sábado, outubro 26, 2013

Jerónimo e a reserva de índios ( m-l)

O PCP continua o mesmo de sempre. Em 40 anos nada mudou de substancial  e nada esqueceu de relevante.

A entrevista de Jerónimo de Sousa ao Jornal de Negócios deste fim de semana é uma prova disso mesmo. Jerónimo, o chefe da reserva de índios comunista que ainda existe no nosso país ( ao contrário dos demais europeus em que os comunistas estão relegados para as relíquias históricas fossilizadas) começa logo por tranquilizar o jornalista, aliás demasiado "suave", dizendo que "não vos passo o atestado de que não estão preocupados com o nosso país, claro." Não passa atestado particular mas passa a vida política a passar atestados públicos em que ataca a iniciativa privada como modo essencial de produção de bens e serviços, com a mesma linguagem de sempre que fossilizou nos "monopólios", no "fassismo", nas "conquistas de Abril", etc etc.

Jerónimo lembra o que foi o PCP, surgido logo na Primeira República. "Um partido com experiência própria", citando Cunhal. E que experiência! Um ano e meio de poder político de influência determinante que conduziu directamente Portugal, de uma situação economicamente estável, em 24 de Abril de 1974, a uma bancarrota,  dali a dois anos. Já nem dinheiro tínhamos para comer, como titulava então O Jornal...e Medina Carreira se deve lembrar muito bem porque era ministro das Finanças.

Não obstante, Jerónimo quer agora mesmo repetir a receita. Defende a "renacionalização, por processo negociado ou outro"...e está-se mesmo a ver qual é o "outro". E quando lhe dizem que o Estado gere mal, o que se torna uma evidência verificada em todos os países que passsaram pela experiência comunista, Jerónimo não desarma: gere porque os gestores são mal intencionados e acabam por defender os interesses dos grupos privados. Em Portugal, depois das nacionalizações de 1975 também foi assim?

Quanto ao comunismo português, é original. Sempre foi, defende Jerónimo. Tão original como todos os outros....e é este o argumento chave de sempre, para os comunistas. Os erros do comunismo na antiga União Soviética não se repetiriam aqui, porque os comunistas portugueses são diferentes. mais sábios, mais chicos-espertos e mais capazes. Os outros estragaram tudo mas os portugueses desenrascados tipo Jerónimo estão cá para salvar o país da miséria e do empobrecimento. Tal e qual como fizeram em 1975, com os resultados brilhantes da primeira bancarrota em mais de cem anos. Seguida por outra, dali a dez anos e agora a nova versão, com a Constituição que ainda nos manda a caminho do socialismo e que Jerónimo quer salvar a todo o custo.
É por isso que Jerónimo continua a ser um marxista-leninista, porque " essa ideologia dos ensinamentos de Marx e de Lenine continua a ter grande actualidade, mas não numa visão fechada. Lenine ensinava que a prática sem teoria é como um cego, mas a teoria sem a prática é como um cadáver".
O cadaver de Lenine, aliás, continua exposto na Praça Vermelha, em Moscovo, embora se fale na sua inumação definitiva como fóssil que já é.
Por cá, os índios continuam na reserva,  preservando os seus rituais, os seus costumes e os seus cânticos para mandar vir chuva.
Actualmente é sobre o "empobrecimento", a troika e os monopólios que não temos. As "grandes empresas monopolistas" que o PCP decapitou em 1975 nunca mais se recompuseram do mesmo modo; os capitalistas de então continuam a ser vilipendiados e só se salvam os "pequenos e médios empresários", precisamente aqueles que pior pagam, que menos direitos concedem aos trabalhadores e que dão pior imagem do capitalismo. O PCP adora-os, porque tal lhe serve de caução para anganar o povo. Como sempre,. seguindo a teoria de Lenine, dos passinhos atrás para dar vários em frente...assim surja a oportunidade. Os coveiros do país em 1975, continuam a puxá-lo para a mesma cova onde fossilizaram. E o povo faz de conta que são democratas...


6 comentários:

lusitânea disse...

500 "intelectuais" vão homenagear o Cunhal na faculdade de letras de Lisboa, uma sucursal da Academia das Ciências(recuada) da ex-URSS.
E a dita "direita" sem interesse em trazer os arquivos roubados na DGS nem ir ver nos arquivos Russos a "colaboração" do PCP no nosso afundamento como NAÇÃO
A traição é bem paga...

zazie disse...

A treta da manif tinha uns gatos pingados no Rossio e o Público fala em milhares.

Cambada.
E sempre os mesmos fósseis- o comuna do Ramos de Almeida filho a fazer de jovem independente.

Unknown disse...

José, os nossos comunas são iguaizinhos aos seus ancestrais: portadores de uma ideia genocida para o mundo e que Hannah Arendt juntou no mesmo tribunal – o comunismo e o nazismo – como os dois totalitarismos que sacudiram o século 20. Arendt excluiu o fascismo dessa classificação.

O fascismo, que os comunas tanto enchem a boca, concretamente o italiano, com toda a rigidez do seu autoritarismo, nada fez de comparável ao que estes dois irmãos siameses fizeram.

