domingo, fevereiro 03, 2013

Jornalismo português: a matriz esquerdista da tribo

Em 16 de Maio 1975 o O Jornal publicou esta página onde dava conta do panorama jornalístico português na época e da dança de cadeiras nas redacções. Lendo os nomes verificamos que durante décadas fomos dominados mediaticamente por uma imprensa e um jornalismo de esquerda, essencialmente. Foram estes jornalistas quem teceu a arquitectura intelectual do discurso narrativo e histórico que serviu de base para o edifício educacional português dos livros escolares oficiais e não só. Qualquer programa televisivo que verse sobre acontecimentos históricos dos nossos últimos quarenta anos tem que levar o "imprimatur" intelectual destas pessoas que legaram a outros a mensagem politicamente correcta.
É assim que se deseduca um povo e é assim que se atropela a História e a realidade. Se somos o que somos, devemo-lo em grande parte a esta gente que pensava e continua a pensar com bordões de esquerda e a actuar em conformidade.
Nenhum país da Europa passou por esta experiência e por isso não somos verdadeiramente europeus, intelectualmente. Ainda " Somos um povo que cerra fileiras, parte à conquista do pão e da paz." , como cantava a canção da gaivota da esquerdista Ermelinda Duarte em 1974. Como ela..."Somos livres, somos livres, não voltaremos atrás."
 Foi esta mentalidade que herdamos ( quem herdou, ou seja a maioria da população que vota e por isso continua a dar maiorias a PS e assim) desta gente que nos conduziu por três vezes à bancarrota. Pagamos incomensuravelmente mais impostos hoje do que jamais no tempo de Marcelo Caetano que ainda por cima tinha despesas de guerra que levavam 40% do Orçamento e esta gente nem entende o fosso que os separa daquilo que continuam a chamar de "fassismo".

Ao longo dos anos, os jornalistas mudaram de cadeiras e mesas e até casas editoriais. Porém, de mentalidade nunca mudaram, essencialmente. E ensinaram os mais novos, as lourenços e quejandos que replicam a mentalidade à saciedade. Como se comprova por estas fichas redactoriais. A do Expresso não está aqui porque o jornal não tinha ficha redactorial para além do nome no cabeçalho, muitas vezes "director interino". Deve ser o que fazia todo o jornal, se calhar...


Politicamente e até socialmente, foram estes, essencialmente e a que se juntam os colegas televisivos, frequentemente saídos dos jornais,  os pais da opinião pública nacional, durante décadas.
E não se ficaram por aí. Em 1978 a mesma tribo organizou um jornal de espectáculos chamado Sete. Durou anos e anos e foi muito importante para marcar a opinião cultura, esquerdista, naturalmente.
Se tivermos de pedir responsabilidades sociais a grupos concretos de pessoas, pelo estado calamitoso a que chegamos, podemos pedí-las a esta gente. Como não se darão por achados, continuaremos a caminhar alegremente para o abismo.
Só me pergunto o que merecemos como povo para termos esta desgraça colectiva como castigo.


15 comentários:

José Domingos disse...

O labrego povo português, a votar nisto, uma grande parte dos votantes, t~em que votar nesta partidocracia, se quizerem manter as mordomias, os carros e os cartôes. O povo vende-se barato.

Floribundus disse...

a gaja cantava
'uma gaivota voava, voava
filha da puta não mais se cansava'

o 'sol brilhou para todos eles' os contribuintes ficaram às escuras.

o assalto aos órgãos de comunicação socialista, universidades, lugares de funcionalismo público deram em 3 falências do rectângulo, sendo esta definitiva.

o centro e a direita preocupam-se apenas em enriquecer.

a rataria anda esfaimada.

os contribuintes vão pagar os 4 mil milhões

venham a China, Angola, Brasil, Áabes e tomem conta disto

lusitânea disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
lusitânea disse...

Os papagaios que dão substrato à política do "tudo e do seu contrário".Ao estilo de no fassismo o império era mau porque tudo o que tinha preto não era nosso e agora na democracia a caminho do socialismo a pátria já pode ser onde nos sentimos bem e nos pagam...
Com o império agora só cá dentro e por nossa conta os "progressistas" das lojas maçónicas e antigos internacionalistas do PCP vão ter que explicar aos "seu" zé povinho o que é que andaram a fazer.Mais tarde ou mais cedo porque o zé povinho não é tão burro como o pintam e tanto quanto me apercebo não quer de facto ficar mais escurinho e africanizar, isto é ganhar menos para outros ganharem mais numa sucessão infinita...que pelos vistos só a "extrema -direita" garante acabar...

3 de Fevereiro de 2013 à0 23:29

Unknown disse...

Um dia, gostava de ter o conhecimento e o talento para escrever isto...

Transcrevi para aqui:
http://jornalismoassim.blogspot.pt/
Obrigado.

Anónimo disse...

O mesmo "Se7e" que escreveu que Heróis do Mar era um "grupo fascista".

josé disse...

Não me lembro dessa mas como tenho muitos Setes um dia destes vou procurar.

Anónimo disse...

Procure no mês de Novembro de 1981, deverá ter sido por essa altura. Ando a matar a cabeça a ver se me lembro do autor do artigo; pela ficha técnica que incluiu no seu texto não me pareceu que fosse qualquer dos nomes que lá vêm.

josé disse...

Terá sido o Gobern?

josé disse...

Tenho um Sete com uma entrevista extensa ao Carlos Cruz em que o mesmo se estendia largamente sobre a sua vida íntima porque o título a toda a largura da primeira página era " A vida sexual de Carlos Cruz"..
Palavra.

Flávio Santos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Não tenho ideia que tenha sido o Gobern. Descobri um link (http://www.museudoboom.comyr.com/dia_23.php) em que falam de um António Duarte mas não sei se foi ele que escreveu a diatribe no Se7e ou "apenas" no livro de que lá se fala.

Anónimo disse...

Que anedota, essa entrevista do Carlos Cruz. Só de pensar que eu não perdia um Pão com Manteiga (programa de rádio e revista)... :-( Talvez a minha juventude de então me desculpe...

josé disse...

Separemos as coisas: o Pão com manteiga tinha alguma graça mas não era dos programas incondicionais. Porém, Carlos Cruz foi uma figura de muitíssimo relevo no panorama mediático. Isso ninguém lho tira e apesar de estar agora na giena, convém separar as coisas e reconhecer valor a quem o tem.

O ZIP foi um bom programa, inovador e interessante. De resto não me lembro de mais nenhum, a não ser o de ter sido responsável pela vinda da telenovela Gabriela para Portugal. Será que isso faz do indivíduo um génio?

Anónimo disse...

Eu percebo o que quer dizer mas é natural que se sinta arrepios ao pensar que na mesma época em que o PcM ia para o ar esse indivíduo fazia o que se sabe com pobres crianças que ficaram com a vida arruinada para todo o sempre.

A obscenidade do jornalismo televisivo