O Expresso da Impresa Sic deu agora em veículo de propaganda comunista, em prol do PCP.
O Expresso dirigido por esse Incrível Ricardo Costa, filho de antifassistas requintados, a par do Público dirigido por uma senhora filha de antifassista preso pela DGS e neta de antifassista preso pela PIDE têm um background comum: o antifassismo militante que o PCP acapara há quarenta anos.
Num reflexo condicionado por uma aparente crise de meia idade, estas pessoas, bem como uma parte significativa dos jornalistas portugueses, retomam sempre o velho filão da luta contra o fassismo de Salazar que houve por cá no tempo em que os seus familiares directos eram perseguidos e presos.
Era um fascismo postiço e daí ser fassismo, mas tanto faz porque a palavra mágica, introduzida há quarenta anos no léxico do português corrente, serve-lhes às mil maravilhas para caucionar o apoio a partidos "democráticos" como o PCP.
O PCP, para essas pessoas, é um partido essencial à democracia burguesa mesmo que a queira eliminar para a substituir pela democracia popular, de partido único e excludente de qualquer veleidade de oposição ou aparentada a algo bem definido e que todos os dois meses aparece na revistinha O Militante.
O PCP tentou destruir a democracia burguesa em 1975 e só por um triz não o conseguiu, mergulhando Portugal numa guerra civil de consequências imprevisíveis.
O PCP logrou ainda assim destruir, em 1974-75, todo o tecido mais importante da economia nacional, nacionalizando as empresas, bancos e seguros do país de modo que ficaram inteiramente satisfeitos com o resultado e julgaram que tal bastaria como prolegómeno da "construção do socialismo" e do caminho para a "sociedade sem classes", expressões que conseguiram impôr na Constituição de 1976, com o apoio do PS, uma vez que nessa altura Mário Soares era contra o capitalismo que tínhamos por cá, por ser nefando e entregue a meia dúzia de famílias e a estupidez não pagar imposto pesado.
O PCP é o partido comunista mais ortodoxo e próximo do estalinismo mais radical que jamais existiu na Europa Ocidental. Álvaro Cunhal, que apoiou todas as medidas imperialistas da antiga URSS ( Hungria em 1956 e Checoslováquia em 1968) foi o seguidor constante de uma URSS prè queda do muro e lamentou essa revolução . Francisco Miguel, um notável comunista, esteve na URSS em 1935, na época em que decorriam os "processos de Moscovo" em que foram assassinadas inúmeras pessoas por ordem de Estaline, instalando um clima de terror impossível de passar despercebido ao mais distraído dos cidadãos.
O PCP é responsável directo pelo assassínio de vários dos seus militantes, acusados, julgados e executados sumariamente por desvios políticos, tal como sucedeu na URSS ao longo das décadas que durou o comunismo e depois, na era de Putin, com assassínios de jornalistas como Anna Plytovskaya.
Nenhum daqueles jornalistas ignora estes casos e este circunstancialismo. Nenhum deles pode alegar desconhecimento do que era o regime soviético cuja comparação com o fassismo português imputado a Salazar nem tem qualquer réstea de comparação e só razões que a razão desconhece,nomeadamente aquelas de âmbito familiar, podem ajudar a perceber.
Nenhum daqueles jornalistas ignora que o PCP nunca alterou uma vírgula no seu programa político de conquista da "democracia" e se pauta pela Revolução de Abril entendida como em 1975, como ainda há poucas semanas Jerónimo de Sousa o afirmou.
Se dúvidas pudessem existir que o PCP é efectivamente um partido anti-democrático, totalmente avesso à democracia que a Europa ocidental entende e pratica, e que vai a votos no Domingo, sendo por isso mesmo um partido totalitário como o regime de Salazar nunca o foi, tais dúvidas rapidamente se desfariam com uma consulta ao O Militante que vai saindo peridodicamente e que tem passagens deste teor ( número de Maio/Junho de 2013):
A questão simples que se coloca àqueles indivíduos que fazem jornalismo que não merece tal nome, é simples:
Como compatibilizam a obsessão contra o regime de Salazar que lhes garantiria uma relativa liberdade de expressão como a que havia antes de 25 de Abril de 1974, com a propaganda activa que fazem em prol de um partido cujo programa político e prática efectiva experimentada em breves meses de 1975, evidencia um totalitarismo e um regime mais fascista do que alguma vez o de Salazar o foi?
São estúpidos, sectários, cretinos ou o quê, afinal?
12 comentários:
"O PCP é o partido comunista mais ortodoxo e próximo do estalinismo mais radical que jamais existiu na Europa Ocidental."
Não é só o PCP, o PCTP/MRPP também é bem Estalinista como se pode ver por aqui:
http://historiamaximus.blogspot.pt/2014/05/que-viva-estaline.html
É gente que come palha de manhã, à tarde e à noite...
E andam todos enfardados.
São estúpidos, sectários e cretinos.
O PCTP/MRPP?
Esse partido é uma aberração pura e simples.