Segundo Arendt, o fascismo não pode ser enquadrado legitimamente na categoria de "totalitarismo", uma vez que o governo de Mussolini jamais tentou sequer obter o controle total da sociedade italiana, ao contrário, tolerou a existência de dois poderes como a Igreja e a monarquia.

O emprego sistemático do genocídio como instrumento de governo foi invenção comunista.

O fascismo nasceu como mera imitação nacionalista de tradicionais métodos de acção comunista. O comunismo não precisou de esperar o advento do seu parente fascista para ser aquilo que é: um movimento intrinsecamente terrorista, assassino e genocida. E, como o original supera sempre a cópia, o fascismo, com todo o seu apetite por violência, jamais pôde competir com os comunistas no campo da crueldade organizada. Somem-se as vítimas de um e de outro, e verão que, com guerra e tudo, o fascismo não conseguiu matar a quarta parte do número de pessoas que o comunismo matou EM TEMPO DE PAZ.


Antes de Marx e Engels, nenhum ideólogo jamais propusera a liquidação de "povos inferiores" ( Marx dixit) como prática deliberada e condição indispensável para a instalação de um novo regime. Nem mesmo Maquiavel havia pensado em algo semelhante.

O genocídio é criação genuína do movimento socialista, e muitos anos decorreram antes que uma dissidência interna desse movimento desse origem ao fascismo e depois ao nazismo, que tardiamente adoptou a fórmula do morticínio salvador então já posta em prática por Lenine na URSS.

Isto confirma a mentira sobre a qual os comunistas construíram as suas vidas: a mentira de que o oposto do socialismo é ditadura, é tirania, é nazifascismo como se todos não fizessem parte da família socialista. Não foi por acaso que o regime de Hitler se denominou "nacional-socialista" e Stalin chamava-o, com razão, "o navio quebra-gelo da revolução".

Por isso mesmo, é uma monstruosidade situar nazismo e fascismo na extrema-direita. Pertencem todos à esfera socialista.
O que há de mais radicalmente oposto ao socialismo é a democracia liberal. Esta sim é a única verdadeira direita.

Lura do Grilo disse...

É confrangedor o conhecimentos dos jovens do que foi o PREC. Muitos não sabem o que foram as FP-25. Jovens com 25 anos e mesmo mais não sabem absolutamente nada sobre a caça à bruxas, as listas de morte, as ameaças, as prisões sem mandato a qualquer hora do dia e a destruição da economia nacional. Tudo isso está arredado da Escola. Eu em casa explico com detalhe aos meus filhos. O meu sogro também. Mas esta ocultação miserável do passado recente pelo sistema de ensino, as nuvens de pó de "fassismo" que os media sempre agitam arriscam a tornar estes índios uns ídolos diante de uma juventude tola, grandemente ignorante e quase sempre manipulada ou manipulável.

Maria disse...

O comentador Lusitânia tem toda a razão. O que é que impede que exijamos a devolução dos arquivos da Polícia Política que foram surripiados secretamente pelos revolucionários/comunistas/socialistas/maçons da altura - com a conivência explícita e implícita dos militares que se venderam ao bando assassino - por, como se deduz sem contestação, quererem ocultar as ligações perigosas entre uns e outros. O que eles temem de um modo atroz é que a verdade nua e crua venha à tona. Como já é do conhecimento geral, veio nas notícias, houve comunistas e socialistas ao mais alto nível que fingiam lutar contra o regime e em simultâneo colaboravam à socapa com a polícia política. Todas estas traições ao Povo português têm que ser desmascaradas e, queiram ou não queiram os traidores, mais tarde ou mais cedo sê-lo-ão.

Isto, para que por fim Portugal se liberte da atmosfera pestilenta que o asfixia vai para quarenta anos e volte a respirar o ar despoluído que lhe foi diabòlicamente sonegado, obra de sanguessugas e abutres que não só feriram de morte as nossas Independência e Soberania como amarfanharam sem a mínima compaixão ou resquícios de misericórdia a alma boa dos portugueses, atingindo-a tão profunda e gravemente que muito difìcilmente terá remissão.

Assim, para que volte a haver paz social e espiritual no nosso País e no nosso Povo é de crucial importância que os Arquivos da Polícia Política voltem ao nosso País, pois os mesmos já estão desclassificados há muito tempo. Enquanto tal não se puder verificar e em alternativa, que eles sejam consultados in loco por personalidades totalmente independentes da política e cìvicamente acima de qualquer suspeita.

Floribundus disse...

das 17 às 18h havia uma fila maior em frente da porta principal da praça de touros do Campo Pequeno para adquirir bilhetes para um espectáculo de música pimba

as minhas lentes cromáticas não me permitiram ler

raciocinam melhor e estão mais polidas as pedras da calçada da rua onde moro junto ao estádio dos índios

os sacanões do branca de neve vão pedir a canonização de são barreirinhas

as sobrancelhas não lhe deixavam ver o mundo
nem antes nem depois da queda da urss