugal, também tendam a ser socialistas e de esquerda, porque esta tende a ter mais poleiro.

zazie disse...

Na minh experiência de vida, apenas posso confirmar uma coisa-

Um rico de esquerda, um patrão de esquerda, um tiranete de esquerda, um poderoso de esquerda, é sempre mil vezes pior e mais hipócrita.

Em não tendo essa tara de falar sempre em nome dos coitadinhos, se sacar, é por questão de falta de carácter e o saque não vem com verniz social.

Se sacar e roubar em nome dos pobrezinhos, é um benemérito, que lá tem também direito às suas pequenas fraquezas, porque divide sempre para reinar. E usa a cenoura ideológica para ter mesnada pela trela.

zazie disse...

Ideológica e não só- usam todas as cenouras, principalmente as que sabem bem aos que gostam de se "dobrar ao mundo" e encher a pança.

zazie disse...

E depois, como disse este Ulrich, têm sempre a mania que a superioridade moral é deles e todos os que não são de esquerda, moralmente têm de ser corruptos, ou suspeitos de defeitos dos quais, geneticamente, eles estão a salvo

muja disse...

que provas suportam as tuas certezas? que provas tens desse complot onde a esquerda é manipulada por uma elite liberal que a usa com o fim de destruir a coesão social e assim conseguir implementar uma utopia de mercado livre

Mas quais certezas? Eu disse que é a minha interpretação das coisas. E disse também que acho que já estive mais longe da verdade.

Mas provas? Bom:

- existe, ou não existe, uma elite liberal?
- está ou não está a coesão social a desaparecer?
- vamos, ou não vamos, a caminho de uma "utopia" (eu chamar-lhe-ia distopia) de mercado livre?
- é, ou não é verdade, que, ao fim de contas, a esquerda faz mais pela causa liberal do que contra ela?

Que provas é que quer? Um papel com o pacto secreto assinado a sangue entre o Conselho Liberal for World Domination e o Comité Central das Gauches Unies e testemunhado pelo Diabo em pessoa?

Tenha dó. Se não consegue pensar pela sua cabecinha e analisar a realidade e o que se passa à sua volta, não me venha agora acusar de ser um lunático.
E mesmo que fosse, que diferença fazia? Diga-me lá, onde é que a minha interpretação falha? Isso está bem, e a gente discute.

Isto é uma conjugação entre forças, entre tendências, entre visões e, sobretudo, entre interesses. O que eu digo é que interesses que na aparência são antagónicos, concorrem na realidade para o mesmo fim.

E eu é que sou o tipo que não quer dialogar...

hajapachorra disse...

A discussão sobre a superioridade moral de alguém, de esquerda ou de direita, preto ou azul, retro ou pogre, é completamente absurda. Todos os homens e mulheres são uma merda. Uma trampa que se pode salvar, mas uma trampa. É claro que não há diferenças entre um sacana de direita e de esquerda, quando não matam, roubam ou mentem com o mesmíssimo à vontade. Sempre em nome do bem. Claro, toda a gente faz o mal em nome do bem. Todos são hipócritas, claro. E ainda bem. Eu gosto da puta da hipocrisia. Significa que ainda se tem algum sentido da decência, alguma capacidade para distinguir o bem do mal. A maior filha da putice é esta coisa moderna de 'assumir'.

zazie disse...

Por acaso é verdade. O MEC escreveu um texto muito engraçado, acerca dessa falta de vergonha que depois se chama "assumir".

Mas, neste caso não se tratava de nada parecido mas da ideia que a superioridade moral pertence mesmo à Esquerda em função dos tais ideais de que se afirmam detentores.

zazie disse...

E a hipocrisia anda tem a ver com vergonha mas com poltranice.

O Público activista e relapso