Uma coisa inadmissível se um partido fascista também o for.
comparado com barreirinhas ou boxexas o Prof AOS era um anjo celestial
apesar de pacifista tive imensa pena de não se ter passado por uma guerra civil
a 28.ix 11.iii e 25.xi andaram a distribuir arma por militantes do ps
e alguns do ppd
houve que fugisse de Lisboa para norte
um militante do ppd ia com uma esferográfica no bolso a fingir pistola
usei no sovaco um revólver 32 longo e atirava firme a 15 m e Breda automática de 5 tiros com cano afunilado para concentrar.
forneceram-me zagalotes. a coisa esteve muito feia
jornalismo de pala no olho esquerda à pirata da perna de pau com papagaio no ombro
o mano António devia ter sido hoje arrasta pelo lago formado na av do col. militar devido a sarjetas entupidas
Espertos?
Espertos, sim. Um deles mesmo chico.
Jornalismo da marca escroque e do 'venha de lá o meu' com toda a confiança abrileira. Bandalhos!
Caro José, além de ser repugnante este descaramento... não me lembro sinceramente de ter visto um apelo ao voto assim tão directo, ou seja, com todas as letrinhas noutros partidos como os dos xuxas ou dos laranjinhas.. lembra-se de algum caso? Isto num jornal... num artigo de "opinião", dizem eles...
No fundo no fundo todas as diferenças adoram o PCP o "seu" verdadeiro partido de sempre, aquele que lhes deu as oportunidades de nos andarem a pastorear...
"todas as diferenças adoram o PCP o "seu" verdadeiro partido de sempre"
Fundamentalmente, é isso.
E tal justifica todos os silêncios e cumplicidades.
O que se torna estranho é aviltarem o regime de Salazar e contemporizarem com um PCP mais hediondo que vinte salazares.
Nada sei das filiações políticas dos familiares dos outros nomes citados, porque não os conheço e portanto não os comentarei, mas sobre os dois oportunistas, falsos e cínicos irmãos Costa e principalmente do pai deles, já falecido, direi apenas que são de antologia, se não existissem tinham que ser inventados.
Os filhos tiveram uma vida regalada, infância e adolescência certamente nos melhores colégios, nada lhes faltando tendo em conta a carreira profissional do pai. O Costa da Câmara Municipal fixou-se no partido comunista por influência paterna, está claríssimo, mas também por interesseirice e oportunismo e o Ricardo da SIC e agora do Expresso, escolheu o PSD pelos mesmos motivos do irmão mas é tão comunista quanto este, só que disfarça o mais que pode. E espertalhões e falsos como são todos os auto-intitulados democratas, convinha-lhes estarem em partidos diferentes, um à esquerda e outro pretensamente à direita, para deste modo poderem usufruir das benesses e mordomias daí advindas (além de emprego garantido para a vida, como é bom de ver) e aquelas não têm sido poucas nem pequenas. E pelo que temos vindo a observar ao longo dos anos, eles, os partidos de cada um, têm sido uns autênticos mecenas principalmente para o Costa da Câmara (os imprescindíveis serviços que por ele têm vindo a ser prestados ao partido, estão sempre a ser bastamente recompensados), mas também, embora em menor escala, para o Ricardo do Expresso tendo em conta os cargos opíparos que lhe têm vindo a ser 'oferecidos' pelo amiguinho do peito (dele e da família) e mação, Balsemão. Ainda por cima a ele, Ricardo, que é um verdadeiro nabo como jornalista.
Vejamos os paradoxos (ou nem por isso) em que esta impagável família de grandes democratas e bem vividos comunistas, foi e é pródiga.
O pai deles, Orlando Costa, sempre viveu como gente grande, de rico, quer-se dizer, transmitindo-a tal qual aos filhos. Ele, o pai Costa, comunista de sempre - conforme declarou há uns anos numa entrevista televisiva, afirmando, a sorrir... (como o filho António, que está sempre a sorrir ou melhor, a gozar com todos nós, mesmo nos momentos sérios, pois pudera!, corre-lhe bem a vidinha) ter trabalho antes do 25/4 para a direita capitalista... - teve relações de trabalho durante anos, muitos ou poucos não sei, com membros d'algumas das famílias mais ricas de Portugal.
Quais? Pelo menos estes: Dr. João Roma Salgado, então administrador da Cª. de Seguros Banança e Fidelidade e de outras importantes Empresas e, claro, membro da família Espírito Santo Salgado; Conde de Caria ligado familiarmente aos Salgado; Dr. Mimon Anahory, então adinistrador da Cª. do Gaz e de outras grandes Empresas.
Digam lá se não têm tido uma rica vida os grandes anti-fascistas e democratas da mais pura água, do antes e do pós-25/4. Assim é que se trabalha. Eles sabem-na toda. Sabem sobretudo orientar-se para conseguirem levar uma vida de Sultão (dupla, é de realçar) sem serem incomodados pelas autoridades, tanto em regimes democráticos como em ditaduras e então sob regimes autoritários, como o que tivemos antes do actual, nem é bom falar. A prova disto tivémo-la durante o Regime do Estado Novo em que personagens políticas conhecidas exerciam quase à luz do dia actividades subversivas. As mesmas ou seus descendentes que por outros meios e utilizando métodos diferentes, mais sofisticados mas não menos malígnos, têm vindo a cometer crimes d'igual dimensão e muitos deles bem mais diabólicos e trágicos desde que teve início este regime até aos dias de hoje, em Portugal.
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